O que se entende por vegetação de montanha? Algumas coisas variadas podem ser consideradas para essa resposta, inclusive a interação com outros fatores geográficos como seria o caso do clima de um lugar. Então vamos a explicação, uma vegetação de montanha remonta a uma vegetação mais ligada a altitude, afinal a as montanhas são locais onde existe a elevação gradual das altitudes do terreno, inclusive é possível dizer que uma das coisas mais interferentes na vegetação de montanha é a altitude que ela se encontra, porque dependendo disso as variações podem ser grandes.
Em uma mesma montanha podem ser observadas diferentes vegetações, climas, micro climas, entre outras coisas, o ponto é qual o ponto da montanha que se deseja observar, sendo assim é interessante começar a pensar sobre a base da montanha.
A base de uma montanha normalmente tem uma vegetação que não se influencia muito pelo relevo, mais sim pela localização e coordenada geográfica de cada lugar, portanto, a vegetação nesses casos vai seguir o padrão da vegetação típica regional, que se encontra em toda aquela área próxima a ser considerada, mas conforme se sobe a montanha isso vai pouco a pouco mudando e outros tipos as vezes bem diferentes de vegetações começam a ser observadas.
Vegetação de Montanha
Os locais considerados mais montanhosos do mundo são muito influenciados quanto a sua vegetação pelo clima de montanha, por exemplo, as Cordilheiras do Andes aqui na América do Sul, as Cordilheiras do Himalaia na Ásia, os Alpes Suíços na Europa, entre outros locais ao redor de todo o mundo.
Vegetação da Montanha
Há duas possíveis interpretações para falar sobre a vegetação de montanha, uma delas é considerando uma grande área que está em uma área mais montanhosa, incluindo até mesmo cidades em que toda essa macro região é considerada possuindo as características de montanha, por exemplo, aqui no Brasil se pode considerar a cidade de Campos do Jordão e seus arredores, onde a cidade, os seus entornos como um todo possui clima, vegetação e características de locais com climas mais amenos, mesmo ainda estando acima das zonas temperadas do planeta e dentro da zona tropical.
Uma outra interpretação diz respeito a montanha em si, que conforme se sobe da sua base até o seu cume se observa claramente as diferentes regiões criadas ao longo de uma mesma montanha. Onde a base dela, como já citado acima nesse texto, segue as características gerais da sua regionalidade, enquanto que a medida que se sobe, as temperaturas vão caindo, a vegetação muda de acordo com as condições de clima onde ela se encontra, até mesmo a vida animal vai variar de uma faixa para outra da montanha.
Montanhas muito altas como as que fazem parte das cordilheiras mencionadas acima podem ter variações bruscas de condições dependendo da altitude e da altura considerada, porém as maiores mudanças acontecem em altas montanhas nas regiões tropicais.
Nas regiões tropicais onde a vegetação é normalmente conhecida pela sua variedade de vida e exuberância natural, o base pode ser cercada por florestas tropicais densas, o que ocorre até certo ponto, acima desse ponto a vegetação vai se transformando em uma vegetação de transição, com mata menos densa, com arvores menos altas, com plantas nativas já diferenciadas e mais adaptadas a um clima mais ameno.
Quando se continua subindo isso muda mais ainda, sendo que o trilheiro provavelmente vai observar um clima mais frio e uma vegetação cada vez mais rasteira, até atingir o cume, o topo da montanha, onde a vegetação muitas vezes é quase inexistente, os topos em geral são formados por locais mais pedregosos nas áreas tropicais e por neve nas áreas mais frias, dependendo da altura de uma montanha, mesmo em meio a uma paisagem e um contexto geográfico tropical é possível ver a neve no seu topo, por causa das mudanças das condições de clima, temperatura, ventos e vegetação.
Essa condição mencionada não ocorre por causa das coordenadas geográficas, mas sim por causa da altitude, vamos considerar um exemplo, a Cordilheira dos Andes na América do Sul, ela passa por diversos países e regiões do continente, ela consegue interceptar muitos climas diferentes, mas a questão mais importante é que independente disso as suas regiões mais altas possuem as mesmas características, esteja ela em zona tropical ou temperada, no Chile até se observa um deserto na base dessas montanhas, enquanto que no topo se observa neve, paisagens que seriam consideradas contraditórias se não fossem os esclarecimentos que a geografia e as ciências proporcionam nos dias atuais, ao longo da subida dessas montanhas se obsevam vários climas diferentes, varias condições de umidade, de oxigenação e até de vegetação, isso tudo é ocasionado pelas mudanças de altitude.
Mais Informações Sobre as Vegetações de Montanha
Há quem diga que as vegetações e climas de montanhas são restritos as zonas temperadas do planeta, mas na pratica o que acontece não é exatamente isso. Nas regiões tropicais há muitas variações em uma mesma montanha quando ela é muito alta, podendo até ter mudanças drásticas conforme se vai subindo, da mesma forma em local mais frio isso também pode acontecer, é claro que quando isso acontece as mudanças já não são tão aparentes, pois a base pode estar com clima e com vegetação parecida do topo de uma montanha.
Uma coisa que precisa ser esclarecida é que a formação de uma vegetação local, não pode ser definida de uma forma definitiva, porque as vegetações que se encontra pelo mundo, mesmo sendo consideradas vegetações de montanha, elas não são necessariamente iguais e vão variar de acordo com diversos fatores.
Entre esses fatores estão a pressão atmosférica do lugar de forma mais especifica, a radiação solar incidente sobre a área que a montanha está inserida, o regime de chuvas que é observado no local e como já indicado a altitude é que quem vai influenciar fortemente todos esses fatores, no entanto, é a combinação de todos eles, junto a localização da montanha e das características da área que vão levar a essa formação que pode ser única ou semelhante a de outros lugares.
Em média há uma queda de temperatura que fica em torno dos 6 graus Celsius a cada mil metros que se sobe de altura ou altitude, isso pode parecer pouco, mas 6 graus é uma grande diferença para o que se encontra na base, principalmente quando isso se soma aos fatores de vento, etc.
Outra questão é que muitas vezes as montanhas podem ter bem mais de 1000 metros de altura, em certas regiões elas facilmente passam dos 3 mil metros ou muito mais. É claro que conforme a montanha é mais alta, também é mais desafiadora a sua subida, sendo que a partir de determinadas elevações é quase impossível a subida e isso exigiria treinamentos intensos de muito tempo de preparação.
Lembrando que alguns cientistas apontam que acima dos 2 mil metros de altitude a presença da neve é dada como constante, o que implica novos desafios aos aventureiros que estão a subir. Muitas pessoas podem não entender porque se observa neve em locais mais altos, ainda que seja em lugares onde não faz tão frio assim, o ponto é que quanto mais alto um lugar, menos o solo desse local absorve e armazena a energia e o calor solar, isso se soma aos níveis de pressão atmosférica que são menores, a temperatura então tem quedas drásticas, porque o ar ali armazena menos calor, a soma de tudo isso desencadeia um efeito único que normalmente não é observado no solo em baixas altitudes.
