Com o advento das tecnologias, o homem passou a usar e abusar dos recursos naturais e, muitas vezes, de forma muito agressiva. Mas o homem, diante de toda a sua avareza e “esperteza”, começou a usufruir erroneamente também não só dos recursos naturais, mas também de tudo que é pertinente às facilidades da vida moderna, pois, de maneira inescrupulosa, o homem tem descartado muitos materiais recicláveis na natureza, fazendo com que se tornasse um lixão imensurável, capaz de contribuir negativamente para a saúde do meio ambiente.
Essas ações provocadas pelo homem não vem acontecendo há pouco tempo não, isso ocorre já há muitas década, se não a muitos séculos, de forma desregrada e impensada, e por isso podemos perceber todos os efeitos contrários que a natureza tem nos proporcionado, como um grito de socorro para que a humanidade se conscientize do seu papel social e ambiental e mude, urgentemente, a sua postura diante do meio ambiente.
E foi justamente pensando nesse caos ambiental que na década de 30, nos Estados Unidos, surgiu uma sociedade preocupada com o uso indiscriminado dos materiais que poderiam ser reutilizáveis e começaram a fazer a reutilização de alguns materiais. Mas somente na década de 70 um movimento ambiental ganhou força e essa ideia se disseminou para a Europa e posteriormente para o resto do mundo.
Mas para que haja a conscientização da população para a marcha da reciclagem, é necessária educação ambiental a todos e para que, de fato, haja reciclagem, é necessária que haja empresas e pessoas que estejam aptas e com a necessidade de trabalhar com tal questão. Desta forma, pensando nessa necessidade, até mesmo como uma forma de ganhos extras, surgiram as cooperativas e empresas que são destinadas exclusivamente para a coleta desses materiais que futuramente serão reciclados.
Inicialmente, no que tange ao Brasil, esse processo era muito lento e desumano, pois famílias inteiras iam para os lixões realizar esta coleta, de forma muito descuidada, sem equipamentos de proteção, sob o sol e chuva e ainda eram obrigados a vender os materiais a preços muito ínfimos para quem realmente repassava os materiais coletados para as empresas do ramo de reciclagem. Posterior a esta prática, que ainda hoje está ativa, algumas pessoas se dispuseram a fazer esta coleta de casa em casa, comércio em comércio, lixeiras públicas a lixeiras públicas, em busca de materiais. Com o passar do tempo, o alumínio destacou-se como o produto mais procurado e daí nasceram os catadores de lata.
Atualmente, há no Brasil uma série de empresas que são especializadas em coleta de lixo destinado à reciclagem. São cooperativas e empresas privadas que trabalham nessa difícil tarefa de coletar o lixo, separá-lo, tratá-lo e encaminhar às empresas que desenvolvem a reciclagem. O trabalho torna-se árduo e difícil por que o homem ainda não está totalmente conscientizado do seu papel social e da sua obrigação em proteger o meu ambiente. Algumas práticas muito simples são suprimidas por pessoas do mundo inteiro, principalmente nos países em desenvolvimento. Ações estas que gerariam um impacto ambiental quase nula, enquanto, por outro lado, a renda seria revertida para famílias cooperadas e nós teríamos a sensação de dever cumprido.
Todavia, esta realidade ainda está longe de ser a ideal, mas, como falamos, há empresas que já trabalham com a coleta seletiva de materiais. Vejamos como funciona:
PEV (Ponto de Entrega Voluntária) – O PEV nada mais é do que os locais que recebem materiais domésticos, cujo volume é ainda muito pouco. Há este sistema de PEV em diversas cidades e o cidadão deposita os materiais que trouxe de casa, sendo que há, para cada grupo de materiais, l recipiente diferente, não podendo ser colocados de qualquer maneira.
COOPERATIVAS – As cooperativas nasceram das iniciativas sociais e não governamentais, que têm a função de coletar os materiais recicláveis, principalmente das PEV’s, triá-los, de acordo com cada categoria, os materiais são enviados para os locais apropriados e encaminhá-los para o beneficiamento, ou seja, são enviados para as recicladoras. Os materiais recebidos pelas cooperativas são, como já citamos, oriundos das diversas PEV’s espalhadas por todo Brasil, mas também pela ação dos catadores cooperados e dos programas de coleta seletiva municipais.
COMÉRCIOS – Há, no Brasil, empreendedores que compram materiais reciclados. Geralmente estes comércios se localizam em grandes galpões que compram esse materiais dos catadores e, ao adquirirem esses produtos, eles selecionam por categoria, embalam e encaminham para as beneficiadoras, ou seja, para as empresas recicladoras.
Abaixo segue uma lista das principais cooperativas em São Paulo, Salvador e Rio de Janeiro:
SÃO PAULO –
*LIXO ELETRÔNICO
CEDIR – Centro de Descarte e Reúso de Resíduos de Informática da USP
Os interessados em doar seus equipamentos devem agendar a entrega por meio dos telefones (11) 3091-6454, 3091-6455, 3091-6456, ou pelo e-mail consulta@usp.br.
Local: Av. Professor Luciano Gualberto, 71, tv. 3, Cidade Universitária, Butantã, São Paulo – SP – CEP 05508-010
Tel e Fax: (55-11) 3091-6400
E-mail: cce@usp.br
Coopere Centro
Avenida do Estado, 300 – Bom Retiro – São Paulo
Telefone: 3326
SALVADOR –
Associação Jovens em Ação – Responsável: Maurício
Endereço: Av Malhada, s/nº. Ilha de Maré – CEP 42.000-500 – Tel.: (71) 3297-1157/8719-6531
Resíduos Coletados: papel, metal e plástico
Área de Atuação: Ilha de Maré e Ilha dos Frades
Observação: Não possui PEV, faz suas coletas de porta em porta e em estabelecimentos comerciais das suas comunidades.
CAEC – Cooperativa de Agentes Ecológicos de Canabrava – Responsável: Edson Araújo
Endereço: Rua das Mauritânia s/nº – Pirajá – CEP`41.253-040 – Tel: (71) 3246-4066
Resíduos coletados: papel; metal; plástico; vidro; tetrapak, óleo de cozinha.
Observação: Possui 3 PEVs na rede Bompreço, alguns que existiam estão, atualmente, desativados. Aceitam material entregue na sede. Fabricam água sanitária, sabão, sabonete e biodiesel a partir de óleo ou gordura.
RIO DE JANEIRO
Recicloteca (ONG EcoMarapendi).
Telefones: (21) 2551-6215 / 2552-6393
Site: http://www.recicloteca.org.br/
COOP Céu Azul
Falar com Luiz Cláudio Lima.
Telefones: (21) 7896-0040 // (21) 3474-2901
Informações: coopceuazul@coopceuazul.com.br
Saiba onde descartar o óleo vegetal e animal (algumas empresas recolhem e outras não. Ligue para mais informações)
Cooperativa Disque Óleo Vegetal:
Telefones: (21) 2260-3326 / 7827-9446 / 7827-9449.
Acesse: www.disqueoleo.com.br (no site, você também encontra postos de entrega credenciados).