O uso sustentável da floresta consiste no uso de áreas florestais de uma forma a um ritmo que mantenha a biodiversidade para o presente e futuro, em nível local, nacional e global e que não cause danos aos ecossistemas. Em termos simples, o conceito pode ser descrito como a obtenção de equilíbrio entre as demandas crescentes da sociedade por produtos florestais e benefícios e a preservação da saúde das florestas e da diversidade. Esse equilíbrio representa ponto fundamental para a sobrevivência das grandes extensões vegetativas e para a prosperidade das comunidades dependentes da floresta, conforme aponta grande parte dos especialistas.
Para os gestores florestais, gestão sustentável na área de floresta particular significa determinar, de forma tangível, como usar para garantir benefícios semelhantes, a saúde e a produtividade no futuro. Manejo deve avaliar e integrar uma grande variedade de fatores, às vezes conflitantes – valores comerciais, considerações ambientais, necessidades da comunidade e impacto até mesmo global – para produzir planos florestais. Na maioria dos casos, os administradores desenvolvem o sistema em consulta com os cidadãos, empresas, organizações e outras partes interessadas. As ferramentas e visualização evoluíram para melhores práticas de gestão.
Porque as florestas e as sociedades estão em fluxo constante, o resultado desejado do manejo florestal sustentável não é fixo. Tenha em mente, o que constitui uma floresta gerida de forma sustentável vai mudar ao longo do tempo.
Critérios e Indicadores: Sustentabilidade e Uso das Florestas
O desmatamento de espécies nativas da floresta tropical no Rio de Janeiro para a extração de argila à engenharia civil consiste em exemplo de manejo florestal não sustentável. Critérios e indicadores são ferramentas que podem ser usadas para conceituar, avaliar e implantar o manejo florestal sustentável.
Critérios a definir e caracterizar os elementos essenciais, bem como um conjunto de condições ou processos pelos quais a gestão florestal sustentável possa ser avaliada consiste em dois pontos indispensáveis no processo. Indicadores mensurados de modo periódico revelam o sentido da mudança que se relaciona com cada critério.
Critérios e indicadores de gestão florestal sustentável são utilizados e países produzem relatórios nacionais que avaliam o progresso em direção à gestão florestal sustentável. Há critérios internacionais e regionais com iniciativas indicadores, que envolvem de modo coletivo mais de 150 países. Três das iniciativas avançadas são do Grupo de Trabalho sobre Critérios e Indicadores para a Conservação e Gestão Sustentável das Florestas.
O Centro para Pesquisa Florestal Internacional, a Rede Internacional de Florestas Modelo e os pesquisadores da Universidade de Columbia desenvolveram série de ferramentas e técnicas para ajudar sociedades que dependem da floresta a desenvolver os próprios critérios e indicadores a nível local. Critérios e indicadores também formam a base de programas de certificação florestal de terceiros, como a Associação Canadian Standards.
Parece haver crescente consenso internacional sobre os elementos-chave da gestão florestal sustentável. Sete áreas temáticas comuns de manejo florestal sustentável surgiram com base nos critérios regionais e internacionais em curso e iniciativas dos indicadores: (1) Extensão dos recursos florestais, (2) a diversidade biológica, (3) saúde das florestas e vitalidade, (4) funções produtivas e dos recursos florestais, (5) Proteção dos recursos florestais, (6) Funções socioeconômicas e (7) quadro jurídico, político e institucional.
Este consenso sobre áreas temáticas comuns (ou critérios) fornece definição comum, implícita de manejo florestal sustentável. As sete áreas temáticas foram reconhecidas pela comunidade internacional floresta na quarta sessão do Fórum das Nações Unidas sobre Florestas. Estas áreas temáticas foram consagradas como instrumento vinculativo para todos os tipos de florestas, como um quadro de referência para a gestão florestal sustentável e para alcançar o objetivo do instrumento.
Conceito: Abordagem Ecossistêmica e Uso Sustentável da Floresta
A abordagem ecossistêmica representa destaque na agenda da Convenção sobre Diversidade Biológica (CDB) desde 1995. O órgão traz a definição do conceito como conjunto de princípios para aplicar reunião de especialistas em Malawi, no ano de 1995, conhecidos como os Princípios Malawi. Na definição foram adotados doze princípios e cinco pontos de “orientação operacional” pela quinta Conferência das Partes (COP5), em 2000.
A abordagem ecossistêmica consiste em estratégia para a gestão integrada dos recursos da terra, da água e de vida que promove a conservação e uso sustentável de forma equitativa. A aplicação ajudar a alcançar um equilíbrio entre os três objetivos da Convenção. O conceito se baseia em aplicação de metodologias científicas apropriadas e focadas em níveis de organização biológica que engloba as estruturas essenciais, processos, funções e interações entre os organismos e ambientes. Reconhece que os seres humanos com a diversidade cultural são componentes integrais dos ecossistemas.
O conceito de manejo foi reconhecido por ser meio concreto de aplicação da abordagem ecossistêmica. A ideia visa promover as práticas de conservar e de gestão que sejam sustentáveis e sociais ao gerar e manter os benefícios para ambas às gerações presentes e futuras.
Certificado Independente: Uso Sustentável da Floresta
A crescente consciência ambiental e a demanda do consumidor para as empresas responsáveis ajudou no boom de certificação que começou na década de 1990 como ferramenta confiável para comunicar o desempenho ambiental e social das operações florestais. Há usuários potenciais, incluindo: Gestores florestais, cientistas, políticos, investidores, defensores do meio ambiente, consumidores empresariais de madeira e papel e os indivíduos.
Organização independente desenvolve padrões de bom manejo florestal e os auditores emitem certificados para as operações florestais que estejam em conformidade com as normas. O selo verifica que as florestas são bem geridas como definido por determinado padrão e cadeia de custódia de certificação faixas de madeira e produtos de papel da floresta certificada através de processamento para o ponto de venda.
Isso levou ao aumento de vários sistemas diferentes em todo o mundo. Como resultado, não existe um único padrão aceitável de manejo florestal no globo terrestre e cada sistema tem abordagem diferente em definir padrões para o manejo florestal sustentável. Certificação florestal de terceiros representa importante ferramenta para aqueles que procuram assegurar que os produtos de papel e madeira que comprar e usam provenientes de florestas são geridos de forma legal.
Artigo Escrito por Renato Duarte Plantier