O homem é extremamente dependente dos recursos naturais da Terra, porém, não os utiliza com sabedoria ameaçando a sobrevivência da espécie a longo prazo. Diversos estudos comprovam que a extração de recursos naturais não é feita de maneira sustentável e nem mesmo atentando para o ritmo de necessidade. Num momento em que a economia está desacelerando a extração se mantém num ritmo acelerado.
Dados levantados por um estudo realizado pelo Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma) demonstram que a extração de combustíveis fósseis, minerais e biomassa triplicou nos últimos 40 anos. Claramente se trata de uma exploração predatória que pode acabar tendo como resultado a impossibilidade de que o homem continue habitando esse planeta.
Números Que Não Param de Crescer
É impressionante e ao mesmo tempo assustador imaginar que no começo dos anos 1970 a média de recursos naturais extraídos ficava na casa dos 22 bilhões de toneladas por ano e que atualmente chegou a uma média de 70 bilhões de toneladas a cada ano. As consequências dessa extração desenfreada se refletem em sérios problemas para o planeta como o aumento da poluição do ar, aumento das temperaturas médias do planeta (aquecimento global), redução da biodiversidade além de fim de muitos recursos imprescindíveis para a sobrevivência humana.
Falta de Eficiência
Embora o aumento significativo de recursos naturais extraídos do planeta seja bastante grave não é o ponto mais crucial apontado pelo relatório do Pnuma. De acordo com os dados coletados e analisados o aumento de exploração de recursos foi maior do que o crescimento populacional e econômico. Isso nos leva a concluir que não estamos trabalhando com eficiência.
Um dos fatores que podem explicar esse trabalho ineficaz é que boa parte da produção migrou de países com indústrias bem desenvolvidas como o Japão para outros países que oferecem menos custos produtivos, mas que usam mais matéria-prima para a produção. Esse é um cenário totalmente oposto ao conceito de Decoupling (ou dissociação), entenda melhor a seguir.
Decoupling
Para quem ainda não conhece o conceito de Decoupling tem como premissa conseguir um crescimento econômico sem limitações com o aumento da eficiência produtiva que permite não impactar o meio ambiente. Dentre os mecanismos que podem ajudar a colocar em prática esse conceito está utilizar menos matéria-prima por item produzido e estabelecer políticas de reciclagem e reuso.
Infelizmente esse ainda é um conceito muito distante da realidade pelo fato de que estudos como o do Pnuma nos mostram que o crescimento econômico mundial ainda está atrelado ao aumento da extração de recursos naturais. Além de não conseguirmos seguir um modelo de economia circular em que os materiais são reaproveitados diminuindo a necessidade de extração enfrentamos outra barreira difícil, o consumo que acompanhou a virada de século.
Consumismo
De acordo com a análise dos dados do Pnuma, a ONU (Organização das Nações Unidas), alerta que se continuarmos nesse ritmo de extração chegaremos em 2050 extraindo mais de 180 bilhões de toneladas. O consumismo e a ideia de que tudo é descartável tem nos levado para a beira de um abismo. Sem o equilíbrio e preservação do meio ambiente é impossível manter o planeta passível de abrigar o ser humano.
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