Vegetação composta basicamente por forte presença de savanas. Arvores e arbustos pequenos. A flora traz características peculiares em decorrência da ação da terra que proporcionou a separação da Austrália com a Nova Guiné. Por causa das ações os vegetais, precisaram de nova adaptação no intuito de formar novos habitats. A posição geográfica isolada da Oceania isolou os australianos das chuvas equatoriais formadoras de florestas abundantes.
Vegetação Da Oceania: Características e Austrália
O clima, apesar de seco, traz altos índices de baixas temperaturas em consequência dos ventos gelados vindos das águas do Índico. No oeste da Austrália, existe um grande deserto, assim como em outros pontos do continente. Vale ressaltar ainda a presença do buraco na camada de Ozônio que em solo australiano é o maior do mundo. Conheça traços da vegetação da Oceania.
Características Gerais
A flora do continente tem alto índice de variedade, desde plantas xerófilas e algumas espécies tropicais. Por causa da extensão, a maior variedade está situada em território australiano. O eucalipto é considerado uma espécie destaque da região. O continente é conhecido por ter diversidade nas condições vegetais. Podem ser encontradas florestas tropicais úmidas, subtropicais, savanas, áridas e semiáridas.
No sudeste da Tasmânia, são encontradas palmeiras e outras espécies tropicais. As regiões ligadas ao mar trazem florestas imensas de carvalhos. Na parte interior do continente , existe maior presença vegetativa do tipo estepe, maior incidência de ervas e plantas com espinho.
A Nova Zelândia está entre os países da Oceania mais abalados em decorrência da ação de colonizadores. Ocorreu desmatamento em massa por causa da pecuária e agricultura. Na parte oeste da ilha, ainda restam espécies consideradas valiosas no mercado mundial de espécies exóticas. Alta incidência de planícies com pastos naturais e artificiais.
Características Gerais
Secas e Buraco Na Camada De Ozônio
De acordo com estudos de universidades australianas, a principal causa das secas no país está relacionada com as ações providas pelo buraco da camada de ozônio, mesma opinião compartilhada pela publicação da revista Science.
Cientistas da Universidade de Columbia chegaram à conclusão de que o orifício proporcionou mudanças nos ventos e chuvas no território sul da Austrália. Em termos gerais, 10% das modificações climáticas no mundo acontecem por causa de buracos na camada de ozônio, enquanto que o índice aumenta para quase 40%. Não se pode deixar de considerar ainda as influências proporcionadas pelos gases causadores do efeito estufa.
Fazendas dos mais diversos tamanhos tiveram que fechar as portas em consequências das fortes secas australianas. As que sobreviveram, tiveram que desembolsar quantias consideráveis para investir na tecnologia de dessalinização da água marítima.
Em parte, o dano na camada de ozônio está proporcionado por causa de reações químicas ocorridas na estratosfera. Substâncias altamente prejudiciais são proibidas de serem utilizadas nas indústrias, caso da produção de CFC (clorofluorcarbonos), restringidos desde 1989 pelo Protocolo de Montreal. Mesmo após anos da proibição, os efeitos das substâncias ainda devem permanecer na atmosfera por décadas.
O ozônio é responsável por bloquear os raios ultravioletas cancerígenos ou geradores de outras doenças.
Austrália
A Austrália é conhecida pela variação de fauna e flora em consequência da alta mistura vegetativa e climática que pode existir. Grande parte do país está desértico, embora existam outras regiões nas quais o clima é mais ameno. Existem diversas leis australianas incumbidas em proteger toda a riqueza existente dentro da região.
Entre as animais, vale destacar a ampla presença de roedores, presentes principalmente nos desertos. Eles conseguem ficar a longos metros debaixo da areia para se protegerem dos predadores e ao mesmo tempo, escaparem das frequentes temperaturas altas ou ventos fortes vindos do Oceano Índico.
Vale destacar ainda as espécies intituladas “marsupiais” – animais que possuem bolsas para os filhotes, caso dos coalas, wallabees e cangurus. Alimentam-se de folhas colhidas dos eucaliptos.
Existem espécies de ornitorrincos únicas no país, mesmo caso entre alguns tamanduás espinhosos. Há poucos carnívoros, caso do dingo, conhecido também como cão selvagem.
Na parte Oeste do país existem mais de seis mil variedades de flores que preferem desabrochar entre setembro e novembro. A Austrália possui quase dois mil Parques Nacionais.
Desertos Da Austrália
Um dos maiores problemas de desertificação na Oceania acontece por causa da monocultura de eucalipto e da acácia. O eucalipto é conhecido por ter raízes longas que penetram nos lençóis freáticos do solo, freando o abastecimento de água para outras partes da região. Os pés da espécie podem consumir mais de trinta litros de água por dia.
Os rios também sofrem bastante quando existem plantações de eucaliptos. O assoreamento proporcionado pela falta de água provoca as secas e, por consequência, desequilíbrio ambiental. Não apenas fauna e vegetação sofrem, a produção de qualquer tipo de cultura agrícola também é prejudicada.
Na Austrália estão localizados diversos desertos. Vale destacar: Grande Deserto, Grande Deserto de Gibson, Grande Deserto de Areia, Deserto Tirari, Deserto Sturt’s Stony, Deserto Strzelecki, Deserto Simpson, Deserto Pedirka, Deserto Great Sandy, Deserto Victoria, Deserto Little Sandy e Deserto Nullarbor Plain.
De certa forma, boa parte do país continental (18%) está dominada pela presença de regiões desérticas, em grosso modo nas regiões central e noroeste. Regiões com traços característicos da vegetação semiárida.
Deserto Gibson
O Deserto de Gibson é encontrado na Austrália Ocidental. Possui ampla diversidade de ervas que ficam secas na maior parte do ano. Especialistas atestam que a população traz etnia indígena na extensão da região desértica, caso principal dos aborígenes. São 155 mil km² que formam o quinto maior deserto, não somente da Austrália, como também do continente. Situado ao longo do Trópico de Capricórnio.
No início da década de oitenta do século passado, em decorrência das secas de nascentes e enfraquecimentos da vegetação, grupos de etnia Pintupi saíram dos habitas situados ao leste do Deserto Gibson para entrar em contato, pela primeira vez, com a população e autoridades da Austrália.
Vale ressaltar que a Reserva Natural do Deserto Gibson está aberta para qualquer tipo de visitante que esteja disposto a percorrer milhares de quilômetros com automotivos. Ambientalistas australianos criticam o governo por permitir frequente acesso de veículos com quatro rodas, fato que prejudica os nichos ecológicos desérticos de forma irreparável. Pode ser acessado a partir de tráfego feito via estrada chamada “GUNBARREL”.
Artigo escrito por Renato Duarte Plantier
