Primeiros Estudos da Arqueologia: Desde os Primórdios até Hoje em Dia

A história aponta que os estudos iniciais da arqueologia surgiram no século XVI, durante o movimento Renascentista, que apresentou conjunto de discussões relacionadas com os métodos usados para análises de achados de organizações sociais que viveram em épocas nas quais a escrita não era desenvolvida.

Com a chegada de maior evolução foram desenvolvidas técnicas que exerceram influência marcante na vida dos arqueólogos que passaram a investigar utilizando instrumentos de precisão para ajudar não apenas em escavações como também nas análises qualitativas dos artefatos.

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Não há abordagem singular para a teoria arqueológica. Porém, não foi antes do século 19 que surgiu a primeira menção com o objetivo de explicar mudanças e adaptações de cultura, enfatizando pontos históricos particulares.

No início do século XX os arqueólogos que estudaram as sociedades do passado seguiram a abordagem histórica direta em comparação a continuidade entre tempos antigos e grupos étnicos culturais contemporâneos.

Arqueologia no Renascimento

Flavio Biondo, um historiador italiano renascentista humanista criou guia sistemático e documentado para as ruínas e topografia da antiga Roma no início do século XIV. Foi chamado de fundador da arqueologia.

Ciríaco de Ancona (1391-1453) foi inquieto humanista italiano que veio de família proeminente de mercadores em Ancona. Ele viajou ao Mediterrâneo Oriental e anotou as descobertas arqueológicas em seis volumes. Certos pensadores o apontam como pai da arqueologia.

Arqueologia no Século XIX

Em 1859, Charles Darwin publicou “A Origem das Espécies”, delineando a teoria da evolução, o que levou aos cientistas à crença de que a humanidade tinha milhões de anos, proporcionando diretrizes ao movimento arqueológico florescente.

Enquanto isso no ano 1836 o historiador dinamarquês Christian Jürgensen Thomsen publicou “A Orientação à Antiguidade”, traduzido para o Inglês em 1848, no qual propôs a ideia de que as coleções de artefatos europeus da pré-história são divisíveis em sistema de três períodos: Idade da Pedra, Idade do Bronze e do Ferro.

Thomsen não foi primeiro estudioso a propor o sistema de três anos de idade (ideia que remonta aos pensadores gregos e romanos), mas foi pioneiro em aplicar as categorias à cultura material. Com a inovação surgiram significativos avanços no conceito de seriação.

Outros arqueólogos importantes refinados da disciplina entre o final do século XIX e começo dos anos XX: Flinders Petrie (que escavou no Egito e Palestina), Sir Mortimer Wheeler (Índia), Dorothy Garrod (Oriente Médio), Max Uhle (Peru) e Alfred Kidder (México).

Além disso, a adaptação e inovação em arqueologia continuaram ao longo do século XX, em especial na década de 1960, quando o estudo marítimo ficou popularizado. Em termos urbanos se tornou prevalente nas reconstruções de parte das cidades europeias.

Estudo da Arqueologia no Século XX

Em 1960 o movimento arqueológico em grande parte liderado por arqueólogos americanos como Lewis Binford e Kent Flannery surgiu para se rebelar contra o processo estabelecido na história cultural dentro da área. Eles propuseram a “Nova Arqueologia” com destaque nas bases “científicas” e “antropológicas”.

Na década de 1980, novo movimento pós-moderno surgiu liderado por arqueólogos britânicos: Michael Shanks, Christopher Tilley, Daniel Miller e Ian Hodder. A ideia se tornou conhecida como “arqueologia pós-processual”. Ela questionou apelos do processo, positivismo científico e imparcialidade. Enfatizou a importância de reflexividade e autocrítica teórica.

No entanto essa abordagem tem sido criticada pelos processualistas por causa da falta de rigor científico, bem como a validade do processo. Enquanto isso, outra teoria conhecida como “processo histórico” buscou incorporar novo foco no processo e ênfase da reflexividade e história da arqueologia pós-processual.

Teoria arqueológica toma emprestado gama de influências, incluindo pensamento darwinista da evolução, fenomenologia, pós-modernismo, teoria da agência, ciência cognitiva, o funcionalismo estrutural, a arqueologia de gênero e a teoria dos sistemas.

Pesquisas não foram praticadas nos primeiros momentos da arqueologia. Historiadores culturais e pesquisadores anteriores se preocupavam com descobertas na localização dos pontos monumentais das populações locais e escavação apenas dos recursos visíveis de modo claro.

Gordon Willey idealizou técnica de pesquisa regional com padrão de assentamento, em 1949, no Vale Viru, costa do Peru. Levantamento dos níveis se tornou proeminente com o surgimento da arqueologia processual em anos posteriores.

Arqueologia Histórica: Consiste no estudo de culturas com alguma forma de escrita. Na Inglaterra, os arqueólogos descobriram esquemas perdidos nas aldeias medievais, abandonadas após as crises do século XIV.

Etnoarqueologia

Estudo arqueológico de pessoas vivas! A abordagem ganhou notoriedade durante a ênfase na teoria de médio alcance, característica do movimento processual da década de 1960. Pesquisa focada em caça e coleta nas sociedades.

Etnoarqueologia continua a ser componente vibrante de abordagens arqueológicas pós-processuais. Consiste no uso de etnografia para aumentar a melhorar os análogos utilizados como analogias para interpretar o registro arqueológico. Em suma representa a aplicação da etnografia à arqueologia.

Arqueologia Experimental

Método experimental para desenvolver observações controladas de processos que criam e impactam a ficha arqueológica.  No contexto do positivismo lógico os objetivos melhoram o rigor científico das epistemologias do método experimental. Técnicas são componentes indispensáveis à melhoria das estruturas que sofrem inferência para que aconteça a interpretação do registro arqueológico.

Arqueologia: Dinheiro ou História?

No início a arqueologia aconteceu como tentativa de descobrir artefatos espetaculares ou para explorar vastas e misteriosas cidades abandonadas. A atividade foi patrocinada em larga escala por magnatas e acadêmicos superiores. A generalização lançou as bases da visão popular moderna dos arqueólogos.

A generalização se convencionou na cultura por longo tempo, antes dos filmes mudos em romances ou ficções populares. A maioria do público tem impressão de que as escavações são realizadas por dinheiro e não em virtude dos dados históricos. A mídia em geral ajuda em perpetuar a ideia.

O trabalho do arqueólogo é descrito como ocupação aventureira e romântica. Para generalizar o hobby se fantasiou mais do que um trabalho na comunidade científica. Perpetuar o estereótipo no cinema moderno não faz nada para ajudar a comunidade científica de acordo com parte dos críticos.

O principal objetivo da arqueologia consiste em aprender sobre as sociedades do passado e traçar paralelos que ajudem no desenvolvimento da raça humana. Porém, por vezes os interesses à coletividade podem ser abalados por causa de questões culturais ou financeiras.

Artigo Escrito por Renato Duarte Plantier

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