Parque Indígena do Xingu

História e Fundação

O Parque Indígena do Xingu, que foi batizado inicialmente pelo nome de Parque Nacional do Xingu, foi inaugurado na década de 1960, mais precisamente no ano de 1961, mediante uma iniciativa dos irmãos Villas Bôas, sendo eles Orlando Villas Bôas, Leonardo Villas Bôas e Cláudio Villas Bôas, em concomitância com os parceiros Darcy Ribeiro, Marechal Rondon, Café Filho, Noel Nutels, dentre outros companheiros e ativistas ambientais. A inauguração do parque foi realizada pelo Presidente da República e amigo pessoal do ativista Orlando Villas Bôas, Jânio Quadros.

Breve Histórico Sobre a Descoberta e Criação do Parque Indígena do Xingu

1884 – O explorador alemão Karl Von den Steinen percorre a região e fez os primeiros contatos entre homens brancos e índios da região. É a primeira expedição à região do Xingu que se tem registro. Pela expedição do alemão, foram encontradas 14 tribos indígenas.

1907 a 1915 – Ente os anos de 1907 a 1915, o Marechal Rondon comanda as expedições que foram realizadas para a região Oeste do país. Nessa expedição, foram estendendo fios telegráficos e também fizeram as inspeções nas fronteiras. No ano de 1910, foi fundado, através da iniciativa do Marechal Rondon o Serviço de Proteção ao Índio e Localização do Trabalhador Nacional, que visava a proteção e manutenção da cultura indígena no local.

1920 – Outra expedição é realizada à região do Parque Indígena Xingu, desta fez pelo Inglês Percy Fawcett. No ano de 1925, a expedição do inglês volta à região. Desta vez o seu intuito era encontrar as cidades perdidas e é ele quem desaparece nesta perigosa empreitada e desde então ninguém, nunca mais, ouviu notícia do Fawcett. Até hoje não se sabe ao certo o que aconteceu com ele, nem mesmo os seus companheiros na expedição souberam explicar o que aconteceu.

1943 – O então presidente da época Getúlio Vargas criou o programa denominado Fundação Brasil Central. A intenção de Vargas era desenvolver o Centro-Oeste brasileiro e nasce, também neste mesmo ano, a Expedição Roncador-Xingu.

1946 – 3 anos depois de ter sido formada a Expedição Roncador-Xingu, os irmãos Villas Bôas lideram as expedição e chegam a região onde se encontram os rios formadores do Rio Xingu e fazem o primeiro contato com os índios da tribo Kalapalo.

1947 a 1948 – A Expedição atinge o rio Jacaré e constrói um campo de pouso, o que economizaria 8h de voo do Rio de Janeiro a Manaus. Um ano mais tarde, em 1948, é declarado o fim da Expedição Roncador-Xingu, iniciando assim uma nova expedição, agora denominada de Expedição Xingu-Tapajós.

1952 – Neste ano, o anteprojeto de lei de criação ao Parque Nacional do Xingu é entregue ao vice-presidente Café Filho.

1961 – Após 9 anos de negociações, o Parque Nacional do Xingu é demarcado por decreto do presidente Jânio Quadros, amigo pessoal de Orlando Villas Bôas, um dos irmãos Villas Bôas que estava inserido na proposta.

Demografia: 

A área demográfica do Parque Indígena do Xingu mede mais de 27 mil quilômetros quadrados (Aproximadamente 2.800.00 hectares, contando com a inclusão de terras de outras tribos indígenas das etnias Batovi e Wawi,) e a sua localização consta desde o norte do estado do Mato Grosso, parte do Planalto Central e Floresta Amazônica.

A localidade, que por sinal é toda plana, graças a sua localização, e também onde há a prevalência das matas altas, entremeadas do cerrado e dos campos abertos, é talhada pelos afluentes do Rio Xingu.

O Rio Xingu, principal rio da região, é formado pelos seguintes rios: Tanguro, Ranuro, Kuluene e Kurisevo. O rio Kuluene adota o nome de Xingu quando se une ao rio Ronuro, na altura da região conhecida pelos povos indígenas da localidade por Mÿrená (Morena). Os principais afluentes do Rio Xingu, após o encontro do Kuluene com o Ronuro são: Auaiá Miçu, Suiá Miçu, Uaiá Miçu, Maritsauá Miçu e o rio Jarina, que fica às intermediações da cacheira de Von Martius.

Conhecendo Parque Indígena do Xingu. 

Etnia: O Parque Indígena do Xingu é composto pela união de 16 povos indígenas, das seguintes etnias: Aweti, Ikpeng, Kalapalo, Kaiabi, Kamaiyrá, Kuikuro, Kîsêdjê, Mehinako, Matipu, Wauja, Naruvotu, Trumai, Tapayuma, Yawalapiti e Yudja.

