As modificações climáticas e agricultura são processos inter-relacionados que acontecem em escala global. O aquecimento global se projeta a impactar as condições que afetam a agricultura, como a temperatura, o dióxido de carbono, a precipitação e interação de estes elementos. Essas condições determinam a capacidade de carga da biosfera para produzir alimentos suficientes para a população humana e animais domesticados. O efeito global das mudanças climáticas na agricultura dependerá do equilíbrio destes efeitos. Avaliar pode ajudar a antecipar de forma correta a se adaptar à agricultura para maximizar a produção agrícola.
Para cada variedade vegetal há temperatura ótima para o crescimento vegetativo com o aumento ou queda das temperaturas. Da mesma forma, existe a gama de temperaturas em que a planta vai produzir sementes. Fora do intervalo, a planta não irá reproduzir. Por exemplo, milho falhará às temperaturas acima de 95°C e de soja acima 102°C.
Apesar dos avanços tecnológicos, tais como variedades melhoradas, organismo modificado de forma genética e irrigação dos sistemas, o clima ainda consiste por fator-chave para a produtividade agrícola, bem como do solo de propriedades e comunidades naturais. O efeito sobre a agricultura se relaciona os níveis variáveis em climas locais além do que os padrões climáticos globais. Temperatura média da superfície da Terra aumentou 1,5 ° F (0,83°C) de 1880 a 1980. De modo consequente os agrônomos consideraram que qualquer análise deve ser considerada de forma individual, conforme cada área local.
Por outro lado, o comércio agrícola cresce em quantidades significativas de alimento, de nível nacional aos principais países importadores, bem como traz confortável renda para os exportadores. O aspecto internacional do comércio e segurança implica na necessidade de considerar também os efeitos da mudança climática em escala global.
Um estudo sugere que devido à mudança climática a África do sul pode perder mais de 30% da principal cultura, o milho, no ano de 2030. No Sul da Ásia traz perdas de grampos regionais, como arroz e milho que podem chegar a 10%. O Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC) elaborou vários relatórios que avaliaram a literatura científica sobre a mudança climática. O Terceiro Relatório de Avaliação do IPCC, publicado em 2001, concluiu que os países pobres seriam os mais atingidos, com reduções no rendimento em regiões tropicais e subtropicais devido à queda de água disponível e incidência de praga nova ou alterada.
Na África e na América Latina as culturas de sequeiro estão perto da capacidade máxima de temperatura, de modo que os rendimentos tendem a cair em níveis a se considerada de modo negativo. Cientistas projetam a produtividade agrícola de até trinta por cento ao longo do século XXI. Vida marinha e da indústria de pesca também são afetados em certos lugares.
A mudança climática induzida pelo aumento de gases de efeito estufa é suscetível de prejudicar as culturas distintas de acordo com cada local. Por exemplo, o rendimento médio da cultura deverá cair para 50% no Paquistão, de acordo com o UKMO, enquanto se espera a produção de milho na Europa a crescer até 25% em ótimos hidrológicos condições.
Efeitos favoráveis sobre o rendimento tende a depender, em grande medida, da realização dos efeitos benéficos de modo potencial do dióxido de carbono no crescimento das plantas e ao aumento de eficiência na utilização da água. Diminuir o potencial de rendimento é provável que seja causa do encurtamento de período de crescimento e disponibilidade de água.
Até agora, os efeitos das mudanças climáticas regionais na agricultura foram relativamente limitados em termos mundiais. Mudanças na cultura fornecem evidências importantes da resposta à recente mudança climática regional. Fenologia consiste no estudo dos fenômenos naturais que se repetem de modo periódico e como se relacionam com as mudanças climáticas e sazonais. Um avanço significativo na fenologia foi observado para a agricultura e silvicultura em grande parte do Hemisfério Norte.
As secas ocorrem com maior frequência devido ao aquecimento global e se tornam frequentes e intensas na África, sul da Europa, no Oriente Médio e na maior parte das Américas, Austrália e Sudeste da Ásia. Os impactos são agravados por causa de aumento da demanda de água, o crescimento populacional, a expansão urbana e os esforços de proteção ambiental em áreas distintas. As secas resultam em quebras de safra e da perda de pastagem para o gado.
Escassez na Produção de Grãos
A temperatura média da Terra tem vindo a aumentar desde o final da década de 1970, com nove dos 10 anos mais quentes no registro ocorrendo desde 1995. Em 2002, a Índia e EUA sofreram fortes reduções de colheita por causa de temperaturas recordes e seca. Em 2003, a Europa sofreu muito poucas chuvas durante a primavera e verão. Com nível recorde de calor danificado à maioria das culturas provenientes do Reino Unido e da França na Europa Ocidental através da Ucrânia, no Leste.
Impactos da Pobreza
Pesquisadores do Overseas Development Institute (ODI) investigaram o potencial impacto das alterações climáticas que podem ter sobre a agricultura e como isso afetaria as tentativas de aliviar a pobreza no mundo em desenvolvimento. A vulnerabilidade dos pobres aos impactos de curto prazo das mudanças climáticas que causam o aumento da frequência e gravidade das condições climáticas adversas está susceptível de ter um impacto negativo.
O Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC) informou que a agricultura é responsável por mais de um quarto das emissões de gases de efeito estufa globais totais. Tendo em conta que a participação da agricultura no produto interno bruto mundial (PIB) é de cerca de quatro por cento, os números sugerem que as atividades agrícolas são responsáveis diretas ao aumento de temperatura na terra. Práticas agrícolas inovadoras e tecnologias podem desempenhar papel no clima de mitigação e adaptação.
Esse potencial de adaptação e mitigação dos países em desenvolvimento, onde a produtividade agrícola continua a ser baixa, a pobreza, vulnerabilidade e insegurança alimentar permanece elevada e os efeitos diretos das mudanças climáticas são cruéis. Criando as tecnologias agrícolas se faz necessário aproveitar para permitir que os países em desenvolvimento se adaptem aos sistemas agrícolas às mudanças climáticas exigirem inovações nas políticas e instituições.
Artigo Escrito por Renato Duarte Plantier
Isso vai mexer com as regiões produtoras!. Tem lugar que vai ter que mudar de cultura por causa do clima!.