Árvores Nativas do Rio Grande do Sul em Extinção

O estado do Rio Grande do Sul possui uma flora bastante rica e variada, no entanto, mais de 800 espécies se encontram sob ameaça de extinção, um número muito elevado e que denota a relevância de mais projetos de preservação. Quando árvores e outros tipos de plantas desaparecem há consequências gravíssimas para o equilíbrio do meio ambiente.

Um exemplo bastante claro disso é o desaparecimento de espécies de animais que sem seu habitat natural não conseguem sobreviver e nem se reproduzir. Além disso, traços culturais do estado ficam propensos a desaparecem, já pensou se os Butiás de beira de estrada – há quatro variedades dessa espécie na lista – simplesmente fossem extintos? Não haveria mais os vidros em que eles são embebidos em cachaça. A preservação das espécies da flora é fundamental para o fortalecimento cultural e social dos estados.

804 Espécies Sob Ameaça

A lista com 804 espécies da flora rio-grandense que se encontram sob ameaça foi elaborada e divulgada pela Fundação Zoobotânica (FZB) que contou com o apoio da Secretaria Estadual do Meio Ambiente (Sema) para empreender esse estudo investigativo. A pesquisa foi reconhecida como válida por atender aos critérios internacionais estabelecidos pela União Internacional para Conservação da Natureza (IUCN – sigla para o nome em inglês).

As espécies foram divididas em três categorias diferentes de acordo com o risco de extinção que enfrentam: Vulnerável (216 espécies), Em Perigo (326 espécies) e Criticamente em Perigo (262 espécies). Um dos pontos mais interessantes desse trabalho é o fato de que o relatório aponta as fragilidades de cada região indicando dessa forma um caminho de busca pela recuperação.

Atividades Humanas – A Principal Causa da Ameaça de Extinção

Ambientalistas envolvidos no desenvolvimento dessa lista indicam que o principal motivo para que a flora do estado tenha chegado a essa situação é o intenso crescimento econômico dos últimos anos que não levou em consideração políticas pertinentes para evitar que as árvores ficassem em segundo plano.

O mais grave dessa situação é que algumas espécies podem desaparecer antes mesmo de serem conhecidas. No ano de 2002 havia sido feito um levantamento semelhante, mas com menos embasamento técnico, que listava 607 espécies sob ameaça, destas ainda permanecem na lista 346. Algumas espécies não foram inclusas na primeira lista pelo desconhecimento a respeito de sua existência, isso motiva cada vez mais o desenvolvimento de pesquisas e estudos na hora da flora do Rio Grande do Sul.

Graus de Ameaça de Extinção

Espécies Criticamente em Perigo

Nesse grupo estão as espécies que possuem um risco bastante alto de extinção.

– Petunia exerta

Ocorrendo somente em Caçapava do Sul essa planta não está sendo devidamente preservada podendo desaparecer embora seja comercializada em algumas floriculturas.

– Butia catarinenses

Uma árvore que é encontrada somente no sul do estado de Santa Catarina e no norte do Rio Grande do Sul. O principal motivo para a sua ameaça é a destruição do seu habitat, as dunas, para a construção de empreendimentos imobiliários.

Espécies em Perigo

Nesse grupo estão as espécies que tem extinção bastante provável num futuro próximo.

– Dyckia choristaminea

Um tipo de bromélia que ocorre somente nos topos dos morros de Porto Alegre e de sua região metropolitana. A ameaça se deve pelas inúmeras queimadas e pela atividade de pecuária.

– Parodia stockingeri

Um tipo de cacto em forma de bola que é endêmico do estado e cujo nome foi concedido como uma homenagem ao artista plástico Chico Stockinger.

Espécies Vulneráveis

As espécies que se enquadram nessa categoria têm grandes chances de extinção no futuro caso as condições de ameaça não sejam controladas.

– Araucaria angustifólia

Trata-se de uma das árvores símbolo do estado, seu estado vulnerável se deve ao fato de que muitas áreas de floresta vêm sendo desmatadas para dar origem a lavouras.

– Prosopis affinis

Uma planta que é um tipo de inhanduvá e que cuja concentração mais significativa fica no Parque do Espinilho que está situado na fronteira com a Argentina e Uruguai.

– Ephedra tweediana

Consiste num arbusto endêmico do estado do Rio Grande do Sul e foi a planta que motivou a criação de uma reserva biológica no ano de 1975.

– Ocotea catharinensis

Conhecida popularmente como canela preta essa árvore teve sua população quase toda dizimada devido à exploração da sua madeira.

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Categoria(s) do artigo:
Flora

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