A Poluição na Baía da Guanabara: Características Gerais

Moradores apontam que nos dias antigos era possível extrair trezentos quilos de peixe por dia, quantia que pagava entre R$80 e R$100 por dia de trabalho aos pescadores da Baía na Guanabara, em época na qual a inflação não estava alta e a moeda tinha maior pode de compra.

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Na segunda década do século XXI o pescador apenas consegue retirar no máximo trinta quilos, valor equivalente entre R$10 e R$30. Já foram disponibilizados bilhões de reais para tentar solucionar a problemática do excesso de poluição, mas pouca coisa foi feita para resolver problemas que requer longo-prazo de investimentos e cuidados ambientais.

Excesso de Lixo na Guanabara

Especialistas dizem que a mudança tem relação direta com a evolução da poluição industrial que aumenta com pouca maneira de controle por parte das autoridades. Em janeiro do ano 2000 aconteceu vazamento de quase um milhão de litros de óleos depois do acidente que englobou a refinaria da Petrobrás, perto de Duque de Caxias.

Poluição

Poluição

Pescadores dizem que mesmo com o excesso de poluição pode acontecer a sobrevivência com a pesca. O grande problema está no excesso de lixo que boia e se envolve junto com as redes de pescaria. O excesso de resíduos, que em grande parte são de garrafas PET, flutuando nas águas da Guanabara assusta até mesmo os olhos de especialistas que estão acostumados a estudar sujeira em bacias.

Rios das cidades vizinhas são responsáveis por trazerem ao mar detritos que contaminam a água e fazem a danificação das redes e dos currais, que são armadilhas feitas de maneira artesanal no sentido de capturar pescados. Gerson Serva, coordenador de projetos de saneamento da região afirma que a Guanabara fica afetada por excesso de cargas orgânicas dos lançamentos indiscriminados que acontece nos esgotos sanitários.

O especialista aponta que os 20 mil litros por segundo de esgotos provêm dos quinze municípios que deságua na Guanabara. Do montante total apenas um terço é tratado e outros dez por centro sofrem processo natural de decomposição. A solução parece distante e o problema é antigo.

Poluição na Praia de Guanabara

Poluição na Praia de Guanabara

            PDBG: Programa de Despoluição da Baia da Guanabara

Durante o ECO-92 foi lançado o Programa de Despoluição da Guanabara que recebem em recursos do BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento) e JICA (Agência de Cooperação Internacional do Japão) cerca de um bilhão de dólares. No plano inicial foram previstas construções de estações de tratamentos, ligações domiciliares e redes coletoras. Depois de duas décadas nada foi concluído!

Gerson Serva reconhece que o PDGB representou de longe o maior programa de saneamento básico do Rio de Janeiro. No entanto o projeto é o campeão em falhas de gestão e conjuntos de obras inacabadas. O dinheiro concedido para as obras não serviu para muita evolução do combate e os níveis de poluição aumentaram em níveis consideráveis.

O governo do Estado assinou novo contrato com o BID no sentido de iniciar o PSAM: Plano de Saneamento Ambiental dos Municípios no Entorno da Baía de Guanabara. Existe previsão de orçamento equivalente a US$640 milhões. Os planos possuem previsão de construção e melhorias na ampliação das redes de esgoto em municípios no Rio, São Gonçalo e Baixada Fluminense.

Especialistas apontam que para resolver a problemática seria necessário conjunto de políticas públicas de transporte, habitação e planos de saneamento para pelo menos duas décadas. Em todo caso no curto-prazo a recuperação dos manguezais fornece defesas contra as consequências negativas proporcionadas por degradação.

            Projeto Mangue Vivo

Desde o início do século XXI existe o Projeto Mangue Vivo, no Magé, que objetiva implantar metas seguras no sentido de recuperar a vegetação destruída em consequência do excesso de contaminação e desmatamentos que acontecem nas margens da Guanabara.

A ONG Onda Azul tem a responsabilidade de administrar região que abrange quase 1,65 km2 a serem recuperados e transformados em áreas reflorestadas, além da construção do parque ecológico que vai estar aberto à visitação do público. No entanto o andamento das ações encontram problemas por causa de atrasos da retirada dos resíduos a quantidade se acumula, atrasa o replantio e prejudica o solo.

Trabalhadores da ONG tiveram iniciativa de realizar envoltório de garrafas PET e proteger mudas dos predadores. Quando as espécies crescem a proteção é retirada. Em consequência da técnica foi obtido aumento de quarenta por centro de recuperação da vegetação afetada por causa da vegetação.

Não se pode ignorar o fato de que o mangue representa berçário marinho, com alto número de repteis, mamíferos, aves e peixes catalogados. Dentro do manguezal recuperado podem ser encontrados 70% dos caranguejos que vivem na região. Também existe alto número de espécies comerciais, como corvina e tainha, afirme a matéria da Revista Exame.

Impacto na Baía da Guanabara

A Baia da Guanabara já foi local em que existia fauna e flora com alta diversidade. Ao longo dos anos a poluição chegou e por consequência à viabilidade ambiental recebeu forte impacto negativo. A poluição da atualidade na região acontece de maneira diária. Dejetos domésticos e metais pesados de atividades industriais degradam o sistema da baía.

Existem regiões que não são afetadas e possuem características naturais preservadas, conforme informa o ESTUDO DA POLUIÇÃO DA BAÍA DE GUANABARA foi por LEONARDO SILVA NAKASHIMA e MÔNICA TERESA PRANTERA. Clique aqui e acesse na íntegra.

Quase todos os estudos relacionados com a poluição da Guanabara aponta que o aumento demográfico e industrial representam principais responsáveis da problemática. OS desequilíbrios trazem potencial para trazer catástrofes ambientais.

História da Poluição na Baía da Guanabara

Os exploradores portugueses chegaram de maneira oficial no dia 1° janeiro de 1502 no Rio de Janeiro. A história aponta que eles se confundiram ao pensar que a Guanabara fosse formato de desembocadura de rio.

Primeiras agressões do ecossistema da baía foram os aterros clandestinos e oficiais de detritos jogados nas águas. Nas décadas de cinquenta e sessenta do século XX aconteceu intensificação na poluição associada ao elevado urbanismo. Confira as principais causas da poluição na Guanabara:

  • -Questões ambientais negativas
  • -Destruição dos ecossistemas periféricos Guanabara
  • -Crescimento industrial
  • -Crescimento populacional
  • -Poluição em excesso
  • -Utilização descontrolada do solo e efeitos adversos em termos de assoreamento
  • -Inundações
  • -Sedimentação de fundo
  • -Deslizamentos de terra

            Artigo Escrito Por Renato Duarte Plantier

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Categoria(s) do artigo:
Recursos Naturais

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