O Que São Gêiseres?

Nas aulas de geografia você já deve ter ouvido falar sobre os Gêiseres, para quem não lembra tão bem das fontes de água quente vamos refrescar a sua memória. A palavra Gêiser tem origem islandesa e significa “fonte jorrante”, uma fonte natural de água quente.

Atualmente, é possível fazer turismo em diversos locais em que os Gêiseres são usados como uma atração, mas eles são muito mais do que apenas fontes jorrantes. Saiba como o que é e como funciona um gêiser, desde quando são usados como entretenimento e muito mais curiosidades que você sempre quis saber.

Os Gêiseres

Registros históricos indicam que os gêiseres passaram a ser usados no sentido atual em 1294. A descrição que os antigos davam para esse fenômeno era a de um buraco que cuspia fortes jatos de água quente e vapor de dentro da terra. Isso no oeste da Islândia, um dos países que mais possuem gêiseres.

Saiba O Que É

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A partir de então o termo tornou-se de uso universal e significa esse fenômeno no mínimo curioso que acontece geralmente em áreas de erupção vulcânica recente. Esse fator explica porque no Brasil não temos gêiseres, como não temos vulcões seria impossível o acontecimento do fenômeno. Os últimos vulcões do Brasil foram extintos no período mesozoico (entre 245 e 66 milhões de anos).

Como Acontecem os Gêiseres

As regiões vulcânicas oferecem o primeiro ingrediente que é necessário para que esse fenômeno aconteça, as camadas de magma incandescente. Essas camadas ficam situadas a poucos quilômetros da superfície e acabam funcionando como uma chama de fogão que aquece a água da chuva ou mesmo a neve que derrete e entra no subsolo.

O líquido fica em reservatórios nas rochas impermeáveis e pode chegar a atingir temperaturas mais altas que 200°C. Conforme vai esquentando a pressão vai aumentando de volume e empurra a coluna d’água com tudo para cima. Um processo que é o mesmo realizado nas estâncias termais.

A diferença entre o fenômeno dos gêiseres e o que acontece nas estâncias termais é que nos primeiros as rachaduras pelas quais passa a água são mais estreitas. É por isso que nas situações em que a pressão é forte o suficiente para liberar a mistura de líquido e vapor dos reservatórios o jato d’água sai de uma única vez, um tipo de erupção.

Apenas algumas horas depois de esvaziar os depósitos subterrâneos voltam a se encher de água e uma nova erupção de água acontece. Alguns gêiseres apresentam uma pontualidade que chama a atenção e ajuda a promover o turismo. Um exemplo é o Old Faithful, no Parque Yellowstone, Estados Unidos que a cada 80 minutos lança jatos de água a até 50 metros.

Pequenos Terremotos

Os gêiseres podem causar pequenos terremotos quando acontecem as suas erupções. Por isso as rochas das áreas próximas a eles precisam ser ricas em sílica (um mineral que é bem resistente ao impacto). Vale destacar que poucos lugares do mundo reúnem todas as características mencionadas.

No mundo todo existem cerca de menos de 1 000 gêiseres e a maior parte deles está concentrada em países como Estados Unidos, Rússia, Chile e Islândia. Além de serem raros os gêiseres são também muito frágeis.

O Fim dos Gêiseres

Alguns fenômenos geológicos comuns podem acabar com os gêiseres. Um tremor de baixa intensidade pode ser o motivo do fim de muitos gêiseres. Isso aconteceu com a famosa fonte quente de Waimangu, Nova Zelândia. Esse gêiser nasceu de uma erupção vulcânica que ocorreu em 1888 e chegou a disparara jorros de cerca de 480 metros.

Os jorros eram mais altos que os prédios mais altos do mundo que possuem 452 metros. Porém, no ano de 1904 acontece um deslizamento de terra que acabou alterando o fluxo da água subterrânea e deu um fim ao belo espetáculo.

Belo e Ilustre

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O Passo a Passo da Formação de Gêiser

Passo 1

A água que sai dos gêiseres sob a forma de jatos quentes vem das chuvas ou mesmo da neve derretida. Ela se infiltra na terra e acaba se depositando nas fraturas que as rochas possuem. O magma de regiões vulcânicas possui em torno de 1.500°C e isso esquenta a água nos depósitos subterrâneos, ela pode chegar a 200°C.

Passo 2

Devido ao superaquecimento parte dessa água dos reservatórios passa a se transformar em vapor. Quando o líquido se encontra no seu estado gasoso passa a ocupar um volume até 1.500 vezes maior e isso faz com que aconteçam as explosões.

Passo 3

Como as fendas de saída das rochas são estreitas acabam criando o sistema de uma panela de pressão. A mistura de líquido e vapor somente conseguirá passar pela pequena abertura quando estiver superpressurizada e com uma temperatura bem elevada. Assim a água é expulsa como uma coluna d’água para cima.

Passo 4

Quando a água escapa de uma única vez dos reservatórios dizemos que aconteceu a erupção de um gêiser. A explosão que mistura de líquido e vapor podem ultrapassar os 100 metros de altura. Um lindo espetáculo que pode durar alguns bons minutos, em seguida o sistema subterrâneo torna a se encher e se prepara para uma nova erupção.

Água Quente

O calor do magma vulcânico faz com que as moléculas da água se agitem de forma intensa e dessa forma acabam colidindo entre si. Essa colisão faz com que ganhem mais volume e se transformem em vapor.

Água Fria

Quando a água está fria as suas moléculas de hidrogênio e oxigênio (H2O) ficam próximas e ocupam um espaço definido.

Um Belo e Raro Espetáculo

Os gêiseres são bem raros, existem menos de 1000 em todo o planeta. A região campeã na existência desses pequenos vulcões de água é Yellowstone, um parque nos Estados Unidos. Na península de Kamchatka que fica na Rússia existem cerca de 200. No Chile são encontrados 50 no vale de El Tatio.

A Ilha de Umnak que fica no Alasca, a região de Hveavellir, na Islândia e a ilha Norte da Nova Zelândia contam com cerca de 15 gêiseres cada uma. Um dos fenômenos mais bonitos produzidos pela natureza, mas que também é bastante raro. Se você tiver a chance de visitar uma região com gêiseres aproveite, pois é uma oportunidade e tanto.

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Categoria(s) do artigo:
Recursos Naturais

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