Ecologia e Economia Rasa

À medida que a sociedade avança, se faz necessário a criação de alguns conceitos que nos ajudarão a entender melhor as ações do meio, os comportamentos das pessoas e o resultado de quando esses dois fatores se chocam. Para que essas definições sejam criadas, sociólogos, filósofos e estudiosos de diversas áreas analisam todos os fatores do meio que nos cercam, apontam detalhes que praticamente percebemos e concluem seus estudos.

Logo após a Segunda Guerra Mundial, diversos estudos passaram a ser feito sobre os danos que o nosso meio ambiente sofria devido o aumento descontrolado das atividades industriais. A necessidade de mais indústrias se instalarem nas grandes cidades fez também com que muitas pessoas preocupadas com os danos que tal avanço ia causar no nosso meio criassem conceitos mais ecológicos.

Foi justamente a partir dessa época que as escolas passaram a adotar o termo “ecologia” em suas atividades educacionais, e ensinar às crianças como evitar determinados danos ao meio ambiente. Com o passar dos anos, chegando à década de 70, pesquisadores criaram dois termas para definir tanto à economia como à ecologia: raso e profundo. Aqui, vamos entender tudo sobre o que é a economia e a ecologia rasa.

Definição de Ecologia Rasa

Basicamente, a ecologia rasa centraliza o ser humano como base de tudo. Para essa definição, o homem não é dependente do meio para sobreviver e em alguns casos, afirma-se que é exatamente o contrário. Para os defensores da ecologia rara, a sustentabilidade não é algo funcional para o homem já que a natureza é uma fonte de recursos para a sua sobrevivência.

O controle sobre o meio ambiente que vem acontecendo desde cedo, vem firmando cada vez mais essa teoria, mesmo existindo o conceito de ecologia profunda e este último sendo mais amplamente discutido nos dias de hoje. Ter essa visão antropocêntrica, vai fazer com que a cada dia reduzamos os nossos recursos naturais, pela exploração abusiva que vem acontecendo.

Indo por essa linha de pensamento, a ecologia rara leva a humanidade ver e valorizar apenas a sustentabilidade econômica e não a ambiental, como deve existir e como defende a economia profunda. Esse torna-se um dos maiores fatores que leva a população não entender certos fenômenos naturais fora do controle que presenciamos nos últimos anos.

Apesar de hoje em dia não está em aplicação em instituições de ensino, ainda existe uma linhagem de defensores dessa teoria e que buscam a todo custo, provar que o homem é sim a base de uma cadeia alimentar, ecológica e nada sustentável.

Definição de Economia Rasa

Basicamente, a economia rasa possui a mesma linha de pensamento da ecologia rasa. Para esse fundamento, o homem continua sendo o topo de uma cadeia de produção e por isso, possui o livre direito de arrecadar recursos do meio ambiente sem a preocupação de degradação local.

Nesse caso o homem passa a explorar todos os recursos naturais, de forma que enriqueça economicamente, mesmo que o nosso meio ambiente sofra todas as consequências, ou seja, extinto por completo. Podemos usar o nosso Pau Brasil como exemplo desse tipo de pensamento. Quando os portugueses chegaram a nossas terras, passaram a explorar o pau brasil sem a mínima preocupação se a planta corria ou não risco de extinção.

Na época o poder público vigente atribui a cobrança de imposto para explorar a espécie, mas engana-se quem acha que esses impostos eram para reduzir a extração ou para reposição da espécie em outros terrenos. Os valores arrecadados iam todos para cofres do governo e passavam a ser investidos na realeza.

Na verdade, até o início do século XX, a teoria de economia profunda era bem presente e praticada ao redor do mundo. A partir desse tempo, as pessoas passaram a se preocupar mais com o meio e buscar saídas menos prejudiciais ao planeta, por acreditarem que fazemos todos parte de uma corrente, onde dependemos uns dos outros para sobreviver.

Tempos de Mudança: Escola de Frankfurt

Reafirmando o que citamos no início de nossa conversa: “À medida que a sociedade avança, se faz necessário a criação de alguns conceitos que nos ajudarão a entender melhor as ações do meio, os comportamentos das pessoas e o resultado de quando esses dois fatores se chocam.” Claro que com o avanço da sociedade, novas necessidades também surgiriam e consequentemente, novos conceitos de economia e ecologia, iriam contrários ao que já era aplicado com a economia e a ecologia rasa.

Foi então que Escola de Frankfurt mudou tudo justamente com a ação de denunciar a economia e a ecologia rasa como algo que funcionava além da necessidade social, o que era usado como argumento para a exploração descontrolada da natureza. Quem primeiro defendeu essa ideia de mudança foi um filósofo húngaro chamado Polaniy.

Polaniy dizia em suas obras que a necessidade do homem em produzir sempre focando em uma monopolização de mercados, fez com que a produção em massa e de forma globalizada do conceito de economia e ecologia rasa, fazia com que as oportunidades que uma pessoa tinha em ganhar capital, ultrapassassem a qualidade mínima que precisávamos para viver em um meio mais sustentável.

Basicamente o filósofo dizia que a necessidade de ganhos do homem era sempre maior do que a sua preocupação com o meio ambiente, mesmo que com o tempo este meio fosse prejudicado ou extinto, como vimos mais acima no exemplo da exploração do pau brasil.

Foi justamente nesta mesma época em que os grupos passaram a produzir ideias focando mais no meio e a ideia de pensar sempre em conjunto fez com que a economia e a ecologia profunda fosse criada e seus conceitos aplicados na sociedade. Claro que ainda existe um processo de conscientização muito grande, mas hoje já entendemos que determinados fenômenos naturais agressivos, como é o caso dos tsunamis, não são ações involuntárias da natureza, como antes era defendido. Esses fenômenos são resultado da ação do homem de forma descontrolada e por não suportar a pressão sofrida, o meio ambiente devolve.

Com certeza, com o tempo a ecologia e a economia rasa passarão a ser apenas teorias de entendimento, já que hoje nos preocupamos mais com o meio onde vivemos.

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Categoria(s) do artigo:
Ecologia

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