Termo criado pelo geógrafo anarquista Elisée Reclus no final do século XIX, ecologia social define-se na ideia de que os problemas sociais e relacionados ao meio ambiente são decorrentes de toda a hierarquização política vigente desde a evolução e crescente urbanização.
A exploração da natureza e de sues recursos hoje feita pela humanidade está inteiramente ligada à questão de ecologia social, que por sua vez não defende também a conscientização de um consumo ético particular, mas de uma mudança geral, libertária que seja profícua na resolução da maioria das estruturas ecológicas.
Uma ciência socialmente ecológica
Foi com a introdução da ecologia social que a preocupação e assimilação dos problemas ambientais tornaram-se visão e transparência para o homem que em total domínio hoje da natureza e dos problemas ecológicos não se mostra adepto às mudanças capazes de enxergar um futuro melhor ecologicamente.
Assim pesquisadores da área dedicam-se a desvendar e introduzir a ciência da ecologia social na visão e cotidiano da comunidade, fazendo com que os fatores tecnológicos e industriais não sejam os únicos responsáveis pela destruição ambiental, já que ressaltam problemas que a maioria dos cientistas nem notam como o fator demográfico em crescimento, as grandes hierarquias e dominações, entre outros.
Esses estudiosos adeptos a ecologia social dizem ser essa a importante estratégia que muitos governos deveriam usar, ou seja, a introdução de um planejamento de união das pessoas para busca de soluções, fato esse que ficou de lado após o sistema capitalista. Nada é a ecologia sem a participação e o envolvimento humano, o mesmo que depende da sustentabilidade social e ecológica para seu perfeito desenvolvimento.
Os efeitos da crise ecológica
Com o passar das revoluções e tantas crises ecológicas no mundo gera-se uma imensa preocupação com os efeitos que são lançados em meio essa mudança. A maior parte, principalmente dos países subdesenvolvidos sofrem com poluição das águas, do ar, da terra e também pelo baixo tipo de serviços de privatização como o sistemas de saúde, o transporte público e a energia elétrica.
A crise ecológica contribui ainda mais para a desigualdade entre pobres e ricos de todo mundo, assim torna-se necessário tratá-la para que chegarmos a um consenso de resolução dos problemas que perduram do passado até os dias de hoje.
A principal meta: A solidariedade
Para que a crise ecológica acabe literalmente é preciso antes de tudo a solidariedade de pólos de poder do mundo e assim a estabilização de idéias e conceitos ambientais que sejam abertos a sociedade e união da mesma com as tomadas de decisões. O ajudar o outro é totalmente marcante nesse aspecto de reconciliação e melhoria na vida ecológica do planeta que tende a piorar nos últimos anos.
A geração de novas comunidades solidárias e atentas à questão social ecológica se faz hoje em falta nos assuntos mundiais e das organizações estatais. As melhorias segundo ecologistas e ambientais comprovam o avanço de um equilíbrio ambiental com bioregionalismos, a expressão de campos de resistência, essa centrada ao uso da união de todas as partes para assim a efetivação de trabalhos solidários voltados à ecologia social.
Por: Patrícia Contiero