O nosso país é repleto de belezas naturais e algumas delas recebem um destaque maior pelo fluxo de turistas que ganham a cada ano. Esse é o caso dos nossos parques nacionais que são áreas de conservação ambiental e tem como seu principal objetivo preservar o ecossistema natural daquela determinada área.
Atualmente temos 68 parques nacionais e estes são totalmente regulamentados para que funcionem corretamente. Acontece que devido a uma política falha, alguns desses parques encontram-se hoje em uma situação bem irregular, mais precisamente, a metades deles está dessa forma.
http://www.youtube.com/watch?v=Wb9nBN6ScgQMais abaixo você vai conhecer alguns desses parques, assim como saber o que precisa ser ajustado para que ele funcione dentro de todos os parâmetros legais e ambientais.
Instituto Chico Mendes
O Instituto Chico Mendes ou ICMBio, é um órgão criado em agosto do ano de 2007 e tem como principal objetivo, coordenar os parques nacionais para que estes permaneçam em funcionamento legal correto assim como apresente todas as medidas de seguranças para seus visitantes. Acontece que mesmo sendo direcionado a esses cuidados, o ICMBio ainda não consegue resolver todas as irregularidades que cercam os nossos parques ambientais.
A falta de investimento é hoje o maior de todos os problemas encontrados pelo Instituto Chico Mendes. Para que vocês possam ter ideia, ainda não existem no orçamento do ICMBio, um valor específico que seja destinado para unidades de conservação. Com isso, alguns outros métodos foram criados para suprir essa falta de orçamento, como é o caso do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços.
Jaú
O parque do Jaú é hoje considerada uma das unidades de conservação, ou UC que existe no país. Essa “maioridade” é devido tanto à sua importância como também ao seu tamanho territorial. Jaú tem hoje uma área com mais de 2 milhões de hectares que se estendem ao longo Rio Jaú, localizado entre as cidades de Novo Airão, em Amazonas e Barcelos, no mesmo estado.
Esse parque nacional é considerado o retrato da atual e complexa situação fundiária que vamos encontrar na maioria das áreas brasileiras que se encontram sob a proteção e conservação por habitarem espécies conhecidas ou raras.
O Parque Nacional de Jaú foi criado há quase 30 anos e o uso, assim como o acesso é restrito por lei, Hoje a localidade habita não mais do que 100 pessoas e que mantêm um estilo de vida comunitário bem tradicional. Essas pessoas vivem da pesca, do extrativismo e também da agricultura de subsistência. Por lei, o único tipo de exploração feito por atividades na região, é o ecoturismo.
Anavilhadas
Esse é outro parque nacional, que está localizado inclusive, há alguns poucos quilômetros do parque nacional de Jaú. O parque de Anavilhadas vive hoje uma condição rara no nosso país, esse parque é uma das poucas áreas onde as atividades fundiárias encontram-se totalmente resolvidas. Todas as pessoas retiradas da região, foram devidamente indenizadas.
Se você então se perguntou qual o problema que torna o parque nacional de anavilhada presente na lista de irregulares, esta resposta você irá obter caso analise um pouco mais a situação administrativa do local. Hoje o Parque Nacional de Anavilhadas, apresenta uma falta de recursos e também de funcionários capacitados de maior número no nosso país.
O parque foi criado para ajudar a conservar um dos maiores arquipélagos fluviais do nosso país, mas a falta de estrutura é muito grande e isso não vem acontecendo em alguns setores ou vem acontecendo com deficiência em outros.
Itatiaia
O Parque Nacional de Itatiaia está localizado no território do Rio de Janeiro e Minas Gerais, e foi o primeiro parque criado no nosso país e até hoje encontrar-se em uma situação irregular. O maior problema enfrentado por esse parque, é a falta de conservação das espécies que habitam essa região. A falta de proteção assim como a falta de cuidados tanto com os animais como com a área verde, faz com que as espécies entrem em extinção ou percam sua identidade com a troca de habitat.
Serra do Cipó e Iguaçu
Esses dois parques nacionais também passam por situações de falta de investimento ou melhorias na área. O parque nacional da serra do cipó está localizado em Minas Gerais e o Parque nacional de Iguaçu no Paraná e todos esses municípios que guardam essas duas áreas, tem como ecoturismo a atividade econômica de principal valia. Mas essa não é regulamentada nem exercida de forma correta, já que não existiu nenhum tipo de investimento do governo para treinar e habilitar profissionais para isso.
No caso desses dois parques, estes ainda sofrem muito com o desmatamento que cresce a cada dia mais porque apesar de uma parcela reconhecer o valor dessas áreas, outra parcela da população não sofre com a mesma influência e acabam por destruir uma parte dela. Esse é um problema que também ocorre na maioria dos outros parques nacionais ao redor do nosso país.
Tijuca
Em 2011 foi noticiado que cerca de 70 mil famílias foram retiradas da região do parque da Tijuca, no Rio de Janeiro e desabrigadas. O que pouco foi dito a respeito, é que todas essas famílias viviam de forma irregular, assim como também exploração de forma errada toda essa região que é considerado um dos mais importantes parques nacionais do Brasil e também e conhecido ao redor do mundo.
Algumas dessas famílias já viviam no parque nacional da Tijuca há mais de 30 anos, o que nos leva a questionar a fiscalização que deveria acontecer no local, assim como a proteção do meio ambiente, visto que o parque nacional da Tijuca sofre com a ação da sociedade constantemente e gradativamente.
As pessoas que foram encontradas vivendo nessa região, são servidores aposentados ou exonerados de órgãos de administração pública e sem nenhum tipo de vínculo com o ICMBio. O parque nacional da Tijuca ocupa uma área 40 quilômetros quadrados, o que equivale a 3,5% do território do município e atravessa 23 bairros locais. A administração e fiscalização desse parque é feita tanto pela União como pelo governo local, sendo a gestão compartilhada devido o parque nacional da Tijuca se uma unidade de conservação federal. Portanto a fiscalização deveria ser feita pelos dois governos e no momento não é feita por nenhum.