Línguas faladas nas Comunidades: Kaiabi e Kamaiurá (falado pela família Tupi-Guarani, ascendência Tupi); Yawalapiti, Wauja e Mehinako (falado pela família Aruák); Yudja (falado pela família Juruna, de ascendência também Tupi); Ikpeng, Kalapolo, Kuikuro, Nahukwá, Naruvotu e Matipu (da família Karib); Awenti (da família Awenti, ascendência Tupi); Kîsêdjê e Tapayuna (da família Jê e ascendência Macro-Jê) e Trumai (uma língua isolada).

Área Demográfica- O Parque Indígena do Xingu conta com uma área de 2.642.003 hectares, englobando os municípios de Canarana, Paranatinga, São Félix do Araguaia, São Félix do Xingu, Gaúcha do Norte, Feliz Natal, Querência, União do Sul, Nova Ubiratã e Marcelância (todos os municípios localizam-se no estado do Mato Grosso).

Principais Rios: Von Den Stein, Jatobá, Ronuro, Batovi, Kurisevo e Kuluene. Este último, junto com o Batovi-Ronuro são os principais rios formadores do Rio Xingu.

Datas: A demarcação administrativa do Parque foi homologada em 1961.

O Parque, Seu Objetivo e Suas Ameaças 

O Parque Indígena do Xingu é avaliado como a maior e uma das mais célebres reservas de etnias do globo terrestre. Esta reserva é uma forte referência de diversidade ambiental e cultura para o país.  Situado em uma zona de transição entre o Cerrado e a Floresta Amazônica, os dos maiores biomas brasileiros.  O Parque carrega em sua história uma discussão sobre a extensão dos seus limites, que durou quase dez anos.

Outra particularidade é que o Parque Indígena do Xingu foi criado como uma área híbrida: uma área de proteção para as populações indígenas, mas também para o ecossistema. “ O Parque Indígena do Xingu, inicialmente, pegou emprestada a estrutura dos parques nacionais. Deixou de ser parque nacional para ser parque indígena justamente para evitar a confusão com as unidades de conservação”, ressalta André Villas Bôas, filho de Orlando Villas Bôas e coordenador do Programa Xingu do Instituto Socioambiental (ISA).

Curiosidades

Curiosidades

No princípio, a filosofia aplicada pelos irmãos Villas Bõas visava proteger o índio do contato com a cultura dos grandes centro urbanos, entretanto o Xingu, em mais de meio século de existência, passou por diferentes transformações que coincidem com a história do índia brasileira. Na ocasião, por exemplo, não era tolerado usar chinelos ou andar de bicicleta, pois evitando esses atos, que eram consideras fazer parte da cultura do homem branco, o índio não mudaria os seus costumes e preservaria a cultura da sua tribo.

Contudo, na década de 1970, esta conjuntura começou a ser transformada, pois a presença de pescadores, garimpeiros e fazendeiros, de forma invasora e predatória nas áreas do Parque Indígena do Xingu, seguida da implementação da agropecuária, acarretou em outras tantas ameaças à vida das tribos indígenas que vivem nas áreas do Parque, tais como: poluição das nascentes que abastecem as comunidades locais, o desmatamento e as queimadas das áreas preservadas, além de uma grande influência na cultura indígena e dos problemas de saúde oriundos do contato com o homem branco. E a maior de todas as ameaças é a construção da Usina de Belo Monte.

Parque Nacional Xingu

O parque foi inaugurado em 1960 e isso teve iniciativa dos irmãos Villas Bôas, Orlando Villas Bôas, Leonardo Villas Bôas e Cláudio Villas Bôas teve ajuda de seus amigos Darcy Ribeiro, Marechal Rondon, Café Filho, Noel Nutels, e entre muitos outros amigos ativistas ambientais. Quem inaugurou o parque foi na época o atual presidente Jânio Quadros. Quem fez o primeiro contato com os índios da região foi o explorador alemão Karl Von den Steinen, ele encontrou 14 tribos indígenas no ano de 1884. No ano de 1907 a 1915 Marechal Rondon comandava expedições na região oeste. Na expedição foram estendendo fios telegráficos. Em 1910 por iniciativa de Marechal Rondon foi lançado o serviço de proteção ao índio. O parque Indígena do Xingú mede cerca de 27 mil quilômetros quadrados, vai do norte do Mato Grosso, parte do Planalto Central e Floresta Amazônica. Tem uma localização toda plana e matas altas

Parque Nacional Xingu

Parque Nacional Xingu

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