Unicórnio do Mar: Pyrosome ou Narval?

Parece que quanto mais descobrimos sobre o planeta Terra mais sabemos que de nada sabemos. Se para você já estava certo que unicórnios não existem comece a rever os seus conceitos. Os unicórnios de que estavam falando vivem no mar, mas especificamente na costa da Tasmânia, na Austrália.

Unicórnio do Mar: Pyrosome ou Narval?

Unicórnio do Mar: Pyrosome ou Narval?

O Unicórnio do Mar tem como nome científico ‘Pyrostremma spinosum’ e raramente são vistos, pois habitam as profundezas dos oceanos. Esses espécimes podem ter até 30 metros de comprimento e foram avistados por pessoas apenas algumas raras vezes.

Quem ficou curioso para conferir a aparência desses seres marinhos pode conferir esse vídeo feito por algumas pessoas que tiveram a sorte de se deparar com os unicórnios do mar.

O Unicórnio do Mar (Pyrostremma spinosum)

A criatura apelidada de Unicórnio do Mar (devido a grande raridade com que é avistada) tem cerca de 30 metros de comprimento e pode ser chamada também de ‘Pyrosome’. O seu nome científico é Pyrostremma spinosum e vive na costa da Tasmânia.

Observando a criatura podemos perceber certas semelhanças com uma água viva devido ao aspecto do seu corpo que é transparente. A forma do Unicórnio do Mar é cilíndrica e possui inúmeros pequenos clones que são chamados de zooides. A função dos zooides é puxar a água por meio dos seus tubos.

A alimentação desse animal marinho consiste em plânctons e é feita durante o processo de empurrar a água que é filtrada e vai para fora. Essa espécie é pelágica o que significa que nada livremente e que prefere as regiões de águas abertas ao invés das praias, sendo assim é bem rara de ser vista.

Em geral somente mergulhadores que vão bem fundo na costa da Tasmânia conseguem visualizar os unicórnios do mar. Porém, além do Pyrosome existe outro animal que é chamado de unicórnio marinho, o Narval.

Narval, Outro Unicórnio do Mar?

Pyrosome

Pyrosome

Se o Pyrosome merece o título de unicórnio do mar pela sua raridade e mitologia o Narval é uma baleia que possui um tipo de chifre, logo também recebeu essa alcunha não oficial. Na verdade o “chifre” do Narval não é um chifre e sim um dente incisivo que está enrolado em espiral e que está projetado para fora.

O Narval é um animal mamífero marinho que pode ser encontrado em regiões próximas ao Pólo Norte. O dente que parece chifre é feito de marfim e pode chegar a medir até 3 metros de comprimento, cerca de metade do comprimento dessa baleia. A cor do Narval é um tipo de cinza e ele não conta com nadadeira dorsal como os golfinhos. Pode chegar a medir em torno de 4,5 metros e pesar aproximadamente 1,5 tonelada.

Ameaça de Extinção do Narval

O Narval está ameaçado de extinção pelo fato de que a presa do macho da espécie é uma fonte de marfim com grande valor comercial. Além disso, ainda há o fato de que cerca de um macho em cada 500 exemplares da espécie tem duas presas ao invés de uma só o que torna a caçada ainda mais intensa para se encontrar um exemplar desses.

Esse fator comercial está levando a espécie a caminhar para a extinção, apesar de pouco conhecido das pessoas em geral, o Narval, está mais ameaçado que o urso polar.

O “Chifre” Para o Narval

O chifre que na verdade é um dente tem algumas funções para o dia a dia do Narval, para começar é uma fonte sensorial excepcional. Alguns estudos descobriram que existem cerca de 10 milhões de terminações nervosas que saem do centro do dente e vão em direção a superfície.

Os estudiosos acreditam que os nervos desse dente têm a capacidade de detectar as mudanças mais sutis de temperatura, pressão e gradientes de partículas. Essa capacidade oferece ao Narval uma percepção única. O animal tem o hábito de erguer as suas presas no ar o que faz os cientistas crerem que esses dentes servem como um tipo de estação metrológica da espécie.

O Narval pode ser capaz de detectar mudanças de temperatura e pressão de forma a prever a chegada das frentes frias e o congelamento dos canais.

Qual dos Dois é o Unicórnio do Mar?

Tanto o Pyrosome quanto o Narval são chamados de Unicórnio do Mar, por motivos diferentes. O primeiro recebeu esse nome devido a raridade com que é avistado uma vez que mora nas profundezas da costa da Tasmânia, na Austrália. O segundo é chamado de Unicórnio devido ao seu dente incisivo projetado para fora que lembra um chifre.

Como a nomenclatura de Unicórnio do Mar não é científica pode ser atribuída aos dois, você pode escolher qual dos dois para você merece esse título. Para te ajudar a decidir qual é o verdadeiro que tal saber um pouco mais sobre o mito do unicórnio? O unicórnio das histórias mitológicas.

A Mitologia do Unicórnio

O Unicórnio é também chamado de Licórnio e se trata de um animal mitológico que apresenta a forma de um cavalo (quase sempre branco) que possui um chifre em espiral. Geralmente a imagem desse animal mitológico está associada à força e a pureza. As histórias a seu respeito dizem que se trata de um animal dócil. As mulheres virgens teriam mais facilidade para tocá-los por serem puras.

Esse animal fantástico pode ter vários significados quando aparece nas artes medievais e renascentistas. A origem desse mito não é certa e é possível encontrar registros históricos presentes nos pavilhões de imperadores chineses e até mesmo nas narrativas de Confúcio no Ocidente.

Há uma citação de um unicórnio no livro grego “Physiologus” que data do século V d.C, nele o animal mítico aparece como um sinônimo do milagre da Encarnação. Algumas tapeçarias do Norte da Europa contam com representações profanas de unicórnios.

Devido a sua representação da virgindade a figura do unicórnio pode ser avistada com frequência em enxovais de noivas datados dos séculos XV e XVI. O animal fantástico foi usado em emblemas como um símbolo de pureza e castidade. Unicórnio é ainda o nome de uma constelação que também é chamada de Monoceros.

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Recursos Naturais

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