Deserto da África: Saiba Mais Sobre o Saara

Especialistas dizem que antigamente, o Saara era uma região tropical. Porém, as as ações do tempo proporcionaram degradação em alto nível, transformando tudo em uma imensidão de areia. A região já foi conhecida por ser coberta de gelo, principalmente no auge da época glacial. Saara, o onipresente deserto da África.

Localização

O deserto do Saara somente perde para o encontrado na Antártida. Tem tamanho aproximado de 10.400 mil km²; maior do que países gigantes, casos de Brasil, Índia e Austrália. Está compreendido nos respectivos países: Tunísia, Sudão, Senegal, Níger, Mali, Mauritânia, Marrocos, Líbia, Egito, Chade, Burkina e Argélia.

Dentro do Saara, também existem as bacias dos rios Nilo e Senegal. Tem montanhas de areias gigantes junto com montanhas famosas, caso de Aïr, Hoggar e Atlas. O vulcão Tibesti também representa outro ponto que causa curiosidade entre os visitantes da região.

O Saara possui como fronteiras principais o Mar Mediterrâneo e a cordilheira do Atlas na parte norte, Vale do Níger ao sul, Oceano Atlântico no oeste e Mar Vermelho no lado leste. De certa forma, o continente africano está dividido entre a parte norte e subsaariana pela presença do Saara.

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Mudanças Climáticas

O deserto traz cintura de savanas abastecidas com verões chuvosos, característica estendida para quase todo o continente africano. Ao longo da história, o deserto sofreu variações, estando entre o clima úmido e seco ao longo dos últimos cem mil anos. O tempo da atualidade pode chegar à temperatura acima dos cinquenta graus durante as épocas secas.

Na era do gelo, o Saara era maior do que na atualidade, entre oito mil e seis mil anos antes do nascimento de Cristo.  O cenário acontecia por conta de pouca pressão que acompanhou o período de desmoronamento de gelo. Ao final do período, o gelou acabou, se formando assim a região intitulada Saara. Porém, não demorou tempo para que as chuvas ao sul neutralizassem a alta tendência de diversificação.

Estimativas de órgão oficiais do continente africano dizem que vivem cerca de três milhões de pessoas ao longo das áreas do Saara. Historiadores apontam existência humana nas pontas dos desertos há quase quinhentos mil anos. Durante a era glacial, o Sara possuía clima úmido, assim como acontece o atual leste africano. Tinha florestas tropicais em nível densos. As características naturais eram diferentes. Por exemplo, o rio Nilo, ao invés de desaguar do Mediterrâneo, corria diretamente até o Oceano Atlântico.

Há aproximados dez anos, ligeiras modificações nos graus do eixo terrestre causou transformações climáticas consideráveis, caso do próprio surgimento do Saara. De certa forma, as alterações acontecem junto com a própria formação da nação egípcia. Populações com condições de vida consideradas deploráveis não encontraram outro caminho senão se deslocarem para o local no qual se encontra o atual leito do rio Nilo.

Cientistas dizem que o globo terrestre se move com intuito de distribuir a energia por toda extensão. A ação de puxar o ar úmido dos oceanos causa chuvas em algumas partes. Por outro lado, a região compreendida do Saara estava úmida no momento em que foi insolada por verões quentes. Seguindo esta ótica, as mudanças são causadas em grande parte por causa da própra geofísica do plante Terra.

Características

O Saara está entre os mais conhecidos desertos, que inclusive, recebe milhares de turistas em cada temporada das férias de inverno ou verão. Apresenta depósitos de minerais considerados valiosos. Existem diversas expedições patrocinadas pelo governo local ou internacional, no intuito de encontrar provas da existência, inclusive, dos dinossauros.

Relevo composto por areais de diversas cores que se modificam conforme as regiões. Como possuem campo aberto, há grandes chances de ocorrer constantes erosões eólicas geradas pelos fortes ventos. Neste sentido, as dunas de areias estão em constante modificação no cenário. Esta variação de terreno auxilia nas famosas miragens. Interessante notar que existem algumas partes que são rochosas, caracterizadas também por jamais receberem água.

No Saara, já foram encontrados fosseis que pré-datam quinhentos milhões de anos, quando a terra estava completamente diferente no relevo existente. Alguns ossos que ficam nos solos quentes acabam se decompondo e formando minerais como sal, petróleo, entre outros.

Rio Nilo e Deserto da África

O Rio Nilo está presente em parte do deserto do Saara. Considerado com o segundo maior rio do planeta Terra com aproximados 6.650km de extensão. Após nascer no Lago Vitória, faz longa travessia que corta diversos países até desaguar nas águas do Mar Mediterrâneo. Consumo, pesca, transporte de pessoas ou produtos e irrigação dos cultivos agrícolas simbolizam os principais objetivos das águas do Nilo.

Os povos do deserto da África são dependentes do Nilo, seja no período de cheia ou nas vazantes. Na antiguidade, durante as cheias, as águas levavam quantidades consideráveis de sedimentos distribuídos nas margens, deixando o solo repleto de nutrientes, caso do húmus, indispensável para promover cultivos de cereais que são tidos como base alimentar da população até os dias de hoje.

As lendas antigas afirma que o Império somente conhecia a extensão até Cartum, capital do Sudão. O delta do Nilo está no Egito, região plana com formação triangular com grande largura, imagem contrária da sua extensão conhecida por ser apenas longa.

Os canais de Roseta e Damieta servem como bifurcação das águas do Nilo até o Mar Mediterrâneo. Ao longo do caminho, existem diversas barragens, sendo a de Assuã considerada mais importante, construída na década de sessenta do século XX com apoio da então URSS.

Antes de chegar ao Mar Mediterrâneo o Rio Nilo se ramifica, aumentando a acessibilidade das águas para diversas regiões distintas dentro do continente africano. Uganda, Tanzânia, Ruanda, Quênia, Congo, Burundi, Sudão, Sudão do Sul, Etiópia e Egito são os países que possuem águas da maior bacia da África.

Fauna do Saara

A maioria dos animais consegue entrar na areia no intuito de se proteger do sol ou dos predadores. Esta fauna consegue ficar soterrada a vinte metros do chão sem que aconteçam problemas com a respiração. As espécies, ao longo do tempo, se modificam bastante nos nichos ecológicos. Também possuem capacidade de viver sem a necessidade de consumir água com frequência.

Artigo escrito por Renato Duarte Plantier

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Categoria(s) do artigo:
Ecologia

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