O fato de que o planeta esteja sofrendo consequências pela falta de consciência ambiental dos últimos séculos, já é algo estabelecido pelo senso comum há muitos anos – o diferencial na última década, é que vem se buscando soluções viáveis para que estas consequências sejam passíveis de diminuição e, talvez, conserto, com o passar dos anos.
Uma das grandes questões mundiais em relação à poluição e ao consumo desenfreado, hoje em dia, em todo o planeta, é a maneira como a água é utilizada. Mesmo no Brasil, que tem grandes mananciais e lençóis freáticos, é cada vez mais comum se ouvir falar em práticas de racionamento em diversas regiões, principalmente durante o verão, quando a média de chuvas é menor em estados do sul.
Este tipo de ação, é claro, melhora no momento o problema: se usa menos água, e então há mais água para quando ela realmente começar a faltar, mas é uma medida paliativa – afinal de contas, quando a chuva volta a cair, os hábitos de racionamento não persistem, e o consumo desenfreado da água volta a acontecer.
Para isso que começa a se desenvolver – desta vez de maneira correta e estudada, e completamente viável – modos de se realizar o aproveitamento econômico da água. O que quer dizer que cada vez mais pessoas se dedicam ao estudo de formas de se reaproveitar a água já utilizada, ou então a água da chuva, para o consumo humano.
É claro que esse tipo de aproveitamento não será estabelecido em todo o mundo de um dia para o outro: ele envolve um processo educacional tão grande quanto – e talvez até mesmo maior – do que as pesquisas que devem ser realizadas para que esse aproveitamento seja possível: o preconceito contra a ideia de se reutilizar a água não é algo que se dissolva rapidamente, e é aí que deve começar a educação.
Quando se aproveita economicamente a água da chuva, ou se reutiliza a água já usada dentro de casa, a divisão dos encanamentos de água deve ser planejada minuciosamente: nem toda a água virá da mesma fonte, e cada fonte terá seu próprio uso.
Por exemplo, a água que sai da máquina de lavar ou do tanque de lavar roupas pode ser redirecionada para o vaso sanitário, já resultando em uma grande economia na hora de se usar a água limpa e tratada. A água do banho pode ser utilizada para este mesmo fim, e a água da chuva pode ser usada para a lavagem de roupas.
A ideia é que a água tratada e limpa, vinda nos canos para dentro de casa – a água pela qual pagamos – seja utilizada de maneira comedida, e apenas para o uso essencial: para a ingestão direta, quando a tomamos ou cozinhamos, e para banhos. Para todo o restante, a chave é reaproveitar.