Céu e a Terra
Não é só na Terra que a população exerce o hábito de produzir e descartar todo o tipo de lixo. Em órbita, já pode ser detectada uma série de equipamentos abandonados e outros objetos construídos no planeta, mas abandonados no espaço: é o que chamamos de lixo espacial. Todo esse material reflete uma mania do ser humano de não encontrar lugar adequado para aquilo que não lhe serve mais. Se pudéssemos dar uma voltinha pelo espaço, veríamos que as estrelas dividem espaço com pedaços de foguetes, dejetos de naves espaciais, ferramentas ou partes desativadas de satélites.
Livro
O espaço é infinito, sabemos disso, mas o lixo tem atrapalhado e preocupado bastante as equipes de cientistas que temem colisões devido ao “congestionamento”. A história começou pelos norte-americanos, dado o lançamento do satélite Vanguard I no final da década de 50. Desativado depois de menos de dez anos, o equipamento não teve mais utilidade e ficou vagando em órbita, fato que perdura até hoje identificando o princípio da poluição espacial.
Lua
Os Efeitos Desse Estrago
Com grande semelhança aos grandes centros urbanos, estudiosos relacionam qual o tipo de lixo que pode ser encontrado ao redor do Planeta: luvas, câmeras, escova de dentes, chave de boca e até sacolas de lixo. O perigo, segundo especialistas, está na localização desses objetos. Como grande parte deles se encontra na órbita terrestre baixa, há grandes riscos de atingirem em alta velocidade alguma espaçonave ou satélite. O impacto seria tão grande que destruiria parte do equipamento, produzindo ainda mais lixo. O perigo também é grande para os astronautas, já que um pequeno objeto de poucos centímetros em órbita pode atingir uma pessoa provocando grandes danos. Cientistas ainda explicam que basta um objeto de um milímetro de diâmetro para romper cabos de força e dados de transmissão de uma estação espacial. Poucos milímetros a mais e o estrago eleva para rompimentos de painéis e tubos com a velocidade orbital.
O Céu está Entre Estrelas e Lixo
Existe Solução?
A NASA trabalha arduamente na tentativa de reduzir o problema do lixo espacial. A partir dos seus estudos foram criados alguns códigos estabelecendo padrões de mitigação, que foram aprimorados até a chegada de um consenso internacional. Entre as regras de conduta estabelecidas, uma forma de diminuir a incidência do lixo espacial é a passivação dos estágios superiores dos foguetes, onde fica o combustível. Outra medida crucial é a utilização de alumínio no revestimento das naves e suas peças, devido a sua capacidade de desintegração. Considera-se, ainda, o resgate dos detritos perdidos no espaço, porém nesse caso há o risco de não conseguir controlar os pontos de queda de alguns objetos, provocando acidentes na Terra. Enfim, são avaliadas inúmeras propostas no intuito de “limpar” o espaço, no entanto a maioria delas é pensada no intuito de prevenir colisões e evitar a produção de ainda mais lixo. Ou seja, já que não conseguem mudar o que já está feito, tentarão não piorar a situação. Esperamos apenas que o espaço não se transforme no espelho do Planeta.
Por Vivian Fiorio
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