A corticeira do banhado, cujo nome científico é Erythrina cristagalli L. pertence ao gênero Erythrina e pode ser citada popularmente por mulungu, corticeira, mas esta espécie é conhecida por eritrina crista de galo. As espécies que fazem parte deste gênero são comumente conhecidas pela sua exuberância e beleza, sendo muito difundidas no paisagismo, usadas como plantas ornamentais em jardins e locais públicos.
Esta espécie, como citado acima possui o nome científico de Erythrina cristagalli, tal nome foi dado por características de sua inflorescência, as flores quando abertas possuem um formato que se assemelha a crista de um galo e as cores destas variam de tons que vão do amarelo ao vermelho.
Esta planta não é exclusiva no Brasil, ela também tem destaque nos países vizinhos da América do Sul como Argentina e Uruguai. Lá estas espécies são chamadas de Seibo, Bucaré, ceibo e arbol de coral. Esta planta possui um significado histórico e cultural para os argentinos, esta leva consigo o símbolo da resistência dos índios Guaranis de acordo com a lenda de anahí.
Descrição, Características e Distribuição Geográfica
É uma árvore que sua estrutura e porte chegam a variar de 6 a 10 metros de altura. Seu tronco é tortuoso, com casca suberosa, possui muitas ramas. Suas folhas são compostas, cada raminho possui três folhas (trifolioladas), seus folíolos possuem em seus glabros e com margens inteiras. Seus frutos são em formato de vagens e suas sementes possuem cores variáveis entre o cinza ao castanho.
Esta espécie de árvores ocorre no Brasil, principalmente nos biomas do Cerrado, Mata Atlântica e Pantanal porém não é exclusiva no país. Como já mencionado têm forte presença nos países da Argentina e Uruguai. No Brasil ela ocorre na região dos Pampas no Rio Grande do Sul e na área Centro-sul. No estado citado anteriormente, foi criado uma lei estadual do qual proíbe o corte desta árvore.
Aplicações, Usos e Curiosidades deste Arbusto
Esta planta têm uma florada grande, exuberante e muito chamativa. É uma espécie amplamente utilizada em arquitetura e urbanismo, com forte apelo estético utilizado em grande parte em arborizações urbanas, em praças públicas, em espaços abertos.
Em questão de uso medicinal, este arbusto possui propriedades medicinais, sendo muito utilizada em aplicações antimicrobiano. E quanto ao equilíbrio da fauna, esta árvore aloja plantas epífitas, além de também fornecer alimentos para insetos e pássaros.
No palácio do Itamaraty existem diversas espécies de Eritrina, quando esta foi projeta pelo renomado paisagista brasileiro Roberto Burle Marx, este buscou realizar a implantação de plantas típicas brasileiras, unindo variedades de áreas e regiões diferentes do país.
Reprodução, Plantio e Cuidados
Esta árvore pode ser plantada por meio de sementes ou por meio de estacas, esta última é benéfica no sentido que permite um crescimento e desenvolvimento mais rápido do que a semeadura por sementes e a mais fácil. Para a retirada de estacas é indicado realizar a operação em plantas jovens com até um ano de idade, ou também de brotações laterais do arbusto, esta é a melhor maneira de plantio já que estas se enraízam melhor na terra.
Cada arbusto têm uma baixa produção de sementes, e estas possuem dormência o que é negativo a realização de mudas desta espécie. As sementes devem ser depositadas em solos ricos e férteis, a planta é muito adepta de um solo muito úmido, portanto a estrutura da terra deve conseguir reter muita água. Deve ser escolhido um local onde a recepção e incidência da luz solar seja direta, e é considerada uma planta eclética, já que tem um crescimento tanto em locais secos como também úmidos (preferencialmente).