Resultado de uma mistura de massas de rocha em estados variados de fusão, o magma, está presente abaixo da superfície terrestre. Inclusive os especialistas acreditam que há magma no interior de outros planetas telúricos (planetas que são rochosos assim como o nosso como, por exemplo, Marte, Mercúrio e Vênus).
De maneira geral os magmas ficam acumulados no interior das câmaras magmáticas que estão localizadas entre 15 e 150 km de profundidade em temperaturas que variam de 650°C a 1.200°C podendo chegar até a 1.560°C. Ao ser expelido o magma pode dar origem a lava e as rochas extrusivas. Que tal saber mais sobre o magma e sua presença no interior da Terra?
Quais São as Camadas da Terra?
O ser humano acreditou erroneamente por um longo período que o centro do planeta Terra era maciço e formado apenas por rochas. Hoje em dia já se sabe que somente uma camada bem fina da superfície tem característica de rocha sendo que existem composições e temperaturas distintas ao longo dos milhares de metros que levam ao centro do planeta.
Visando tornar mais simples o entendimento a respeito do centro da Terra se dividiu a sua estrutura interna em três camadas principais: Crosta, Manto e Núcleo. Entre essas camadas existem algumas descontinuidades como a de Mohorovicic e a de GutenbergAs camadas juntas chegam a cerca de 6.370 quilômetros entre o centro e a superfície do planeta.
Camadas da Terra
A Crosta Terrestre
Crosta terrestre é a menor e mais fina camada do planeta sendo que sua profundidade oscila entre 5 km em regiões oceânicas e 70 km nas áreas continentais. Essa camada possui as seguintes subdivisões: Crosta Superior (que pode ser chamada também de sial) e Crosta Inferior (também conhecido como sima).
A crosta superior tem como principais ingredientes silício e alumínio (de onde vem a palavra sial), nela estão as principais formas de relevo e se caracteriza como o local em que as atividades humanas acontecem.
A crosta inferior é formada por sílicio e magnésio (de onde vem sima) e pode ser detectada com mais facilidade em regiões oceânicas em que a camada de sial é muito fina ou inexistente. Uma curiosidade é que a crosta é a camada mais fria do planeta apresentando temperatura de cerca de 1.000°C em alguns pontos.
O Manto
Está situado abaixo da descontinuidade de Mohorovicic, abaixo da crosta do planeta. Consiste na mais extensa das camadas do planeta com profundidade máxima de 2.900 km. Ocupa em torno de 80% do volume total do planeta e é composto por silicatos de ferro e magnésio. Nesse ponto as rochas se encontram sob a forma de material pastoso que recebe o nome de magma.
Manto Terrestre
O Núcleo
Situado abaixo da descontinuidade de Gutenberg e também abaixo do manto é a camada mais quente do planeta estando dividido em exterior e interior. A composição é quase totalmente de NIFE (Níquel e Ferro). O núcleo externo é líquido e o interno é sólido devido a pressão que é realizada sobre ele. Há oscilação das temperaturas entre 3.000 e 5.000°C.
Núcleo da Terra
Viajando Pelo Centro da Terra
O núcleo terrestre, o que chamamos de centro da Terra, fica a uma profundidade que vai de 5.100 m a 6.370 m podendo ser dividido em núcleo interno e núcleo externo de acordo com as características do seu estado físico e composição. Bem diferente do que boa parte das pessoas pensa, o núcleo interno, é sólido sendo composto por NIFE (Níquel e Ferro). Conforme indícios o centro da Terra é formado por uma bola de ferro de grande porte envolvida por uma camada de rochas em estado líquido.
Mas, Afinal Por Que o Centro da Terra é Sólido?
A pressão no centro da Terra é tão intensa que faz com que seus efeitos se sobreponham aos efeitos das temperaturas de forma que as moléculas não conseguem permanecer no estado de agitação que configura o estado líquido ou gasoso.
A pressão elevada é um dos fatores que corrobora ao alcance de médias térmicas semelhantes as do sol. Até 2013 a comunidade científica acreditava que a temperatura do centro do planeta era de 5.000°C, mas ficou provado que a temperatura correta é 6.000°C.
Influência do Centro da Terra
Centro da Terra
O núcleo terrestre exerce diferentes tipos de influência sobre a vida no planeta sendo a primeira delas o movimento das placas tectônicas. Pelo fato do núcleo ser muito quente acaba aquecendo o magma que está próximo tornando-o menos denso e fazendo com que ele suba em contrapartida o magma que está mais frio acaba descendo.
Trata-se de um processo cíclico que faz com que as placas tectônicas se movam moldando o relevo da Terra. O processo também influencia na ação do vulcanismo que possui relação com o tectonismo. O movimento e composição do núcleo interno ainda dá origem aos polos magnéticos do planeta. Esses polos ajudam a proteger a atmosfera da radiação solar contribuindo para que haja manutenção da vida.
Velocidade
A partir de análises realizadas com instrumentos apropriados como sismógrafos modernos foi possível observar que o núcleo terrestre gira numa velocidade superior a velocidade do movimento de rotação terrestre. Isso demonstra que provavelmente a Terra girava mais rapidamente há bilhões de anos. O núcleo interno está submerso numa camada líquida (o que se chama de núcleo externo) e por isso conservou a velocidade anterior.
Estudando o Interior da Terra
O ser humano jamais visitou o interior da Terra, o mais profundo que já conseguiu chegar foi 12 km de profundidade. A extinta União Soviética perfurou um poço chamado de Poço Superprofundo de Kola, na Rússia. Contudo, existe um trabalho em andamento para tentar perfurar até alcançar o manto da Terra.
Mas, então como se sabe tanto sobre o interior do planeta? Esse conhecimento é resultado de vários estudos de propagações sísmicas que acontecem nas camadas inferiores e que os sismógrafos captam, esses aparelhos são usados também para mensurar a intensidade de terremotos.
Para que fique mais claro podemos definir esse trabalho como sacudir uma caixa para saber o que tem dentro dela. Quando um abalo sísmico ou um terremoto acontece é possível ‘aproveitar’ o chacoalho para entender quais são e o que acontece nas camadas do planeta. Existe um mundo todo abaixo dos nossos pés que ainda será descoberto com o avanço da tecnologia.
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