A natureza é cheia de fenômenos interessantes que nos fazem perceber que tudo que existe nela foi feito para se adaptar ao ecossistema. Porém, algumas relações que se estabelecem entre animais ou mesmo entre plantas nos fazem duvidar um pouco do equilíbrio natural.
O Parasitismo é um desses fenômenos, pois trata-se de uma relação de dependência em que apenas um dos lados se beneficia. Plantas podem causar a morte de outras quando as parasitam e não podemos esquecer que até mesmo o ser humano pode ser parasitado.
A lista de parasitas é enorme, saiba agora como se dá essa relação em que apenas m ganha e como esse Parasitismo pode ser prejudicial para aquele que é parasitado.
O Que é Parasitismo?
Podemos definir o Parasitismo como um fenômeno em que uma planta ou animal sobrevive retirando nutrientes de outro ser vivo. Assim observamos que é estabelecida uma forte relação de dependência, porém apenas um dos lados ganha com essa relação.
Em grande parte dos casos o hospedeiro (aquele que é parasitado) é levado à morte pelo parasita. Dentre os exemplos mais comuns e próximos do ser humano está o do piolho que é um parasita que se alimenta de sangue do seu hospedeiro. Há também a tênia que vive no sistema digestório de vários animais, inclusive do ser humano.
A Classificação dos Parasitas
Os parasitas podem ser classificados em algumas categorias de parasitismo, tudo isso de acordo com a forma como agem e a gravidade do mau que causam para os seus hospedeiros.
Parasitas Completos – Esses são os parasitas que vivem no hospedeiro por sua vida completa.
Parasitas Incompletos – Vivem em seu hospedeiro apenas numa fase de sua vida.
Endoparasitas – São aqueles que vivem na parte interna dos seus hospedeiros, como exemplo pode citar as tênias.
Ectoparasitas – São os parasitas que vivem na parte externa do hospedeiro, dentre os exemplos podemos citar os piolhos, fungos, pulgas, carrapatos e outros.
Hemoparasita – São parasitas que vivem internamente nos seus hospedeiros, porém, de forma específica na corrente sanguínea. Exemplos desse tipo de parasita é a forma esporozoíta do Plasmodium (Protozoário), vivem na corrente sanguínea até que se desenvolvam por completo.
Holoparasitas e Hemiparasitas – São os parasitas de vegetais, os Holoparasitas são aqueles que parasitam em busca da seiva elaborada e os Hemiparasitas são aqueles que buscam a seiva bruta dos seus parasitados.
Parasitos Estenoxenos – São aqueles que se abrigam em espécies de vertebrados.
Parasitos Eurixenos – Esses são parasitas que vivem numa grande variedade de hospedeiros.
Parasito Facultativo – Esses são aqueles que podem viver parasitando um hospedeiro ou não. Um exemplo disso são as Moscas Sarcophagidae que podem ter o seu desenvolvimento tanto em feridas necrosadas como em matérias orgânicas em decomposição.
Parasito Obrigatório: Esse tipo de parasita não consegue sobreviver fora do hospedeiro, os vírus são um exemplo desse tipo.
Parasito Acidental – Os parasitas que acidentalmente passam a viver num hospedeiro que não é o seu de costume. O Dipylidium caninum é um exemplo, pois ele comumente parasita cães, mas pode ser encontrado em crianças também.
A Classificação dos Hospedeiros
Hospedeiros
Assim como os parasitas os hospedeiros também podem ser classificados em diferentes grupos.
Hospedeiro Definitivo – Esses são os hospedeiros que abrigam os parasitas na sua fase de maturidade ou mesmo em que estão realizando atividade sexual.
Hospedeiro Intermediário – Os hospedeiros que são considerados intermediários são aqueles que abrigam os parasitas durante a sua fase larvária ou mesmo assexuada. Um exemplo disso é o caramujo que é o hospedeiro intermediário do Schistosoma mansoni.
Hospedeiro Paratênico ou de Transporte – São os hospedeiros nos quais os parasitas não se desenvolvem, mas aguardam neles até que possam encontrar um novo hospedeiro melhor. Um exemplo disso são os peixes de grande porte que acabam comendo peixes de menor porte que estavam servindo de hospedeiros para larvas de parasitas como plerocercóides de Diphyllobotrium.
Como Agem os Parasitas?
Parasitas
O grande objetivo dos parasitas é sobreviver com os nutrientes retirados do seu hospedeiro. Porém, a forma como farão esse recolhimento de nutrientes é o que diferencia as várias espécies de parasitas. Confira abaixo as principais formas que os parasitas utilizam para recolher os seus nutrientes.
Ação Espoliativa – Através desse tipo de ação os parasitas absorvem nutrientes e também sangue do seu hospedeiro.
Ação Enzimática – Esse tipo de ação consiste em produzir enzimas que furam e dissolvem partes do corpo do hospedeiro.
Ação Irritativa – Os parasitas causam um tipo de irritação no local que foi parasitado prejudicando o hospedeiro, porém, sem causar lesões traumáticas.
Ação Mecânica – Isso acontece quando os parasitas interferem no fluxo alimentar e também de absorção de alimentos do seu hospedeiro.
Ação Tóxica – Isso acontece quando os parasitas produzem substâncias tóxicas como enzimas, por exemplo, ou mesmo metabólitos que podem ser tóxicos e causar lesões ao seu hospedeiro.
Ação traumática – Causam lesões no corpo do seu hospedeiro, em geral isso acontece em parasitismo causado por vermes, protozoários e larvárias.
Anóxia – Esse tipo de ação acontece quando os parasitas consomem oxigênio presente nas hemoglobinas do hospedeiro, isso pode chegar a causar anemias.
Os Principais Parasitas dos Humanos
O ser humano pode ser o hospedeiro de vários tipos de parasitas, conheça abaixo quais são eles:
Entamoeba histolytica (protozoário, também conhecido como ameba)
Giardia Lamblia (protozoário)
Plasmodium falciparum (protozoário)
Piolho (inseto)
Trypanosoma cruzi (protozoário)
Schistosoma mansoni (platelminto)
Exemplos de Parasitismo
Um dos principais exemplos de relação de parasitismo é aquela em que seres humanos são parasitados pelo verme Ascaris lumbricoides: Ascaríase ou ascaridíase. Esse parasita causa uma doença conhecida como Ascaríase, em definição popular isso é chamado de lombriga.
O parasita possui um corpo longo e cilíndrico que pode ter em extensão até 40 cm de comprimento e causar vários desconfortos aos hospedeiros. Dentre os problemas que esse tipo de verme pode causar estão diarreias, náuseas, febre, convulsões e muitos outros problemas.
É possível se prevenir para não contrair esse parasita, para isso é importante ter boas medidas de higiene como, por exemplo, lavar as mãos antes de comer, lavar bem alimentos como frutas e verduras entre outras.
Um outro exemplo é o dos cachorros que são parasitados pelo Toxocara canis: Toxocara Canis (parasita). Esses vermos possuem uma cor branca e vivem no intestino dos cães podendo causar neles diarreias, vômito, pelagem rala entre outros.
