O carvão sujo é um combustível fóssil que ajuda a aumentar o aquecimento global, ele emite gases quando é queimado, o que resulta em chuvas ácidas que acabam poluindo a água. Porém, ele ainda é muito usado, nos Estados Unidos, por exemplo, ele é o responsável por gerar pelo menos metade da eletricidade. Porque se trata de um combustível barato e encontrado em grande quantidade.
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A tecnologia de carvão limpo é um modo encontrado para reduzir o impacto ambiental que esse combustível causa no meio ambiente. Isso é efeito usando novas tecnologias que permitem limpar o carvão e diminuir as suas emissões poluentes.
O carvão é um combustível fóssil, como foi dito anteriormente, a sua composição é basicamente de: primariamente de carbonos e hidrocarbonetos. Com a composição desse combustível é possível também fazer alcatrão, fertilizantes e plásticos. Além disso, os seus derivados possuem outras propriedades e permitem que sejam feitos outros produtos, como o “coque”, capaz de derreter minério de ferro, reduzindo-o a aço.
A queima do carvão resulta na liberação de dióxido de carbono, entre outros gases combustíveis. Usando a tecnologia do carvão limpo, ele é purificado antes mesmo de ser queimado, evitando aquela fumaça poluente que se vê saindo das chaminés. Um exemplo desse tipo de tecnologia é chamada de lavagem de carvão: consiste na remoção dos minerais indesejáveis, o combustível triturado é misturado com um tipo de líquido que conseguem separar as impurezas.
Falando de outras tecnologias de carvão limpo, podemos citar aqueles sistemas que têm como objetivo controlar a queima do combustível, minimizando a emissão dos gases poluentes, como o dióxido de enxofre e o óxido de nitrogênio. Um deles se chama depuração de gás molhado ou sistema de dessulfurização de gás combustível: são removidos dióxido de enxofre (o responsável pela chuva ácida) com a ajuda de água e calcário. Misturando esses dois componentes no carvão é formada uma “gipsita sintética”, que faz o efeito menos poluidor.
Podemos citar ainda uma outra tecnologia de carvão limpo chamada de gaseificação. O objetivo desse sistema é evitar a completa queima do combustível. É usado o “Ciclo Combinado de Gaseificação Integrada”, que na prática é: ar quente pressurizado ou oxigênio e vapor são misturados com o carvão. A mistura provoca a separação das moléculas de carbono. O resultado é a formação de um “gás de síntese”, mistura de monóxido de carbono e hidrogênio. Neste ponto, o carvão está limpo e é usado em uma turbina de gás (queimado) gerando eletricidade. Essa turbina de gás pode ainda dar energia para uma turbina de vapor.
A Tecnologia de Carvão Limpo e o Destino das Emissões
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Uma outra tecnologia de carvão limpo muito usada é chamada de “Captura e armazenamento de carbono”. Essa é considerada aquela mais promissora porque captura e isola a emissão de dióxido de carbono de fontes chamadas fixas, por exemplo, das usinas elétricas.
A captura e armazenamento de carbono é considerada além de promissora tão importante como tecnologia de carvão limpo porque combate um dos principais responsáveis pelo aquecimento global. Reduzir a quantidade de CO2 na atmosfera é uma das maiores preocupações atualmente, a nível internacional. Por isso, são feitas tantas pesquisas parar criar novas tecnologias que combatem a poluição.
Uma outra tecnologia de carvão limpo é “A separação de gás combustível”, que com a ajuda de um solvente retirar com vapor o CO2, concentrando-o em um jato de vapor. Com esse sistema, depois da separação, a parte útil é direcionada ao comércio, o que representa um bom sistema para a economia.
Uma terceira tecnologia de carvão limpo é chamada de “combustão oxicombustível”, com a ajuda do foto, ele é transformado em oxigênio puro ou ainda, enriquecido para transforma-se em um composto primariamente CO2 e água. Ou ainda, podemos falar da “captura de pré-combustão”, que remove o CO2, com uma parte do processo de gaseificação, antes mesmo que o carvão seja queimado.
Quando é usada uma das tecnologias de carvão limpo, e o CO2 é capturado, ele é isolado em contêineres muito seguros, para evitar que de alguma forma eles voltem a atmosfera. São dois os tipos de armazenagem: oceânica ou geológica. O objetivo em ambas é mantê-los bem “guardados”por centenas de anos.
A armazenagem do gás poluente chamada de geológica consiste em injetá-lo na terra. Graças a esse tipo de estocagem, é possível fazer um processo chamado de “intensificação a recuperação de petróleo”, que significa usar o CO2 para melhorar a extração de reservas de petróleo e manter a pressão.
Já a armazenagem oceânica é uma tecnologia muito recente, que consiste em aplicar o CO2 em forma líquida, recuperado do carvão, na água, em uma profundidade que varia de 500 a 3.000 metros. Neste caso, o gás se dissolve sob pressão. Acontece que esse tipo de sistema de estocagem faz com que a água perca levemente o seu pH, o que terminaria prejudicando as espécies marinhas.
Independentemente das formas usadas para armazenagem de CO2, elas dispensam grande atenção, preparação e monitoração constante, para não conter um mal para o meio ambiente criando um outro. A restrição do CO2 não pode acabar comprometendo de um outro modo o ambiente natural.
A fonte de energia oferecida pelo carvão é ainda tão usada e difusa porque é abundante e barata e não existe outras fontes alternativas de energia que possam substituí-la. Por isso, a tecnologia do carvão limpo é importante, para combater todos os efeitos climáticos negativos da emissão de gases desse combustível.
Um grande problema que ainda existe em relação a aplicação da tecnologia de carvão limpo, é que as empresas sejam públicas ou privadas não estão primeiramente interessadas no bem estar do meio ambiente. Elas só aceitam adotar um sistema de controle da poluição se esse representar economia nos próprios gastos.
A limpeza do carvão e o isolamento dos gases poluidores significa um grande aumento do preço por BTU, e deixa de ser um combustível barato. Em compensação, com a produção de subprodutos, como a gipsita é possível compensar os gastos da tecnologia de carvão limpo.