Como Prever Furacões

O Vento

Para que se possa compreender a dificuldade que os cientistas têm para tentar prever um furacão é necessário entender no que ele consiste. Apesar de não enxergarmos efetivamente o ar, já que ele não tem cor e nem forma, sabemos que ele existe e também podemos senti-lo quando se move de um lado para o outro.

Essa movimentação origina o que conhecemos como vento e começa devido as diferenças de temperatura que existem na superfície da Terra. O ar mais quente é mais leve que o frio e por isso tem a tendência de subir. Por causa da variação da pressão atmosférica logo o ar de uma região próxima vai para esse espaço para que não fique vazio.

Dessa forma o vento é formado e em alguns casos pode acontecer de os ventos ficarem muito fortes e fazer com que surjam as tempestades, furacões entre outros fenômenos. Confira a explicação do que é um ciclone para entender a definição de furacão.

O Que é Um Ciclone?

Basicamente os ciclones são ventos fortes que se originam nos mares de água quente e existem dois tipos desses ventos. Os ciclones mais violentos que acontecem entre os trópicos e o Equador são chamados de tropicais. Aqueles que recebem o nome de extratropicais nascem em outras regiões e tem uma duração maior, entretanto são mais fracos. Os ciclones viajam pelo mar até que atingem o continente.

O Furacão

Quando os ventos de um ciclone chegam a uma velocidade de mais de 120 km por hora  se dão no oceano Atlântico recebem o nome de furacão. Já nos casos em que esses ciclones acontecem no oceano Pacífico recebem o nome de Tufão. O chamado olho do furacão é a região do mesmo em que quase não existe vento ou chuva. É através dessa região o vapor sobe e acaba alimentando o redemoinho.

Os furacões no oceano vão avançando até que chegam a regiões de água quente e quando chegam a terra que é mais e mais seca do que o mar acabam perdendo a força e vão se dissipando. Porém, os furacões podem provocar inundações e ondas com até 15 metros de altura além de ventos muito fortes.

A Dificuldade da Ciência Para Prever os Furacões

A ciência avançou em muitos segmentos e com certeza no que se refere a entender a natureza também, porém, quando se trata da previsão de furacões ainda é um tanto deficiente. Mesmo com uma extensa base de dados históricos e condições climáticas os cientistas não conseguem ter certeza quanto a intensidade e risco dos furacões.

Para se ter uma ideia os meteorologistas do Centro Nacional de Furacões dos Estados Unidos sabem que os meses mais críticos são entre agosto e novembro, porém, ainda não tem como fazer uma previsão a respeito de quando um furacão irá se formar e nem mesmo quais serão os locais atingidos pelo mesmo.

Quando chega os meses mais complicados do ano os meteorologistas sabem é bem provável que outro furacão aconteça, mas não tem certeza em relação ao lugar em que vai acontecer. Essa incerteza acaba criando um certo estado de pânico nos possíveis locais atingidos como Nova Orleans e Miami.

Estudo dos Furacões

A Administração Oceânica e Atmosférica Nacional (NOAA, na sigla em inglês), nos Estados Unidos, é uma das principais instituições que trabalham na busca pela previsão e estudo dos furacões.

O trabalho desses profissionais consiste dentre outras coisas em voar para o meio do furacão em aeronaves para fazer a coleta de dados que ajudem os meteorologistas e pesquisadores a compreender melhor como se dá a tempestade e quais as possibilidades de a mesma piorar.

As aeronaves do NOAA são equipados com um sistema de radar Doppler que possui dois turbo-hélices P-3. O objetivo é usar o radar para fazer o mapeamento da estrutura da tempestade em três dimensões. Com esses dados é possível contribuir para a melhoria das previsões de furacões.

Questão de Intensidade

Os especialistas do NOAA acreditam que tem um grande conhecimento em relação a rota que o furacão irá tomar conforme o seu desenrolar, mas sabem que em relação a previsão da intensidade do furacão não tem muita base. Muitas vezes uma tempestade que passa por muitos lugares e parece devastadora no início acaba perdendo a intensidade ou vice-versa.

Sobre isso os especialistas justificam a dificuldade pelo fato de que para se conhecer a intensidade de uma tempestade é necessário conhecer pequenos detalhes de sua estrutura bem como o movimento interno que pode afetar o ganho ou a perda de energia. Com esses detalhes seria possível criar um modelo no computador que fosse mais assertivo.

Os cientistas não conseguem esses dados e em geral acabam superestimando a força de um furacão o que pode fazer com que sejam tomadas ações de emergência de forma abrupta. Porém, também pode acontecer de os cientistas subestimarem a força de um furacão e assim estarem despreparados para a grande proporção que o mesmo toma.

Modelos Numéricos

A parte mais visível e fácil de compreender do trabalho da NOAA é com certeza os voos que são feitos para dentro do furacão com o objetivo de coletar dados, porém, não é somente nisso que o trabalho se baseia. Boa parte do trabalho consiste em construir e refinar os modelos numéricos que fazem a simulação de tempestades. Esses modelos numéricos são então inseridos no computador para que possam rodar.

Alguns testes estão sendo realizados com o objetivo de encontrar novas alternativas mais eficazes de previsão dos furacões desde a sua formação até a sua intensidade. A natureza ainda representa um grande mistério para o ser humano e por isso mesmo pode ser que demore ou mesmo que não se encontre uma solução definitiva para tentar diminuir o impacto que os furacões têm sobre as regiões habitadas.

O que se pode fazer nesse sentido é continuar em busca da coleta de dados e não desistir de chegar a um bom resultado em relação a uma possível previsão dos ventos fortes de um furacão.

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Categoria(s) do artigo:
Desastres Naturais

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