Quando estamos planejando uma viagem, sempre desejamos ir para lugares que possam tirar o nosso fôlego, não é mesmo? E, por fôlego, queremos dizer nos impressionar com as inúmeras paisagens que esses locais podem nos proporcionar. Dessa maneira, muitos preferem buscar por locais que tenham as mais belas e espetaculares montanhas, que, juntamente com a natureza, constroem uma grande paisagem para se admirar.
E, para isso, existem diversas montanhas com os mais variados tipos de relevos e formatos para essas pessoas escolherem: estamos falando dos Alpes, na Europa, da Cordilheira dos Andes, na América do Sul e a Cordilheira do Himalaia, na Ásia. Esses são os mais famosos mundialmente, mas existem outras formações rochosas que também são deslumbrantes e que, com certeza, irão fazer a cabeça de muita gente.
Só que, durante muito tempo, as pessoas se pegam pensando em como é que essas formações chegarem nesse estado atual, bem como também qual foi o primeiro pontapé para poder ter uma formação inicial. E, nesse artigo, iremos mostrar a vocês as etapas necessárias para que uma montanha seja formada, desde o inicio até o final. Vamos lá?
As Montanhas – Como Se Formam?
Antes de entender como as montanhas se formam, é necessário entender um processo que acontece antes disso. Como já foi muito enfatizado em artigos anteriores, o planeta Terra era uma grande bola de fogo incandescente no céu, que só foi esfriado depois de milhares de anos de bombardeamento por meteoros gelados vindos dos confins do Sistema Solar. Só que, diferente do que muita gente acredita, a Terra não se esfriou por completo: a prova disso são os inúmeros vulcões ativos que estão espalhados pelo mundo afora.
Os vulcões nada mais são do que uma forma de o interior do planeta mostrar que está em plena atividade. Inclusive, se o interior do planeta não estivesse em atividade, ou seja, solidificado assim como a superfície, o planeta não teria vida, seria somente mais uma pedra a orbitar o Sol.
No interior do nosso planeta, há o magma, um material extremamente quente – mais quente que a superfície solar – e que é o responsável por manter a rotação da Terra em seu próprio eixo, bem como manter os continentes em movimentação para lá e para cá. Mas, espere: como assim uma movimentação para lá e para cá? Simples.
Quando a superfície se solidificou, a Terra continuou a sua fúria quente há 25 quilômetros de profundidade. A pressão feita com os gases e o próprio magma fez com que a superfície se quebrasse em várias placas, chamadas de placas tectônicas. Sob essas placas, estão os continentes e países. E, como a atividade lá embaixo está indo de vento em popa, é natural que essas placas se movimentem – sendo um dos principais causadores de fenômenos como terremotos e tsunamis.
Essas placas possuem diversas fronteiras umas com as outras. E, os eventuais choques que possam causar entre elas pode causar as tragédias mencionadas acima bem como, também, formar as montanhas, parecidas com as que conhecemos hoje.
Quando duas placas tectônicas se chocam, a energia de impacto entre as duas é tão grande que pode gerar os fenômenos naturais como, também, criar as montanhas. Mas, para isso, é necessário que a placa que sofrer o maior impacto – ou, ainda, for a mais leve – será levada para baixo, sendo afundada e, dessa maneira, criando uma elevação de impacto que pode se dobrar e formar uma camada dupla e sistematicamente mais alta, ao que chamamos de montanhas (ou maciço de montanhas).
Só que, apesar dessa ser uma das maneiras mais comuns de as montanhas se formarem é importante ter em mente que nem sempre as montanhas se formam a partir dessa “receitinha de bolo”. As montanhas podem se formar, também, através das erupções vulcânicas: quando o material expelido pelos vulcões atinge o solo, ele é resfriado rapidamente pela temperatura ambiente, o que é bastante propício para a sua solidificação e, posteriormente, para a sua transformação em montanha.
A Cordilheira do Himalaia: o Maior Maciço Montanhoso do Mundo
Toda vez que se fala em montanhas é impossível não lembrar do maior monte de todo o planeta: o Everest. E ele está localizado na cordilheira do Himalaia, que é considerada a maior da Terra. Ela se divide entre diversos países asiáticos, tendo sido formada quando a placa tectônica indiana, que tinha acabado de se separar da placa africana, veio de encontro com a placa euroasiática que, ao se chocarem, criaram uma força imensa que levantaram os enormes paredões de pedra que, ano após ano, são visitados por milhares de alpinistas e aventureiros.
O Monte Everest possui, atualmente, 8.848 metros de altitude, de forma que, por ser o ponto culminante do planeta, é muito procurado pelos alpinistas que arriscam suas vidas – e muitos acabam perecendo – para poder atingir esse marco. É comum, inclusive, encontrar diversos corpos de alpinistas que morreram por lá e não tiveram como ter os seus corpos removidos (são utilizados, acredite, como ponto de referência).
Uma curiosidade acerca das placas tectônicas é que os seus movimentos não cessaram até os dias de hoje. Ou seja, a movimentação delas permite que o Himalaia cresça em altura de 1 a 8 milímetros anualmente. Uma outra coisa que explica a movimentação – ainda que pouca – das placas é o afastamento dos continentes entre si. É esperado que, dentre alguns milhões de anos, os continentes voltem a se reunir novamente em um único bloco continental, tal como foi a Pangeia anteriormente, o que promete criar uma movimentação sísmica nunca antes experimentada.
As Montanhas Formadas Por Vulcões
As montanhas dobradas, que são formadas através da ação tectônica das placas é a mais comum em todo o relevo terrestre. Porém, existe o caso das montanhas que são formadas através da erupção vulcânica. Muitas vezes, os vulcões adormecidos – ou extintos – podem ser considerados como montanhas também.
Podemos dar um exemplo disso com o monte Vesúvio, que está localizado na Itália e foi o grande responsável por uma das maiores erupções que a humanidade já viu: em 79 depois de Cristo, o então vulcão entrou em erupção, o que condenou a cidade de Pompeia à morte, bem como, também, todos os animais e plantas ao redor. Hoje, depois de séculos de escavação e restauração, a cidade de Pompeia é um grande sítio arqueológico a céu aberto, que é famoso por conta dos “cadáveres” conservados pela lava endurecida que foram preenchidos com gesso e detalham como foram os últimos momentos de vida da população dessa cidade.
Embora o Vesúvio não tenha dado mais sinal de vida desde então, o vulcão não é considerado extinto, mas sim adormecido, com expectativas de que ele pode voltar a causar uma erupção a qualquer momento. O fato é que a montanha, vista da cidade, é bastante deslumbrante, o que com certeza chama a atenção de qualquer turista que tenha ido para lá conhecer um pouco mais da história da cidade e do próprio vulcão.
Poços de Caldas: Um Vulcão Extinto
A cidade sul mineira de Poços de Caldas, por exemplo, foi construída sobre a base de um extinto vulcão, que tenha dado o seu último suspiro em estimados 20 milhões de anos atrás. Acredita-se que a explosão foi tão, mas tão forte que a montanha decorrente do vulcão se colapsou, o que abriu uma gigantesca cratera em seu interior. É nessa cratera que a cidade está instalada atualmente. É uma importante estância turística para a região, sobretudo por suas águas termais que são mais uma prova da atividade vulcânica que outrora existiu na região. Porém, o vulcão atualmente está extinto, com possibilidade de retorno a ativa perto de zero.
É curioso notar que, se o vulcão realmente existiu, ele se fez em um local onde não há uma quebra de placa tectônica: o Brasil se encontra todo dentro de uma placa sem divisão alguma, o que faz com que o país quase não tenha terremotos significativos.