Conhecida com o nome popular de anta e até mesmo de tapir, o tapirus é um animal mamífero que pertence a família “Tapiridae”. E mais, faz parte de um gênero denominado de “Perissodactyla”, que significa ter como uma das principais características o número de dedos ímpares e ungulados. Considerados entre os mamíferos que vivem na América do Sul, na América Central e no Sul da Ásia, os de maior dimensão, tiveram suas espécies reduzidas a somente 5.
https://www.youtube.com/watch?v=p6ll2jkYGF4Conhecendo a Evolução das Antas e de Suas Espécies
A primeira vez na história da evolução humana que se teve o registro de uma anta ou tapirus foi em 1762. Quem descreveu o animal foi Mathurin Jacques Brisson. Até então, a anta era considerada um tipo de hipopótamos, uma conclusão dita por Linnaeus.
Já a família denominada de “Tapiridae” teve a sua primeira descrição como gênero no ano de 1821 por parte de John Edward Gray.
Na conclusão de Gray a espécie de anta foi denominada de “tapirus terrestris” e tinha dentro do grupo mais duas espécies que eram: tapirus bairdii e tapirus pinchaque. Além disso, formavam um outro grupo as espécies que formavam: tapirus indicus (em Acrocodia) e tapirella.
Voltando a classificação atual das espécies de anta, todas as citadas anteriormente, que se dividiam em dois grupos, agora estão incluídas no mesmo gênero: tapirus.
A Aparição das Primeiras Espécies de Anta
O que tem de registro da aparição das primeiras espécies de anta é que elas surgiram ou foram vista pela primeira vez no Eoceno. Eram chamadas de “tapirídes” e podemos citar como exemplo, o Heptodon.
As primeiras espécies que foram vistas não eram exatamente com as antas que nos vemos nos dias atuais. Elas eram bem menores, se fala em metade do tamanho e tinham o que é chamado de “probóscide”.
As antas que conhecemos antes teriam sido vistas pela primeira vez no Oligoceno. Neste período, as antas não eram chamadas de tapirus, mas sim, de miotaripus.
Antes das antas como conhecemos atualmente e falando de 20 e 30 milhões de anos que se foram existia uma diferença entre os tapirídeos da América e aqueles da Ásia. Acredita-se que, tanto de uma região quanto de outra chegaram há 3 milhões de anos atrás na América do Sul. Porém, a grande maioria é oriunda da América.
Sendo assim, por muitos e muitos anos na América do Norte era comum a presença das antas, porém, elas foram sofrendo com a extinção. Esse processo começou a cerca de 10 mil anos atrás.
Algumas espécies de anta desapareceram por completo, como a californicus, a copei, a merriami e a veroensis.
O primeiro lugar que viu seus animais desaparecerem foi a América do Norte. As antas que viviam na Ásia ainda viveram por mais tempo, incluindo a chamada de gigante. Essa poderia ser vista na China, mas cerca de 4 mil anos atrás, foi outra anta que despareceu da Terra.
Segundo estudos, a primeira anta bem diferente das espécies que viveram no passado a passar a existir foi a tapirus indicus e depois a tapirus bairdii.
As Espécies de Antas que Ainda Existem na Terra
Apesar de tantas espécies de antas terem desaparecido da Terra, algumas sobreviveram o tempo e podem ser encontradas até os dias atuais. São registradas cinco espécies do gênero e delas, a mais recente foi registrada no ano de 2013.
1- Tapirus Bairdii: o peso dessa espécie de anta fica entre 150 quilos com mínimo podendo chegar a pesar 400 quilos. Ela ainda está em perigo de extinção e pode ser encontrada nos seguintes lugares: Costa Rica, Belize, Colômbia, Guatemala, Honduras, México, El Salvador, Panamá e Nicarágua.
2- Tapirus Indicus: essa espécie de anta que também está em perigo de extinção pode pesar entre 250 a 320 quilos. Atualmente, ela pode ser vista nos seguintes países: Myanmar, Indonésia, Tailândia e Malásia.
3- Tapirus Kabomani: não é possível dizer ao certo se essa espécie de anta corre perigo de extinção. Um dos lugares que ela pode ser encontrada é no Brasil e mais na Guiana Francesa e Colômbia. Essa anta é bem menos pesada do que as outras anteriores, não superando os 110 quilos.
4- A anta Pinchaque pesa entre 150 quilos e 225 quilos e também está ameaçada de extinção. O animal pode ser encontrado nos seguintes países: Venezuela, Bolívia, Peru, Equador e Colômbia.
5- A anta Terrestris que é considera vulnerável na questão da preservação da espécie, pesa como mínimo 150 quilos e como máximo, 320 quilos. Ela está presente nos seguintes países: Guiana Francesa, Suriname, Argentina, Colômbia, Brasil, Bolívia, Suriname, Paraguai, Equador, Venezuela e Peru.
As Características das Espécies de Anta nos Dias Atuais
A anta pode ser um animal não só grande, mas bem pesado, superando os 300 quilos.
Entre as suas características destaca-se os seus pés de trás que possuem somente três dedos mais ou menos de um mesmo tamanho, com um quarto bem menor, na parte dianteira.
Não foi a toa que há muito tempo atrás a anta foi confundida com o hipopótamo, porque possui uma flexível tromba, com pelos e preênsil. É graças a ela que o mamífero consegue diferenciar os cheiros e a umidade.
O lugar preferido par viver de uma anta é bem no meio das florestas úmidas e se tiver um rio por perto, elas gostam mais ainda. Aliás, tomar banho é uma das coisas que a anta mais gosta de fazer, mas serve banho tanto de água quanto de lama. A simpatia pelo banho é para se livrar dos parasitas, das moscas e dos carrapatos.
A anta dos nossos dias é classificada como herbívora monogástrica seletiva e entre os seus “pratos” preferidos estão: grama, pasto, plantas de água, frutos, folhas variadas, ramos e brotos. Se um agricultor não estiver atento ela invade plantações como de arroz, milho, cana-de-açúcar, melão e cacau e faz a festa.
Uma anta pode passar boa parte do seu tempo em busca de comida, cerca de 10 horas diárias. E mais, é um animal com hábitos noturnos. Ela prefere deixar que o sol se ponha para sair em busca de alimentos. Durante o dia prefere ficar escondida no meio da floresta.
A anta é considerado um animal solitário que está somente com outros para a amamentação e para o acasalamento.
Falando em acasalamento, ela costuma ter um único filhote e se separa do “parceiro” imediatamente depois do acasalamento. Já a gestação é longa entre 335 a 439 dias.
A maneira da anta enfrentar alguma ameaça é se escondendo no meio da mata ou mergulhando na água.