Especialistas atestam que existem pelo menos quatrocentas frutas de origem brasileira. Fora os outros tipos de frutos que foram explorados no Brasil e patenteados em outras nações. Imagine que a rapadura, alimento feito com base na cana-de-açúcar, já foi considerada um dia alemã! De certa maneira, as frutas possuem a verdadeira face do Brasil, quase todas com características típicas das florestas tropicais. No entanto, apesar da diversidade, somente seus tipos são cultivadas de maneira comercial em alta escala.
De certa maneira, a lista completa das frutas de origem brasileira possui nomes que com certeza grande parte da população nunca ouviu falar. Marôlo, banana-de-macaco, taperebá, cariota-de-espinho, fruto-da-ema, pau-alazão, entre outras centenas de espécies. Muitos destes frutos exóticos são registrados fora do país, anulando assim a originalidade verde-amarela. A degradação ambiental também faz com que muitas espécies fiquem em extinção. O oití-da-Bahia, um dos frutos mais apreciados pelos imperadores Dom Pedro I e Dom Pedro II, já não existe!
Banana: O Símbolo Nacional
Carmem Miranda com as frutas na cabeça foi a primeira novidade brasileira em matéria de indústria cultural. Entre as diversas espécies existentes no sexto, a banana possui o maior destaque. Os norte-americanos apreciam de maneira quantitativa o fruto que na atualidade está comercializado em mais de 130 países distintos.
A banana é conhecia por ser fonte de fibra e tecidos qualitativos. A fruta está na segunda posição entre os países que mais possuem produções do gênero em nível mundial. O IBGE contabiliza que 0,9% do salário anual dos brasileiros são gastos com banana. Por este motivo que existe a expressão “preço de banana” utilizado para fazer referência a algum produto que possui baixos valores no mercado. Os norte-americanos não conhecem a expressão, visto que o fruto custa caro, vendido às vezes em unidades separadas (ao invés do cacho) por causa do alto preço cobrado em consequência do PLUS TAX (imposto).
Interessante notar que em terras nacionais grande parte da produção vem do Nordeste, onde são produzidos mais do que trinta por cento da produção nacional. Na sequência estão: Norte (26%). Sudeste (24%), Sul (10%) e Centro-Oeste (06%). São diversas espécies diferentes que se desenvolvem melhor de acordo com a qualidade da terra das regiões. Se forem contabilizadas todas as plantações oficiais, cadastradas no Ministério da Agricultura, as regiões com plantações chegam a aproximados 520 mil ha.
Vale ressaltar que as condições naturais brasileiras permitem com que as produções tenham qualidade alta, embora ainda existam limitações na eficiência produtiva e manejo pós-colheita.
Cacau: Descoberta do Chocolate
A árvore que concebe o cacau é chamada de cacaueiro, cuja origem está no Brasil e em alguns países da América Central, embora apenas os brasileiros possuam a patente. Pode atingir seis metros de altura. O cacau simboliza matéria-prima básica par a composição do chocolate. O processo de moagem retira as amêndoas secas nos processos industriais ou caseiros.
No ano de 2010, o chocolate movimentou cerca de sessenta bilhões de dólares em nível global. Mesmo com crise econômica mundial o índice aumenta consideravelmente. Interessante notar que da faixa total, os produtores ficaram somente com quatro por cento da renda geral.
Dentro do Brasil foi cultivada de maneira inicial na Amazonas, visto que a região possui estado natural propício para o clima. Na sequência a concentração passou ao Pará, antes de chegar à Bahia, local no qual se adaptou de maneira qualificada, fora que estava próximo ao ambiente marinho, o que de fato acabou gerando o Boom da década de 1930.
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A Bahia produziu mais de noventa por cento das produções de cacau em todo o Brasil em 2010. Embora seja considerado como fruto brasileiro, não se pode ignorar o fato de que a Costa do Marfim está na liderança mundial em matéria de produção, abocanhando quase quarenta por cento da produção total.
Interessante notar que a capacidade produtiva da Bahia diminui em cerca de sessenta por cento se comparada com a existente no começo do século XX. As pragas foram grandes vilãs, entre elas, a vassoura-de-bruxa. A partir da incidência o país deixou de ser exportador para virar importador, perdendo assim o poder de autossuficiência do produto.
O Cacau possui importância considerável para a floresta. Por ser plantado na sombra, representou ótima arma no sentido de manter alguns corredores da Mata Atlântica que está situada na Bahia. O Instituto CABRUCA trabalha em conjunto com outras instituições ambientais no sentido de desenvolver projetos para manter a vegetação associada ao cacau.
A Costa do Marfim exporta dezesseis por cento da quantidade existente dentro do Brasil. O problema é que nas plantações do país africana existe alto índice de trabalho escravo, elemento considerável punível de acordo com as Leis das Crianças e Adolescentes instituídas pela ONU (Organizações das Nações Unidas).
Laranja: Domínio da Produção Mundial
Duas áreas dominam o crescimento de laranja e a produção de sumos. A costa sudeste do Brasil, em torno de São Paulo, produz mais laranjas do que os próximos três países juntos. Como quase 99% das frutas desta região são processados para exportação, não se pode ignorar o fato de que a região é gigante na produção de suco de maneira esmagadora em ritmo mundial.
O centro-sul da Flórida também possui o seu destaque. A maior parte do suco de laranja, no entanto, é vendida no mercado interno, ao contrário do que acontece no Brasil, fato que favorece na diminuição do preço aos consumidores. O rio indiano área da Flórida está conhecido pela alta qualidade de seu suco, que é muitas vezes vendido fresco em regiões norte-americanas. Por causa do baixo rendimento e alta qualidade de laranjas em Indian River, o suco é muitas vezes misturada com o produzido por outras regiões.
Produção de sumo de laranja entre estas duas áreas representa cerca de noventa por cento do mercado mundial. O Brasil exporta 99% de sua produção, enquanto 90% da produção da Flórida são consumidos em nos EUA. O suco de laranja é comercializado internacionalmente na forma de suco concentrada, congelando a laranja para reduzir o volume utilizado, de modo que os custos de armazenamento e transporte fiquem baixos.
O Brasil é a maior nação de laranja de produção no mundo, e o grosso da produção está localizado principalmente no estado de São Paulo, que responde por aproximadamente 80% da produção do Brasil e 53% do total global.
Artigo escrito por Renato Duarte Plantier