Lista de Anfíbios em Extinção no Brasil e no Mundo

As atividades humanas decorrentes de sua organização social são sabidamente uma das mais importantes causas da perda da biodiversidade do planeta resultando na extinção de muitas espécies da flora e da fauna. Estudos científicos publicados na revista Science, revelam que uma terça parte das espécies de anfíbios existentes ou catalogados no planeta estão ameaçados de extinção, com risco grave, pois em apenas um século chegou a níveis de extinção e perda de espécies maior do que o registrado em milhares de anos.

Lista de Anfíbios em Extinção

Lista de Anfíbios em Extinção

O número de anfíbios no mundo todo está diminuindo desde 1980, segundo revelaram dados de recentes pesquisas de institutos especializados em controle da espécie. Pelo menos cerca de 500 espécies de rãs e salamandras desaparecem em todos os continentes no ano de 1993. De acordo com o relatório da UICN, de 2008, não é possível estabelecer a situação de 25% das espécies de anfíbios e de 23% , algumas já desaparecem e outras estão ameaçadas.

Um outro dado alarmante levantado pelo relatório, é que 43% das espécies de anfíbios apresenta redução de tamanho. O problema da extinção dos anfíbios é a nível mundial, ocasionadas por problemas globais e locais. Entre eles: radiação ultravioleta, novos predadores do ecossistema, fragmentação e destruição de habitat, toxidade, mudanças climáticas, entre outros. Na sua maioria, são problemas criados pelo homem, que não respeita o Meio Ambiente e causa danos irreparáveis, que terão consequências catastróficas num futuro bem próximo.

Avaliação Anfíbia Global

Avaliação Anfíbia Global, é o nome do estudo realizado com a participação de cerca de 550 cientista representando 60 países diferentes. Este grupo estudos 5.743 espécies de anfíbios em diversas partes do planeta nos últimos 3 anos, e concluiu que destes 32% estão com risco de extinção, dentre eles incluem-se rãs, salamandras e sapos.

A maior incidência de espécies em perigo se concentram na América Latina, começando com Colômbia, seguida pelo México, Equador e Brasil. Contudo o índice é alarmante no Haiti, onde mais de 90% das espécies existentes de anfíbios estão em risco grave de extinção, o que significa que os anfíbios podem ser eliminados desse país nos próximos anos.

Qual a Importância dos Anfíbios para o Meio Ambiente?

Podemos imaginar o meio ambiente como sendo uma corrente em que cada elo é um elemento importante, contudo, alguns são mais necessários do que outros. Esse é o caso dos anfíbios uma vez que como presas eles são a base alimentar de outros grupos de animais como répteis, aves, mamíferos e até mesmo invertebrados.

Para alguns tipos de animais os anfíbios compõem a única opção da sua cadeia alimentar, então se eles são extintos logo não se terá alimento. Como predadores os anfíbios também tem um papel essencial para o controle de certas populações de invertebrados. No ciclo do meio ambiente quando retiramos um elemento estamos quebrando todo o ciclo.

Outra importante função dos anfíbios diz respeito ao transporte de nutrientes do ambiente terrestre para o ambiente aquático como fósforo e nitrogênio. Os nutrientes são levados de um lado a outro pelas chuvas, mas dependem dos girinos se alimentarem deles para que possam se integrar novamente ao meio ambiente. Por apresentarem um ciclo de vida estritamente ligado ao ambiente aquático os anfíbios são entendidos como indicadores de que tudo está bem no ecossistema.

Produção de Fármacos

Os anfíbios são animais que estão sempre secretando substâncias que visam deixar as suas peles úmidas e devidamente protegidas de micro-organismos, essas substâncias podem e são usadas pelo homem para desenvolver uma série de medicamentos. A extinção dos anfíbios afetará a humanidade de diversas maneiras.

Espécies de Anfíbios em Extinção no Brasil

A iminente extinção de algumas espécies de anfíbios tem sido motivo de grande preocupação para biólogos do mundo todo, contudo, algumas espécies que se encontram sob ameaça no Brasil podem impactar o resto do planeta com seu sumiço. Conheça mais sobre os anfíbios que podem trazer grande prejuízo para o mundo caso desapareçam de verdade.

Euparkerella tridactyla

Espécie de anfíbio endêmica do Brasil está na posição 716 do ranking mundial de espécies sob ameaça.

Cycloramphus acangatan

Outra espécie que é endêmica do Brasil e que está sob ameaça de extinção devido a perda do seu habitat. No ranking mundial está na posição 711.

Dendrophryniscus carvalhoi

Com a pele texturizada essa espécie de anfíbio que habita florestas subtropicais aparece no lugar 468 do ranking mundial de espécies ameaçadas.

Hemiphractus johnsoni

Um anfíbio que tem uma aparência interessante que lhe confere quase um visual de origami por parecer construído com papel e dobraduras. Aparece na posição 308 do ranking mundial.

Perereca Bokermannohyla izecksohni

Um anfíbio que possui olhos grande que lhe são bem característicos e que está sob ameaça de desaparecer figurando na posição 208 da lista do ranking mundial.

Rã do Rio Mutum

Um anfíbio corpulento que também se destacado dentre as espécies que podem desaparecer, para se ter uma ideia no ranking brasileiro ocupa a segunda posição. Na lista mundial está na posição 145.

