A Gruta que Chora está situada na Praia da Sununga. O acesso popular acontece via Praia do Lázaro ou Saco de Ribeira. Visitantes ficam surpresos logo na entrada ao perceber o formato de grande à boca de areia.
Arqueólogos e historiadores apontam que as paredes possuem origens vulcânicas, permeáveis e porosas, capazes de verter a água do impacto vibracional emitida fora ou dentro da cavidade.
Por causa dos constantes estrondos das ondas do mar na arrebentação o fenômeno acontece quase que de modo ininterrupto. O impacto das águas acontece com violência contra os rochedos.
Em consequência as águas vertidas das rochas surgem das certas nascentes no interior. Isso corresponde à presença de formação vulcânica, de acordo com grande parte dos especialistas que estudam as ações dos fenômenos naturais no local.
O passeio está entre os mais interessantes em Ubatuba. Existem diversas lendas contadas por moradores nativos rodeadas de simplicidade e criatividade popular para imaginar as possíveis causas do mistério explicado em termos geológicos.
Lenda do Padre Anchieta e Gruta Que Chora
Na gruta da praia de Sununga existia uma serpente gigante com a capacidade de atrair as embarcações para a praia e devorar os tripulantes. Na época o boato chegou aos ouvidos do padre Anchieta que estava viajando de Bertioga para Ubatuba.
Anchieta seguiu para o local no sentido de travar batalha contra o monstro demoníaco. Realizou orações com extrema fé até que a serpente emergiu das águas para fugir às longas distâncias da região. Conforme a lenda, o depósito de água benta que o padre implantou no local fez a gruta gotejar no sentido de impedir a volta da cobra.
Lenda do Caiçara: Gruta Que Chora em Ubatuba
Em São Sebastião vivia uma linda mulher que se apaixonou por um caiçara residente de Ilhabela. Em quase todas as noites ele surgia de canoa para encontrar ela no rochedo. A vida amorosa entre os dois estava maravilhosa até o momento em que a moça adoeceu de maneira séria a abalou o psicológico da relação.
O desespero tomou o coração do caiçara que estava mal por conta da situação da amada. Desesperado, ele pegou a sua canoa e remou com força até o centro do canal para deixar o seu corpo a deriva da tempestade. Após alguns dias foi encontrado morto por amigos no exato local que usava para namorar. Quando recebeu essa notícia a mulher que já estava mal também morreu.
Dentro do pontal um dos amigos deles prestou uma homenagem ao construir a grande cruz. Na sequência dois abricoeiros (árvore do damasco) nasceram entrelaçados para representar o amor dos jovens.
Lenda do Ouro de Corcovado
Na época da escravidão existia um escravo que vivia em Ubatuba com a carta de alforria. Ele conquistou a liberdade depois de salvar a filha do patrão. Partiu para viver em recanto no Corcovado.
Após certo tempo recebeu a notícia de que a moça tinha morrido. De noite, ela apareceu nos sonhos dele para indicar um local no qual existia uma mina de ouro. Porém, o espírito alertou ao rapaz que não deveria revelar a região para nenhuma pessoa, caso contrário iria sofrer castigos por parte do protetor da mina.
No exato momento em que o ex-escravo trocou o ouro o senhor capturou e torturou para que ele dissesse a localização da mina. Quando não suportava mais o castigo começou a revelar à região na qual a mina estava estabelecida, mas acabou morrendo antes de pronunciar as primeiras palavras. Ainda nos dias de hoje existem pessoas que procuram riquezas na Gruta que Chora em Ubatuba.
Folclore em Ubatuba
Ubatuba é lar de repletas belezas naturais que atraem turistas não apenas brasileiros como internacionais. As areias têm múltiplos tons e traços que caracterizam locais singulares no Litoral Norte de São Paulo.
A região traz dezenas de praias repletas de valores históricos e culturais. Existem diversas histórias que correm na boca do povo, algumas verdadeiras outras mitológicas, que embora sem comprovação científica, estão presentes na vida de grande parte da população nativa.
Com as prosas dos caiçaras a poesia e os folclores passaram de boca em boca. Na atualidade grande parte dos contos está quase perdida. Porém, certas histórias residem de modo precário contra o progresso e evolução do tempo. Pessoas que acabaram de chegar à praia sequer imaginam a representação simbólica que existe no local repleto de mistérios folclóricos
Depois do falecimento de Seu Filhinho, mais antigo historiador da área, o poder público se esforça para que as histórias de Ubatuba não se apaguem de vez.
Estância Turística de Ubatuba
Ubatuba está entre quinze municípios de São Paulo da lista de estâncias balneárias que cumprem requisitos definidos de acordo com Lei Estadual. O status faz com que seja reservada maior verba por parte dos recursos estaduais referentes à promoção do turismo.
Tradição Indígena de Ubatuba
Não se pode ignorar o fato de que a tradição indígena tem importância significativa para a composição dos folclores na região de Ubatuba, ocupada por índios tupinambás no século XVI.
A primeira referência de região apareceu nos trabalhos artísticos de Hans Staden. Ele ficou em uma aldeia indígena na parte de Angra dos Reis que tinha o mesmo nome do local da cidade de Ubatuba – região na qual os sítios tupinambás se reuniam com canoas para realizar expedições de guerra contra tupiniquins e portugueses de Bertioga e São Vicente.
Não apenas os trabalhos de Staden como também de outros autores europeus da época mencionam que Cunhambebe era o chefe supremo da tribo dos tupinambás. O território dele se estendia de Caraguatatuba até o Cabo de São Tomé, no Rio de Janeiro. Dentro dos domínios estava toda a extensão do rio Paraíba do Sul.
A história aponta que os índios tupinambás receberam o primeiro ataque dos portugueses quando foram escravizados para trabalhar nos engenhos de cana-de-açúcar situados na região de São Vicente.
O fato provocou motivações para a tribo se aliar com membros da França Antártica, presentes na região da Guanabara. Cunhambebe liderou a aliança denominada “Confederação dos Tamoios”.
Artigo Escrito por Renato Duarte Plantier
Fonte 01: Ubatubatur.com.br
Fonte 02: Viajeparaubatuba.wordpress.com