Os Clorofluorcarbonos e Os Danos Ao Meio Ambiente

Você sabe o que são Clorofluorcarbonos? Quando estudamos química e física, passamos a entender melhor sobre componentes que fazem parte do nosso dia a dia, mas que jamais imaginamos que existem. Conseguimos a partir dessas duas disciplinas, explicar porque existem determinadas reações e, principalmente, como elas são diretamente atuantes nas nossas vidas.

Se você tem dificuldade de entender melhor esse assunto, nós vamos explicar de uma forma muito simples e totalmente explicativa. Os Clorofluorcarbonos deixarão de ser aquele bicho de sete cabeças para os seus momentos de estudo. Que tal?

Os Clorofluorcarbonos e Os Danos Ao Meio Ambiente

Os Clorofluorcarbonos e Os Danos Ao Meio Ambiente

O Que São Os Clorofluorcarbonos?

Também conhecido pela sua sigla CFC, o clorofluorcarbono é um gás e eles estão presentes nas nossas vidas, quando utilizamos os aparelhos de aerossóis, por exemplo. Além desses, o clorofluorcarbono também está presente em isolantes, geladeiras, ar-condicionado, solventes, propelente que são os gases usados em sprays e em muitas outras ocasiões.

Reações Tóxicas Ao Planeta

O clorofluorcarbono é um composto totalmente sintético e atóxico, mas é muito nocivo ao nosso planeta, pois ajuda a destruir a camada de ozônio que protege todos os seres humanos da ação direta dos raios do sol. O problema desse componente é que a ação dele na nossa camada de ozônio não é direta, fazendo com que ele permaneça agindo por até 75 anos, por isso alguns pesquisadores e estudiosos alegam que o CFC consegue ser até 15 mil vezes mais nocivo à nossa atmosfera, do que o dióxido de carbono, que tanto conhecemos pelos males causados ao nosso meio ambiente.

Isso acontece porque quando o CFC é liberado na atmosfera ele se concentra por completo na estratosfera, região do planeta onde está localizada a camada de ozônio e passa a exercer sobre as duas, uma reação que chamamos de fotólise. A fotólise é um processo de decomposição do CFC que se dá quando esse gás recebe a ação da radiação ultravioleta. Esse processo de decomposição acaba liberando uma quantidade de radicais livres de Cloro (Cl) e o cloro reage com o ozônio que protege o nosso planeta e assim, este último se decompõe em oxigênio gasoso (O2) e monóxido de cloro (OCl).

Reações Tóxicas Ao Planeta

Reações Tóxicas Ao Planeta

História

Diferente de muitos compostos que existem no planeta, o CFC não é resultado de uma reação natural de outros gases e sim uma produção totalmente consciente. A ideia de criar esse gás surgiu em 1928 quando as indústrias procuraram uma alternativa que substituísse gases refrigerantes que existiam mas que o resultado final não era totalmente eficiente para as novas tecnologias que estavam aparecendo.

Foi então que a General Motors realizou diversas pesquisas e estudos sobre esses gases e conseguiu desenvolver o CFC, o que para a época e de certa forma até hoje, tornou-se uma mina de ouro para a empresa. O novo gás era muito mais versátil, possuía uma capacidade de armazenamento muito mais fácil, a sua produção era dezenas de vezes menor do que as dos gases que já existia no mercado, o que já é um motivo e tanto para a sua distribuição e tantos outros fatores que contribuíram de cara para que a montadora começasse a distribuir essa maravilha para as indústrias. De início, o uso do CFC estava restrito apenas para a refrigeração dos produtos da General Motos e também eram utilizados como solvente. Sua aplicação se estendia desde a refrigeração, até o uso como solvente.

E depois dessa descoberta a popularização do CFC se deu de certa forma tão imensa, que qualquer tipo de gás que era usado antes dele, passou a ser praticamente extinto das fábricas e indústrias ao redor do mundo. Mas alguns anos depois esse processo começou a tomar o rumo inverso.

O lado negativo do CFC foi descoberto no ano de 1974 por dois químicos dos Estados Unidos que realizando algumas pesquisas, detectaram que esse gás podia até não fazer nenhum mal aos seres humanos, mas em compensação os estragos que causavam ao planeta, mais especificamente à camada de ozônio, anulada todos os benefícios já vistos por ele. Os estudos e as pesquisas para a análise do CFC foram feitos por Sherwood Roland e Mario Molina.

Ainda nesse ano, o CFC passou a ser relacionando com todo tipo de problema que existia na camada de ozônio e algumas organizações, assim como estudos passaram a buscar a proibição do seu uso. A marca Dupont passou a produzir nesse mesmo ano o CFC, mas com a repercussão nada positiva das pesquisas sobre o gás, resolveu mudar o nome para FREON, mas ainda assim não obteve muito sucesso.

Protocolo De Montreal

Mas como a indústria sempre fez uso desse gás e ele ajudou muito de certa forma, as opiniões sobre a proibição ou não do seu uso ainda estavam muito divididas. Em 1987, um grupo de 150 cientistas de quatro países que realizavam uma pesquisa acerca dos malefícios causados pelo CFC, realizou uma expedição até a Antártida para analisar a camada de ozônio dessa região e o que constataram foi que nesse espaço, a concentração de monóxido de cloro chegava a ser cem vezes maior do que qualquer outro lugar do planeta que também se encontrava afetado.

Foi então que foi feito nesse mesmo ano, o Protocolo de Montreal  que aprovava o banimento de forma gradativa do CFC e que este fosse substituído por outros gases de mesma potência mas que não agredissem tanto o planeta. Aqui no Brasil, o Protocolo de Montreal só foi firmado como lei a partir de 1990 e tinha como meta, banir totalmente o uso e a fabricação do CFC até o ano de 2010.

A assinatura do Protocolo de Montreal aconteceu no dia 16 de setembro de 1987 e a partir desse ano essa data também começou a ser considerada como o Dia Mundial de Proteção à Camada de Ozônio.

CFC No Brasil

De acordo com o Protocolo de Montreal, o uso do CFC aqui no Brasil tina como meta, eliminá-lo totalmente até 2010. Atualmente 95% do uso já foi banido e estamos com um projeto em andamento que pretende extinguir não apenas o CFC como também os HCFC ou hidroclorofluorcarbonos até o ano de 2030.

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Categoria(s) do artigo:
Poluição

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