Hoje as Unidades da Conservação (UCs) têm suas áreas determinadas pelo poder público que tem a proteção da biodiversidade como prioridade. As primeiras unidades que foram definidas em nosso país datam do inicio do século passado. Foi partindo de criações como estas que o Brasil de maneira muito lenta foi solidificando iniciativas públicas que favoreciam a conservação. Hoje as Unidades de Conservação conquistaram uma maior importância e se tornaram mais abrangentes com finalidades ecológicas, científicas e econômicas, além de preservarem a beleza da natureza.
A lei atende a realidade brasileira
Proteção da Biodiversidade como Prioridade
O Brasil teve com relação a este tema o que foi considerado como um dos avanços mais significativos quando foi criado o Sistema Nacional de Unidades de Conservação da Natureza (SNUC) no dia 18 de julho de 2000. A criação desse sistema aconteceu após muitos anos sem definição e de inúmeras tentativas no sentido de aumentar a regulamentação e definir regras de como proceder quando se trata de proteger a biodiversidade no país. Com a criação dessa lei tudo ficou mais simples, pois embora não sendo perfeita ela atende a nossa realidade.
Criados dois grupos de Unidades de Conservação
Todas as questões que se relacionam com o tema foram organizadas pela lei SNUC de acordo com a mesma estrutura lógica e as categorias dessas UCs foram definidas nas três esferas governamentais (municipal, estadual e federal) tendo em vista o grau de proteção, os objetivos de manejo, e possibilidades de que os recursos naturais que existem nas áreas sejam utilizados. Desse modo surgiram os dois grupos de Unidades de Conservação: de proteção integral e de uso sustentável.
Sistema unificado
Sobre
Um avanço de maior relevância foi à criação do sistema unificado de Unidades de Conservação do país sendo que isso foi de fundamental importância porque isoladamente as unidades não atingiam as metas nacionais, as estaduais nem as metas regionais em termos de conservação, enquanto que unificadas essas unidades aumentaram a capacidade de atingir seus objetivos.
O que temos hoje
Áreas
Em nível federal é um total de 300 unidades que abrangem em torno de 75 milhões de hectares o que corresponderia a 6% de todo o território nacional. Com isso o vazio que existia entre as diferentes áreas protegidas se reduziu se comparadas há duas décadas passadas, quando então se começava a discutir o SNUC e então as políticas de preservação passaram a incluir locais que antes não se encontravam representados.
Mesmo com todos estes avanços a distribuição ainda é bastante irregular o que torna inviável estender essa proteção a toda grande variedade que se tem em ecossistemas no país. O SNUC que completa dez anos merece uma avaliação, pois o que se observa é que não é cumprido na totalidade independente dos esforços que diferentes frentes tem feito nesse sentido.
