A sustentabilidade é um dos principais temas da atualidade. Ela é um tema tão recorrente devido à sua grande importância para garantir a sobrevivência do ser humano em longo prazo. Quando se fala em sustentabilidade, não é difícil relacionar seu ideário com palavras como aquecimento global, consumismo excessivo, desperdício de água e energia, lixo, reciclagem, entre outros problemas que o ser humano já tem e terá de enfrentar num futuro breve.
O resultado do acúmulo de lixo e substâncias poluentes durante décadas começa a ser percebido pelo ser humano agora. Fatos como o excesso de CO2 (monóxido de carbono) na atmosfera, gerado principalmente por indústrias e automóveis, a degradação de mananciais e nascentes de rios e o desmatamento e destruição de florestas com finalidade de extração da madeira vem alterando o clima do planeta. Especialistas não cansam de apontar que esse ciclo de elevação de temperaturas pode levar ao fim a vida na Terra.
Outro grande problema do ser humano, já em médio prazo, será suprir a demanda de água e energia, que aumenta exponencialmente ao longo dos anos. A geração de energia e o consumo de água potável são grandes desafios para o futuro. Atualmente, dependemos quase que totalmente de recursos não renováveis, como o petróleo, gás natural e minérios. Além de finitos (estima-se que as reservas estarão seriamente comprometidas até 2050), são altamente poluentes. A maioria da energia elétrica mundial hoje vem de recursos com esta característica dupla (não renováveis e poluentes). Felizmente, no Brasil 80% da energia vem de um recurso renovável, que é a geração através da hidroeletricidade. Apesar de ter aspectos negativos no desvio natural de um rio, é consideravelmente mais limpa que uma termelétrica que utiliza carvão.
A busca por fontes sustentáveis de energia é um desafio que vem encabeçando as principais ações. Os países começam agora a investir mais em tecnologias limpas e renováveis, como a energia eólica (dos ventos), geotérmica (calor da Terra) e solar (através de painéis fotovoltaicos ou concentrando luz através de espelhos para aquecer um ponto).
Diante deste cenário, zelar por um planeta sustentável é uma atitude consciente e evolutiva, que deve estar em todas as esferas de nossas vidas, tanto pessoal quanto social. Ações sustentáveis comprovadamente podem salvar o planeta e melhorar a qualidade de vida desta e das futuras gerações.
Como Contribuir?
Não é tão difícil quanto parece contribuir para um planeta mais sustentável. Com pequenas atitudes, podemos fazer nossa parte e pressionar autoridades e governos para cumprirem suas medidas.
A partir de casa, podemos diminuir o consumo desnecessário de água, através de banhos mais rápidos, por exemplo. Diminuir gastos com energia elétrica, trocando lâmpadas incandescentes pelas fluorescentes, utilizar eletrodomésticos econômicos, entre outras atitudes, são muito válidas. Reciclar o lixo também é uma atitude muito positiva, através de plásticos (que demoram muito para sua decomposição) e papéis, que podem ser reutilizados e proporcionar redução no desmatamento. São atitudes simples e que estão abertas a todos.
Hoje somos sete bilhões de pessoas. Em 2050 e, portanto, menos de quatro décadas à frente, seremos nove bilhões de pessoas em um planeta que não oferece tantos recursos naturais quanto os necessários à velocidade de nossa explosão demográfica.
É por isso que gente do mundo todo tem falado e discutido o termo sustentabilidade. Existem diversos encontros, congressos e fóruns mundiais ocorrendo com este assunto em pauta. O Encontro de Copenhague (Dinamarca), por exemplo, chamado de COP-15, foi organizado para que dirigentes de países do mundo todo se reunissem em discussão sobre as mudanças climáticas e o que fazer para minimizá-las. Saiba mais sobre a COP-15 aqui: http://planetasustentavel.abril.com.br/noticia/desenvolvimento/cop-15-o-que-e-conferencia-partes-copenhague-499684.shtml
Mas, afinal, como a prática da sustentabilidade pode se transformar no caminho ideal para que o planeta se desenvolva de forma saudável e seja um bom lugar não apenas para nós, no presente, mas também às gerações futuras?
O movimento sustentável, hoje, já envolve governos e suas políticas, empresas e suas práticas, pessoas e seus hábitos. Há diversos exemplos do que cada um tem feito para por em prática o uso responsável dos recursos, a justiça social e o respeito ao próximo.
As empresas perceberam que preservar a natureza, usando a tecnologia para criar, por exemplo, prédios autossustentáveis, gera economia e, inclusive, possibilidades mais concretas de perenidade dos negócios. O consumidor também está mais consciente e, portanto, exige mais, e com razão. Empresas sustentáveis são apreciadas, têm boa reputação e seus negócios vão muito bem, obrigada.
As pessoas, em tudo o que fazem, criam, produzem ou consomem algo. Aproveitar tudo o que temos disponível da melhor forma é um dos caminhos para não correr o risco de ver nossos recursos se esgotando, visto que não são renováveis, ou seja, um dia podem mesmo acabar.
É importante lembrar que sustentabilidade é um termo amplo, dinâmico e sistêmico, ou seja, não quer dizer “apenas” cuidar do planeta; está relacionado à continuidade econômica, social, cultural e ambiental da humanidade. E, por isso mesmo, abrange todos os níveis, desde a vizinhança local até o planeta inteiro.
É claro que o tema é complexo e ainda há muito o que fazer. Mas desde já podemos adotar algumas práticas e fazer a nossa parte para um planeta mais sustentável:
- Reduza o consumo desnecessário de água, tomando banhos mais rápidos, fechando a torneira ao lavar a louça e escovar os dentes e usando a lavadora de roupas somente quando tiver acúmulo de peças;
- Diminua os gastos com energia elétrica trocando as lâmpadas incandescentes pelas fluorescentes: além de mais potentes, têm a vantagem de serem mais econômicas;
- Opte por eletrodomésticos econômicos e desligue os aparelhos quando não estiver usando;
- Recicle seu lixo. Além dos plásticos, papéis também podem reduzir o desmatamento de florestas. Descarte pilhas e baterias em locais adequados: elas contêm elementos muito prejudiciais à natureza. Conheça mais sobre sustentabilidade: http://planetasustentavel.abril.com.br/