Odontophrynus moratoi

Um anfíbio cuja pele tem uma textura que lembra rochas e que está na primeira posição da lista de anfíbios ameaçados no Brasil. Já no ranking mundial está na posição 112.

Chiasmocleis carvalhoi

Um anfíbio que tem um tom que lembra a cor do vinho e que ocupa a posição 286 no ranking mundial de anfíbios ameaçados de extinção.

Perereca-de-folhagem-com-perna-reticulada

O nome científico dessa espécie de anfíbio é Phyllomedusa ayeaye e está na posição 204 do ranking mundial de anfíbios ameaçados de extinção.

Rã Physalaemus soaresi

Uma espécie de rã cuja pele tem um aspecto cinzento e que se encontra na 415 posição do ranking mundial, na lista brasileira está na posição 8.

Rãzinha Adelophryne Maranguapensis

Outro anfíbio que tem a pele texturizada e que está sob forte ameaça de extinção. No ranking do planeta está na posição 384.

Rãzinha Adelophryne baturitensis

O corpo dessa rã é sinuoso e está sob ameaça de extinção ocupando a posição número 698 da lista mundial.

Euparkerella robusta

Não se engane com o nome robusta, esse anfíbio é menor do que a unha humana. Infelizmente está sob ameaça de extinção ocupando a posição 716.

Casos Especiais de Anfíbios sob Ameaça de Extinção

Melanophryniscus dorsalis – Sapinho-de-barriga-vermelha

Esse simpático sapinho cuja barriga é vermelha ainda é pouco conhecido e talvez nem dê tempo de ser devidamente estudado uma vez que está em risco de extinção iminente. A espécie é nativa da região entre os estados de Santa Catarina e Rio Grande do Sul, na planície litorânea. Tem alguns projetos do Instituto Chico Mendes com o objetivo de proteger a espécie.

Sapinho-de-barriga-vermelha

Hylomantis granulosa – Perereca-verde

O tom verde-maçã e os olhos com pupila vertical são característicos dessa espécie que pode ser encontrada nos estados de Pernambuco e do Alagoas. Está na lista das espécies em perigo crítico de extinção. A grande dificuldade que essa espécie enfrenta é a destruição do seu habitat que impede que ela consiga sobreviver. Uma medida tomada para a proteção dessa espécie é mantê-la em áreas de conservação, o estado de Alagoas tem investido nisso.

Perereca-verde

Melanophryniscus macrogranulosus – Sapinho-narigudo-de-barriga-vermelha

Uma espécie que é fascinante, mas sobre a qual não se tem muitas informações uma vez que não estão sendo tomadas muitas medidas de conservação. Poucos indivíduos da espécie tem sido observados na natureza e não existe muito conteúdo descritivo. O ponto em que são observados mais indivíduos da espécie é no estado do Rio Grande do Sul, região da serra. O dorso dessa espécie possui um verde escuro realçado por manchas vermelhas no seu ventre.

Sapinho-narigudo-de-barriga-vermelha

Hyla cymbalum – Perereca

Essa espécie de pererecas tem sido verdadeiramente dizimada de forma indireta pelo homem que destrói o seu habitat natural. Em geral os indivíduos dessa espécie são encontrados na região de São Paulo. A eliminação desses anfíbios da natureza é bastante grave, pois o seu desaparecimento pode acarretar num grande desequilíbrio.

Perereca

Scinax alcatraz – Perereca-de-Alcatrazes

Uma espécie de anfíbio que é absolutamente inofensiva e cuja reprodução acontece na parte úmida das bromélias. Atualmente, a perereca é vista somente na região da Ilha de Alcatrazes em São Paulo. A região em que a espécie mora ainda não conta com programas de proteção de maneira que a espécie está sob ameaça.

Perereca-de-Alcatrazes

Extinção no Mundo

A Avaliação Anfíbia Global determinou em seu estudo que no mínimo 9 espécies de anfíbios já desapareceram completamente do planeta desde a década de 80, quando tiveram início as principais e mais graves mudanças climáticas. Os cientistas ainda alertaram sobre a possibilidade de haverem mais 1.300 espécies também em perigo, contudo ainda não tem dados precisos para confirmar essa possibilidade.

Também alertaram que 113 outras espécies de anfíbios não foram avistadas nos últimos anos, o que indica que podem estar extintas, o que deve ser confirmado nos próximos anos.

anfibios ameacados de extincao no haiti-3

Extinção dos Anfíbios no Haiti

Existe um risco iminente de que os anfíbios sejam eliminados totalmente do Haiti, uma extinção em massa que se compara a extinção dos dinossauros da face da terra. O país que vem sendo castigado pelo caos social, por terremotos e epidemias dá sinais dos graves problemas que afetam também o meio ambiente e os ecossistemas, com as suas florestas nativas absurdamente devastadas pela exploração do carvão. Cientistas trabalham para recuperar espécies e preservá-las em outros ambientes para num futuro, quem sabe, com as florestas recuperadas, poder repovoar o Haiti.

 

 

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Categoria(s) do artigo:
Fauna

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Comentários

  • mt massa essa idéia

    marcielly 24 de novembro de 2011 23:05
  • muito legal vou presisar de tudo para o simuladao bimestral

    bruna 11 de julho de 2012 12:04
  • muito bom gostei muito

    maria eduarda 13 de novembro de 2012 19:54

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