Atravessando a floresta tropical da América Central, estende-se uma das maiores maravilhas do planeta feitas pelo homem: o Canal do Panamá. Este é um dos maiores atalhos para navegação feitos por mãos humanas, sendo considerado por isso o pai de todos os atalhos. São nada menos que 200 milhões de toneladas de cargas sendo transportadas por ele por ano, que levariam o dobro da distância e tempo para chegar a seu destino.
É o maior da América, um dos maiores do mundo. Por ele, mais de mil navios totalmente carregados passam todos os meses para o transporte, tanto de exportação como importação, diminuindo o custo de entrega de produtos em todo o mundo.
O Projeto e Sua Utilidade
Os navios que faziam comércio entre os mares do Pacífico e Atlântico precisavam fazer um trajeto eram obrigados a navegar milhares de quilômetros ao longo do Cabo Horn, circulando totalmente a América do Sul. Em 1879, engenheiros começaram a planejar abrir um canal pelo ístmio do Panamá. Isso diminuiria a viagem dos navios para apenas 80 quilômetros. Com a mega construção, até mesmo os produtos ficariam mais baratos, mudando o comércio global.
A Construção do Canal do Panamá
A construção do canal do Panamá provou ser um enorme desafio para os homens da época. Lembre: na década de 80, não tínhamos 10% das máquinas presentes hoje em nossas mãos. Era algo mesmo estrondoso, que só nos primeiros anos matou milhares de operários por doenças simples e hoje em dia, facilmente curáveis.
Toda a obra durou mais de 30 anos até que os dois oceanos fossem unidos. Quando finalizado, o canal ganhou o nome de “a conquista da engenharia do século’. Mas quando finalizado, a viagem de navio levou 40 vezes menos tempo do que levava antes, tornando entregas mais fáceis e mais eficientes.
O Histórico de Construções Ajudou a Ter o Canal que Temos Hoje
Se hoje temos um canal simplesmente maravilhoso para transporte, devemos há construções anteriores. Os homens usaram os seus conhecimentos de outras obras e aplicaram na construção do Canal do Panamá. Ela não teria sido possível se não houvessem os demais canais, mesmo que de menor porte e com tecnologia precária.
No início do século 17, a França estava voltando da Guerra Civil e está na busca de como levar produtos das áreas rurais até a cidade de Paris. Para isso, surge o primeiro canal do mundo. Este, seria uma ligação das áreas rurais francesas com sua zona urbana, por meio do rio Sena. O grande problema deste canal era fazer a água subir uma colina de 15 metros de altura, pois a colina de 40 metros no caminho. Se o canal fosse passar pelo lado, daria muito trabalho que apena subir a colina.
O projeto então envolveu relocar a água de um logo próxima bem alimentada para encher o espaço a tal ponto de um navio passar. Para evitar que o lago seque, foram construídas fontes de retenção, como câmeras. Uma solução encontrada para a época foi usar comportas para encher diversas etapas do canal e garantir que o navio conseguisse subir. Engenhoso? Simplesmente uma maravilha da mente humana. Comportas ao longo do canal abriam, enchiam e elevavam o navio. Foi chamada de eclusa, e podia fazer até mesmo navios pesados se erguerem sem qualquer problema. Este canal funciona assim até hoje.
No Canal do Panamá, as eclusas se tornaram base para fazer os navios passarem os desafios de desníveis do canal. Este canal soma ao todo 3 eclusas, com o mesmo conceito e funcionalidade do canal da França. Cada comporta tem nada menos que oito toneladas e leva mais de 3 mil rebites, um pouco mais do que se usou no navio Titanic. Isso permitiu que os maiores navios da época passassem sem qualquer problema.
O Canal da Inglaterra e Sua Ajuda no Projeto do Canal do Panamá
No século 18, no norte da Inglaterra, o transporte de carvão era necessário. Até este período, a fonte de energia era transporta em lombo de cavalos. A proposta do canal foi criar um canal, mas não tinha rios. O que foi feito? Bombear água das fontes debaixo da terra e assim criar um canal. Um problema atrapalhava: o solo era tão poroso que a água poderia se perder para o próprio solo. A solução? Usar argila!
Outro problema: um rio atravessava o caminho, mas não no sentido ideal. Para isso, foi construído um arqueduto de pedra, poupando água e, passando por cima do rio e não estragava a água que já era dificilmente retirada do solo. Ele funciona até hoje e já tem mais de 100 anos! Foi feita de ferro forjado com rebites.
Os Problemas da Construção do Canal
No Panamá, os construtores tiveram problemas diversos, como uma grande quantidade de relevos ao longo do caminho. Para isso, usaram a vasão e chuvas que passam pelo rio Chagres, no caminho do canal. O rio abasteceu uma boa quantidade do canal, ajudando no fluxo do canal do Panamá.
A Duplicação do Canal do Panamá
Mais de 100 anos depois de ser construído, o canal funciona em seu limite de transporte. A quantidade de navios que por lá passa está no seu limite e não supre as necessidades do comércio mundial global. Logo, uma expansão é necessária.
No modelo de canal atual, as eclusas já não estão sendo tão úteis porque os navios estão cada vez maiores. Elas devem ser mudadas no novo projeto, com uma garantia que os navios de grande porte possam navegar e manobrar pelo canal. No espaço atual, as dificuldades estão se tornando problemáticas e arriscadas. Ao longo do canal, a construção anda aumentando em novos poços de nada menos que 8 quilômetros de alargamento, deixando o canal ainda maior.
As novas câmaras terão o dobro de tamanho das antigas. As comportas são bem mais pesadas e mais potentes. A nova proposta também inclui comportas deslizantes para que não quebrem com o maior fluxo de água, usando ar para solucionar o problema e ajudar na abertura das comportas. Quando as novas eclusas ficarem prontas, navios com o dobro do porte dos que circulam atualmente, deixando o Canal do Panamá funcionando por mais um século tranquilamente.