Produtos e Resíduos Animais: Na Luta Contra a Fome

São mais de 7 bilhões de seres humanos em todo o planeta, e a necessidade de suprimentos para garantir o mínimo necessário para se manter a vida é uma constante. Fome e miséria em determinadas partes do globo e abundancia e fartura em outras, são os contrastes que há séculos evoluem e concorrem junto ao Homem.

Garantir suprimentos alimentares, e o básico para a alimentação, é um estudo constante e cada vez mais necessário para uma maior harmonia entre os povos e para isso o Homem desenvolve e descobre cada vez mais técnicas capazes de revolucionar a capacidade produtora de alimentos.

A preocupação dos Governos e das entidades ligadas ao bem comum e social, cada vez mais aderem às pesquisas e a luta e o combate a fome e para isso desenvolve técnicas e tecnicidades que vem em contraponto as necessidades de subsistência e consequente maior rentabilidade aos produtores.

Agricultor

Agricultor

Agricultura de Subsistência e Agricultura Comercial Moderna

Durante séculos a principal preocupação do Homem era produzir tudo aquilo que necessitava para sua convivência, sem se importar com grandes produções, gerando em sua terra toda a riqueza e alimento que fosse necessário e possível para seu crescimento e desenvolvimento, e às vezes da sobra gerava uma renda para abastar sua família.

Com a criação e o crescimento dos grandes centros, esta forma de vivência perde o valor e grandes áreas são necessárias para se produzir alimentos de todos os tipos com a intenção única e clara de dar sustância aos moradores das cidades, que agora trabalham em indústria manufatureiras e que não produzem alimentos, aumentando também a demanda, com este cenário nasce a Agricultura Comercial Moderna.

Desnecessário acrescentar que esta é uma oportunidade de crescimento financeiro que logrou êxito para todos os que se aventuraram nesta nova empreitada. Já não era mais possível dividir o tempo entre o trabalho formal e a agricultura de subsistência nos grandes centros.

Disseminação da Fome e Falta de Oportunidades

Com a chegada da “modernidade contemporânea”, o Homem do campo se aventura na empreitada das “cidades” e, com isso, a produção de alimento tem uma queda vertiginosa e uma falta de abastecimento devido a demanda e a pouca mão de obra disponível.

Séculos de produção em terras, aliados a falta da habilidade do manejo da terra e a atribuição de nutrientes começam a enfraquecer o solo em todo o planeta, e o Homem, capaz que é de se adaptar, começa a pensar no futuro e a modificar a forma de plantio e cultivo, para garantir alimentos a mesa de todos.

Como infelizmente nem só de flores e bom senso vive a sociedade, guerras devastadoras, entre nações e mesmo “civis” em busca do poder dentro de seu próprio território devastaram grandes áreas produtoras, e transformaram outras em lugares sem condições de cultivos.

Com este cenário tenebroso a fome que antes era uma previsão, ganha forças e se torna uma realidade, e os poucos, em termos proporcionais, que ainda produzem, veem nesta uma oportunidade enorme de gerar riquezas e dominar o cenário produtivo através de grandes corporações e unificações de empresas em busca do monopólio produtivo de alimentos.

A Crescente Preocupação com o Meio Ambiente Freia o Uso de Agrotóxicos

Estas corporações e as necessidades de abastecimentos fazem com que o Homem moderno e a produtividade não possam esperar o ciclo normal da planta e para isso, criam os transgênicos, os alimentos enxertados, etc. a produção ganha ares de eficiência, mas a saúde humana e o medo deste “modernismo” faz com que sejam questionadas as condições produtoras de alimentos.

Lutas incessantes, às vezes até mesmo descontroladas por parte dos que defendem a natureza e o meio ambiente, ganham forças e proporções e uma nova reviravolta começa a tomar forma e força e muitas buscam na própria natureza uma atividade capaz de gerar riqueza ao solo, aumentar o controle de pragas e melhorar a produtividade sem agredir o meio ambiente.

São pequenos passos, mas que já tem proporções avassaladoras e que irão determinar no futuro os rumos da produção de alimentos em todo o planeta, de forma racional, produtiva e com respeito à natureza.

Uma Volta ao Passado

Aproveitando a sabedoria secular do Homem, e os conhecimentos adquiridos e reportados de tempos em tempos, ganha força a reutilização de produtos e resíduos animais, no cenário da produtividade. Muitas fazendas e sítios, pequenos ainda, mas com uma capacidade de produção e autossuficiência, tem aparecido aqui e ali, uma forma racional de utilizar a agua, sabendo armazenar e defensivos naturais, também faz parte desta crescente corrente em busca do equilíbrio.

Utilizar resíduos animais, sempre foi uma constante na cadeia produtiva, mas a crescente e fácil utilização de produtos quimicamente modificados e o seu resultado imediato, fizeram com que o Homem deixasse de lado este maravilhoso e eficiente sistema de regeneração do solo e buscasse outras formas de enriquecimento da terra.

Os preços e os custos altos, talvez tenham colaborado para que uma reviravolta ocorresse e com isso o respeito à natureza e a adequada utilização dos dejetos animais, tem contribuído em demasia na cadeia produtiva de alimentos.

A compostagem, tem se intensificado, e a utilização de métodos defensivos baseados em pesquisas e no aumento dos métodos de proteção natural das plantas tem sido em larga escala uma forma de se controlar pragas e melhorar a qualidade dos produtos que cada vez mais estão a disposição da mesa familiar.

Visão do Futuro

Acondicionar melhor produtos, racionalizar seu uso e qualificar as condições de produção são meios necessários para lutar e vencer a mais cruel das guerras, a erradicação da fome. Todos tem esta preocupação, poucos, entretanto fazem a necessária ação. Necessário é cobrar dos governos atividades que busquem o equilíbrio entre os povos que respeitem a adversidade e suas diferenças sociais e culturais.

Muitos acreditam que isto é utopia, mas tudo o que conhecemos um dia já foi utopia, ou será que Napoleão Bonaparte pensou um dia que haveria de ter um GPS, na mão de cada soldado seu? No máximo uma bússola na mão de seu comandante de tropa e a sorte para guiá-los.

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Categoria(s) do artigo:
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