O homem da cidade grande já não sabe mais o que é pisar com os pés descalços na terra molhada pela chuva, ou sentir o cheiro das flores num jardim. São Paulo, com aproximadamente 11 milhões de habitantes, segundo dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), respira poluição diariamente, decorrente do dióxido de carbono (CO2) dos automóveis e das suas fábricas.
As ações humanas contra a natureza, como o desmatamento florestal em razão das construções dos prédios e de bens de consumo, como o papel, tem acarretado em um desequilíbrio ambiental.
O aquecimento global comprova através da mudança climática no mundo que a intromissão agressiva do ser humano no Planeta Terra causa problemas à vida do homem.
De acordo com uma pesquisa realizada pelo engenheiro civil Célio da Cunha Campello, “estudos de clima urbano têm-se mostrado cada vez mais importantes para a determinação de seu impacto sobre a saúde humana e sobre a vegetação, afirma ele.
O Conselheiro em direitos humanos, ainda completa que “o aumento da temperatura, a maior ocorrência de smog, a poluição do ar e sua dispersão através dos ventos estão diretamente ligados à influência da atividade humana. Para um desenvolvimento sustentável das cidades, estudos deste gênero devem ser utilizados no planejamento urbano.” Ou seja, é preciso que a questão do crescimento de uma metrópole seja desenvolvida de uma maneira consciente.
O mais importante parque urbano da cidade de São Paulo, o Ibirapuera, que só perde em tamanho para o Parque do Carmo, tem cerca de 1,5 milhões de metros quadrados de área verde. O que parece ser um refúgio para os paulistanos, na verdade não é um local livre da poluição, devido à grande concentração de carros nos arredores do parque.
Para a estudante de biologia Talita Uge Tonegli, o seu lugar preferido para passear e fugir do caos de São Paulo é a Serra da Cantareira. “Por ser mais afastado do centro urbano, a serra é um ambiente agradável para relaxar”, diz a futura bióloga.
É preciso que as pessoas adquiram novos hábitos em seu cotidiano, como andar de bicicleta, economizar água ou plantar uma árvore, para que a geração seguinte possa desfrutar de todas as coisas simples que a natureza possa nos oferecer, como por exemplo, ver um pôr-do-sol.
O ambientalista natural, Marcelo de Oliveira, juntamente com Edu Azevedo, fotógrafo de natureza, documenta o “Projeto Verde Perto – Trilhas no cinturão florestal de São Paulo”. No livro, o desafio foi mostrar para a população, que é possível se aventurar na cidade e ver áreas de Mata Atlântica e praias desertas.