As Cordilheiras do Himalaia são muito famosas em todo o mundo, isso acontece porque é lá que se atinge o ponto mais alto do planeta Terra, é nessa cordilheira que existe o ponto de mais altitude do planeta. As Cordilheiras do Himalaia são um conjunto de montanhas que estão localizadas no continente asiático. Essa cadeia de montanhas passa por diversos países, ela é muito extensa apesar de ter os seus pontos e suas bases que são mais conhecidas e procuradas pelos turistas.
No geral essas montanhas se dividem entre a Índia, o Nepal, o Butão, o Paquistão e a China nesse caso não é especificamente a China que é cortada pela Cordilheira do Himalaia, mas sim o Tibete, que é um território anexado ao país. O ponto mais alto do mundo fica especificamente no Monte Everest, a altitude dele está a mais de 8 mil e 800 metros acima do nível zero, que é o nível do mar.
Himalaia: Surgimento e Formação
A palavra Himalaia vem do termo Morada da Neve, que por sua vez foi retirado da linguagem sânscrita, toda a região é conhecida como região do Himalaia e o nome faz todo sentido, afinal é muito comum que as montanhas do local sempre estejam com muita neve, principalmente nos pontos de maior altitude, o que acontece em locais mais elevados do planeta.
Imagem do Himalaia
Por mais que se escute falar dos Himalaias desde quando somos ainda pequenos, depois escutamos novamente na escola em especial nas aulas de geografia, é muito comum que as pessoas em geral não conheçam tão bem a história dessas montanhas que vem de muito mais tempo do que se imagina. Em termos de tempo geológico, em termos de tempo em relação ao planeta Terra a Cordilheira do Himalaia é considerada ainda jovem, principalmente quando se compara com outras montanhas do mundo, porém no tempo considerando a escala humana, elas estão aí a bastante tempo.
Existe uma estimativa de idade para essa cordilheira que os cientistas têm nos dias de hoje, depois de muito estudo e de considerar os mais diversos fatores geológicos, fatores históricos, entre outros, com a tecnologia que se possui na atualidade, essa estimativa é de que a formação da Cordilheira do Himalaia, muito próxima do que ela é ainda hoje tenha se dado entre o período de 70 milhões de anos atrás e 50 milhões de anos atrás, ao longo desse tempo ela foi se moldando, novas formações montanhosas foram aparecendo, até que 20 milhões de anos depois o seu processo de formação estaria quase concluído.
É muito importante informar que o relevo, as formas geológicas em geral elas não param de se modificar, elas não chegam em um estágio em que estão “prontas”, que estão concluídas, agora mesmo está tudo em modificação, porém essas mudanças acontecem de maneira muito sutil.
As variações no cenário geológico do planeta estão ocorrendo constantemente, mas isso acontece de maneira bem lenta, é pouco a pouco, talvez em um espaço de 100 anos ainda seja pouco para se observar alterações significativas, quando se entende isso, fica claro o porquê esse tempo de 20 milhões de anos para se aproximarem do que se vê atualmente em relação ao Himalaia. Um exemplo que pode ser dado são as placas tectônicas que estão em constante movimento de milímetros ao ano, o que é pouco? Sim, para uma escala anual, mas em uma escala de 1 milhão de anos, as mudanças geradas por isso podem ser significativas.
A placa tectônica da Índia se move mais ou menos 67 milímetros todos os anos e é importante que ela seja citada, pois essa placa está entre os fatores de surgimento da Cordilheira do Himalaia, além de estar entre os fatores pelo qual essa cordilheira ainda é considera geologicamente ativa, uma vez que se estima que a elevação de altura das montanhas do Himalaia seja de 5 milímetros ao ano justamente como consequência dessa movimentação da placa tectônica indiana.
Como se Formou a Cordilheira dos Himalaias?
O tipo de estrutura o qual são formadas as montanhas do Himalaia, são as estruturas conhecidas na ciência como dobramentos modernos, esses dobramentos modernos são basicamente estruturas que foram formadas pela ação das placas tectônicas, seja a colisão das placas, o afastamento das placas, a movimentação em geral, em cada local pode acontecer uma situação única de acordo com os fatores interferentes que estão atuando sobre a situação.
