O crescimento sustentável leva em conta aspectos políticos, ambientais e sociais, além dos econômicos, e isso tudo pode estar interligado diretamente ou indiretamente. O tema está sendo bem discutido e tem sido constantemente comentado entre os líderes mundiais da atualidade, por ser uma forma responsável de levar riqueza e aumentar a qualidade de vida das populações necessitadas sem, no entanto, aumentar os impactos negativos da ação do homem na natureza.
Para ser sustentável é necessário que haja a preocupação com o crescimento econômico, associada ao cuidado com as questões sociais e ambientais.
Não há sustentabilidade sem que o aumento da produção econômica e de capital seja tão importante quanto o aumento da qualidade de vida da população. Portanto, só é crescimento sustentável de verdade quando o povo passa a ter mais acesso tanto às políticas públicas, participando e decidindo democraticamente o destino de suas comunidades, quanto às riquezas produzidas, tendo disponibilidade de vagas de emprego e diminuindo a desigualdade de renda.
Além disso, são partes de uma economia sustentável a seguridade social, que cuida para que aqueles que estão afastados das atividades produtivas (como crianças, desempregados, doentes e idosos) possam se beneficiar do crescimento econômico, e a educação emancipadora, para a formação de profissionais competentes e cidadãos conscientes e politicamente ativos.
Atualmente, é extremamente importante que o crescimento econômico seja feito com sustentabilidade. Devido aos alertas cada vez mais drásticos da comunidade científica sobre os problemas causados pelos impactos ambientais do desenvolvimento econômico desenfreado das últimas décadas, líderes do mundo todo têm buscado consenso para aumentar a produtividade de países em desenvolvimento, manter um mercado consumidor ativo e em crescimento e, ainda, diminuir a degradação do meio ambiente.
Por isso, várias reuniões e cúpulas foram feitas e agendadas (como a Rio+20, Conferência das Nações Unidas sobre o Desenvolvimento Sustentável, que acontecerá este ano no Brasil), bem como tratados e acordos (como o Protocolo de Kyoto para redução das emissões de gás carbônico que são os mais famosos e os mais polêmicos) foram assinados visando comprometer, além de líderes e governos, as nações como um todo neste esforço conjunto.
O crescimento sustentável diz respeito, também, a melhorar a participação política da população, fomentando o desenvolvimento de seus mecanismos de ação. Deixar as administrações públicas mais transparentes quanto à utilização do orçamento e às tomadas de decisões de políticas públicas, é parte importante desse processo, bem como abrir espaços de debates e participações diretas como audiências públicas e referendos.
Além disso, tudo que já falamos entre os governos e o tema, a participação da sociedade organizada, por meio de Organizações Não-Governamentais (ONGs), na implantação das políticas públicas, e de movimentos sociais, sindicatos e organizações comunitárias nos debates antes das decisões, é fundamental para uma gestão mais sustentável, democrática e competente.