Tecnologia para Materiais de Difícil Reciclagem

Até hoje não se sabia o que fazer com embalagens de produtos que cada vez mais estão presentes no dia a dia das pessoas. São bandejas de isopor, embalagens de salgadinhos, embalagens longa-vida, todos são considerados resíduos muito difíceis de serem reciclados uma vez que seu valor comercial é muito inferior ao de outros materiais como no caso de latas de alumínio, garrafas PET, papelão. Porém no Brasil felizmente esse é um cenário que começa a ser mudado e isso graças a uma nova tecnologia para materiais de difícil reciclagem que possibilita que aquilo que era lixo possa enfim ser transformado voltando novamente à matéria-prima.

Custo

Reciclagem do Bopp

Bopp é um tipo de plástico com película de polipropileno bi-orientado, ele substitui o celofane e a matéria-prima usada em sua fabricação é derivada de petróleo. Esse plástico se encontra em embalagens de biscoitos, salgadinhos, sopas instantâneas, café enfim numa infinidade de outras embalagens e as cooperativas de catadores praticamente não as recolhem. Mas agora uma empresa americana, a TerraCycle que iniciou atividades em nosso país se tornou especialista na reciclagem do Bopp para que esse material possa novamente retornar a indústria.

Embalagens

O que pode ser feito com o material?

O grande desafio da empresa é o desenvolvimento de produtos que possam ser fabricados a partir desse novo material. De acordo com Guilherme Brammer que é presidente desta empresa já existe uma série de produtos que podem perfeitamente serem feitos com estas embalagens e entre estes temos: Embalagens para cosméticos, mochilas e até mesmo autopeças como pára-choques e outros acessórios. É um trabalho interessante, pois a PepsiCo que fabrica os famosos salgadinhos Elma Chips acaba de colocar no mercado, prateleiras para expor seus produtos nos pontos de venda fabricados em sua totalidade, ou seja, 100% com o material reciclado das embalagens destes produtos e com isso acaba de fechar o ciclo. O que até a pouco era descartado como lixo, agora retorna como matéria-prima. A idéia é exportar essa tecnologia.

Peças

O grande desafio

Na mira dos ambientalistas também já esteve à embalagem longa-vida que devido ao fato de ser formada por seis camadas eram muito difíceis de serem recicladas, mas hoje existem várias tecnologias que possibilitam a separação de todas estas camadas que são: uma de papelão, quatro de plástico e uma de alumínio. Uma destas técnicas separa todos os materiais enquanto que outra separa o papelão e o alumínio deixando as camadas de plástico que formando um aglomerado e são ideais para a fabricação de telhas, lixeiras, canetas, móveis, compensados e vários outros objetos. Hoje 25% destas embalagens são recicladas no Brasil o que é pouco uma vez que compensados e telhas tiveram uma aceitação tão grande que estão faltando no mercado, indicando que a coleta seletiva deverá ser aumentada.

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Categoria(s) do artigo:
Reciclagem

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