No caso da Cordilheira do Himalaia se acredita que elas tenham se formada durante o período que ficou conhecido como era cenozoica, há muitos milhões de anos atrás. Basicamente o que aconteceu foi o seguinte, naquele tempo a placa tectônica australiana e a placa tectônica indiana (também chamada de indo) eram uma coisa só, elas eram juntas, os continentes eram unidos, até que em um certo momento aconteceu uma colisão entre a placa tectônica indo australiana e a placa tectônica asiática.
Aos poucos a parte da Índia foi se projetando em direção ao Norte até essa parcela da placa se colidir com a Ásia, quando isso aconteceu a placa tectônica indo australiana foi projetada em direção abaixo da placa tectônica asiática, em consequência disso aconteceram os dobramentos modernos no local, fazendo que pelo impacto e pela sua força, uma boa parcela do relevo local fosse projetado para cima em forma de montanhas.
Esse tipo de colisão traz deslocamentos de relevo, pois o impacto de uma placa adentrar abaixo de outra ou acima de outro, traz mudanças geológicas e físicas no lugar que isso acontece, o local é atingido por alguma consequência dessa situação, que pode ser boa ou ruim em longo prazo, no caso muitas das cordilheiras do mundo foram formadas e originadas dessa maneira, elas apareceram depois do impacto que causou o deslocamento de massas de solo.
Algumas pessoas poderiam questionar como o impacto pode gerar dobramentos tão grandes como vê nos Himalaias, por exemplo, a questão é que as placas tectônicas são massas gigantes em tamanho e peso, são elas que estão na superfície terrestre ao redor de todo o mundo, a sua movimentação tem a capacidade de gerar montanhas, vulcões, acontecimentos como terremotos, entre outras coisas.
O movimento que ainda acontece na placa indiana, que hoje já é separada da placa australiana, assim como já foi mencionado ainda gera movimentação na Cordilheira do Himalaia todos os anos, no caso gera um aumento de altitude de uns 5 milímetros e um deslocamento em direção ao continente asiático também de milímetros, o que segundo estimativas em alguns milhões de anos, isso pode fazer com que a placa da Índia adentre por volta de 1500 quilômetros adentro em relação ao continente da Ásia.
Uma consequência que se vê na atualidade em relação a isso, é que toda essa área está sujeita a abalos sísmicos o que acontece até mais constantemente do que em outros lugares.
Abalos sísmicos são tremores de terra, quando eles são de escala menor normalmente se refere a eles assim, mas quando eles são de escalas maiores normalmente o comum é que se chame eles de terremotos, no Brasil ainda bem não se tem terremotos, porém abalos sísmicos de menores magnitudes já aconteceram uma quantidade de vezes, na realidade é comum que em todos locais se tenha pequenos abalos sísmicos vez ou outra, a grande maioria deles nem ao menos é sentida, de uns anos para cá que vez se sentimento mais esse tipo de coisa no Brasil, pois alguns que aconteceram tiveram uma intensidade um pouco maior.
O Brasil é um país que para sorte dos brasileiros, está fora das zonas de convergência das placas tectônicas, ou seja, não está na área de colisão dessas placas, o que faz com que não aconteçam terremotos por aqui em um tempo recente, o que também contribui para que não hajam vulcões, lembrando que apesar disso o Brasil está sim sobre uma placa tectônica, assim como todos os países do mundo, mas a área de encontro com essa placa com outra placa não está dentro do nosso território.
Aqui na América do Sul também se tem um exemplo de dobramentos modernos, tal como a Cordilheira do Himalaia, é a Cordilheira dos Andes, que sim está na área de convergência de placas e que em decorrência das suas movimentações deu origem a essa alta cadeia de montanhas, que fica atrás apenas do próprio conjunto de montanhas do Himalaia. A Cordilheira dos Andes contempla os territórios da Argentina, do Chile, da Colômbia, do Equador, do Peru, Bolívia e Venezuela.
