É inegável o fato de que a agricultura é uma das mais importantes áreas de atuação do planeta. Afinal, é por causa dela que nós todos estamos aqui hoje. No mundo, milhares e milhares de quilômetros quadrados estão sendo utilizados nesse momento como locais de plantações de diversos tipos de alimentos, sendo os alimentos mais consumidos pela população em geral. No Brasil, por exemplo, a economia é fortemente baseada na agricultura, sendo que, um dos principais itens agricultáveis que são exportados é a soja, proveniente principalmente da região centro-oeste do país.
Mas o mundo não foi essencialmente desse modo todo o tempo. Vale lembrar que os nossos ancestrais eram, essencialmente, nômades, sem qualquer noção de espaço, propriedade privada, nada. Os princípios deles eram a caça e a coleta de frutas, bem como não ficar fixo em apenas um lugar, já que a alimentação era insuficiente. Com o passar do tempo, os nossos ancestrais foram percebendo o quão era melhor a domesticação dos animais selvagens, bem como o aprendizado e o domínio de técnicas de plantação, que possibilitou que os seres humanos se fixassem em apenas um lugar e, assim, passassem a ser sedentários, formando uma civilização que é o que conhecemos hoje.
Voltando à parte da agricultura, ela que foi a base para que a humanidade pudesse se certificar de que alimentação nunca iria faltar, já que, com o domínio de tais técnicas, e se as condições meteorológicas se manter estáveis, a chance de dar certo era grande.
Se compararmos esse momento com o do passado, podemos dizer tranquilamente que a humanidade evoluiu muito em questão de técnicas de agricultura, desenvolvendo tecnologias que ajudaram a acabar com muitos problemas envolvendo a agricultura, dentre eles a fome e o não acesso aos alimentos para pessoas que vivem em locais remotos.
A essa nova era da agricultura, damos o nome de Agricultura Moderna. Mas quando é que foi que ela começou, de fato, a semear frutos? Confira a seguir.
A Origem da Agricultura Moderna
Nós aprendemos na escola que aconteceram revoluções industriais que moldaram o comportamento econômico da sociedade. E isso é puramente verdade. Estamos caminhando para a Terceira Revolução Industrial, tendo como pano de fundo as novas tendências tecnológicas voltadas para a indústria, como a indústria 4.0, além da inserção da internet e da Inteligência Artificial no que for preciso. Logo depois da Primeira Revolução Industrial, que se deu no século XVIII, foi a vez de surgir os primeiros conceitos sobre Agricultura Moderna, que empregamos até hoje nas mais variadas plantações ao redor do globo. A base da Agricultura Moderna está totalmente fincada no uso da eletricidade e no uso da energia obtida através do vapor. Podemos considerar, então, que a Agricultura Moderna é aquela onde as técnicas de modernização, assim como o aumento da produção aconteceram, sendo que esses resultados foram alcançados utilizando-se ferramentas e máquinas pesadas, tais como tratores, semeadeiras e colheitadeiras, além, é claro, da tecnologia embasada para um maior aproveitamento das plantações (leia-se modificações genéticas e desenvolvimento de agrotóxicos).
O maquinário implementado para poder realizar os serviços que seriam costumeiramente realizados a mão tem um grande impacto na vida das pessoas. Basta ver, por exemplo, a máquina especializada na separação do caroço da fibra do algodão. Como o processo é muito mais rápido do que se fosse feito à mão, é possível fornecer a matéria prima com uma rapidez imensa e, também, com um preço mais baixo. Tal máquina foi inventada nos Estados Unidos, no ano de 1793, pelas mãos de Eli Whitney. Embora tenha dado um grande salto para a economia estadunidense, que, naquela época, era bastante movida pelo algodão, muitos historiadores e pesquisadores da área estão alocando o fato ( a invenção da máquina) como uma grande contribuição (talvez, até maior que a contribuição econômica) para o fim do escravagismo não só nos EUA, mas em toda a América do Norte.
No mesmo período da invenção da máquina algodoeira, foram criados diversos métodos e tratos especializados para poder lidar melhor com a colheita, sendo que as técnicas foram prontamente atendidas nas lavouras. Não podemos nos esquecer, no entanto, que o maior incentivador para que a agricultura pudesse se desenvolver e se modernizar foi, justamente, a acumulação de bens de capital. Ou seja, o dinheiro é um fator muito importante para que tudo isso pudesse ocorrer.
Indiretamente, a modernização nos campos fez acontecer um fenômeno, digamos, prejudicial à própria modernidade: a urbanização. Entenda: com a maior tecnologia disponível para a agricultura, é natural que a produção aumente muito. E, como sabemos, as pessoas não conseguem comer muito por conta das limitações impostas ao seu organismo. Com o acúmulo de colheita e as técnicas de armazenamento mais apuradas, o número de homens trabalhando sob o sol caiu muito, pois eles passaram a procurar empregos nas cidades. Ou seja, está aí, descrito, o processo da urbanização.
A extinta União Soviética, por exemplo, viveu a abertura da pecuária leiteira, juntamente com o desenvolvimento de sua agricultura. Não foi somente nos territórios da extinta potência que isso ocorreu, com episódios nos EUA e na Europa Ocidental. Vale lembrar que, a época dessa abertura, a modernização da agricultura também estava acontecendo e, portanto, quando nos referimos à URSS, estamos falando dos territórios que compunham a potência, já que ela só foi fundada oficialmente em 1922.
A Agricultura E A Reforma Agrária
Muito se tem falado, principalmente nos países subdesenvolvidos, sobre o impacto da agricultura na vida dessas pessoas, bem como, também, a necessidade de se fazer uma reforma agrária que pudesse contemplar a todos os que procuravam um pedaço de terra para poder sobreviver e, também, produzir para o país. Essa discussão já é bastante polêmica, e já vem há muito tempo. Em 1996, inclusive, uma das novelas de maior sucesso da Globo retratou a luta dos que não tinham um pedaço de terra para conseguir um local para sobreviver: o Rei do Gado. Inclusive, contou com a participação de um senador engajado com essas causas políticas, o que comoveu grande parte da população na época e esquentou ainda mais o debate.
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