Sabe-se, de acordo com estudos realizados, que um pneu demora em média até 600 anos para chegar à decomposição. Somente em nosso país são produzidos, em média, mais de 40 milhões de pneus por ano. E nesses números se encontra o grande desafio: dar uma finalidade econômica e ambientalmente correta para o pneu inservível, ou seja, aquele que não pode ser mais recauchutado ou mesmo reformado, visto que pode causar acidentes, devido a sua fragilidade.
Não precisa ser nenhum especialista no assunto, para saber que pneu desgastado atrapalha a estabilidade do carro, põe em risco a segurança e ainda causa diversos danos ao meio ambiente, especialmente quando descartado no local errado. Isso ocorre com frequência, pois muitos não têm consciência dos benefícios da reciclagem que é possível a partir desse tipo de produto.
Quando rodamos a cidade, é possível encontrar pneus jogados em lixões, ruas, rios, e, inclusive no fundo dos quintais. As consequências dessa prática, todos já sabemos qual é:
– Problemas com a preservação do meio ambiente
– Problemas de saúde decorrentes de enchentes, e doenças como a dengue e outras, que são geradas pela transmissão de mosquitos que se alojam na água parada nos pneus descartados erradamente.
O Reaproveitamento dos Pneus
Quando um pneu não pode ser mais reaproveitado em sua forma original, ainda assim serve como matéria prima para a confecção de diversas outras coisas, que vão desde a fabricação de uma simples sandália até a pavimentação de uma importante autoestrada, na fabricação do que chamamos de asfalto ecológico, feito a partir do pó do pneu reciclado.
Sem mencionar que, se usarmos um pouco de criatividade, os pneus podem ser tornar ótimos aliados na decoração de uma residência ou ambiente comercial. Para isso, há diversas formas de se reaproveitar os pneus, mas, para que isso aconteça de uma forma saudável, é preciso seguir algumas regras básicas:
•Descarte os pneus somente nos locais apropriados, como por exemplo, diretamente nas concessionárias. Geralmente, elas se responsabilizam por enviar os produtos a uma empresa que faça seu recolhimento ou que seja responsável pela reciclagem dos mesmos.
• Prolongue ao máximo a vida útil de seus pneus, fazendo o alinhamento sempre que necessário, além do rodízio e balanceamento com certa frequência. É ideal também mantê-los sempre calibrados. A perda da pressão nos pneus causa uma diminuição em sua vida útil;
• Fique atento para a capacidade máxima de carga suportada por seu veículo.
Ideias Que Salvam o Meio Ambiente
Uma ideia que foi desenvolvida na cidade de Recife está ajudando a minimizar a proliferação do mosquito da dengue nas localidades e ainda beneficiando o meio ambiente. As montanhas de pneus descartados lotam sempre o galpão da coleta seletiva da cidade, visto que os caminhões responsáveis pela coleta passam em todos os bairros, fazendo a retirada dos pneus, que são a morada preferida do mosquito da dengue.
O Brasil produz uma enorme quantidade de pneus, com isso, o descarte de maneira incorreta é uma ameaça para o meio ambiente. Então, transformar o lixo e o problema em matéria prima e ainda gerar lucro, em parceria com a tecnologia, que tem sido uma grande, é que se pode desejar, pois do pneu tudo se aproveita.
Em uma empresa do Recife, todos os pneus velhos recebidos se transformam em novos produtos. A tecnologia empregada na fabricação foi adaptada por uma organização ambientalista.
O processo inicial é simples e os pneus são cortados, colocados em caldeiras aquecidas a 400 graus de temperatura e a cada duzentos pneus derretidos dão origem a aproximadamente 250 litros de óleo, além de 300 quilos de carvão mineral e 150 quilos de aço e como tudo é ecologicamente correto, ainda o gás que é utilizado para alimentar as caldeiras.
O óleo e o carvão produzidos voltam para as indústrias na forma de combustível. Já o aço é aproveitado ali mesmo pelas metalúrgicas. Além de tudo, o pneu, usado na forma triturada é usado na produção de asfalto, mas de borracha, muito mais durável e eficiente.
O caminhão ecológico é sempre muito esperado pelos moradores, pois percorre as ruas de Recife tapando todos os buracos que encontra. A primeira camada usada no procedimento é a de brita. Depois, é colocada uma mistura com asfalto e, finalmente é inserida a camada com os grãozinhos de pneus. Tudo fica perfeito, e ainda agrada ao meio ambiente.
Os testes científicos que foram feitos indicam que o asfalto feito a partir da reciclagem de pneus pode durar de três a cinco anos. E assim, de buraco em buraco, de acordo com a empresa, cada caminhão ecológico segue retirando da natureza uma média de 21 mil pneus por ano, o que significa menos impacto ambiental e mais saúde para a população.
Programa Petrobrás Ambiental
A reciclagem de pneus acontece através do Programa Petrobrás Ambiental e é realizada na Unidade de Negócio de Industrialização do Xisto, na cidade paranaense de São Mateus do Sul, fazendo parte do programa de recuperação ambiental da unidade, que vem sendo desenvolvido há mais de 30 anos.
A SIX, como é conhecida, é responsável pelo processamento e exploração do xisto betuminoso, minério que, depois de ser aquecido, libera matéria orgânica em forma de gás e óleo. Uma das características desse processo, chamado de Petrosix, é a viabilidade de adição de pneus inservíveis, com a carga de xisto a ser processada, num volume de até 5% do total.
Os pneus velhos chegam ao local picados e são misturados juntamente ao xisto. Todo o processo é feito com a mais alta tecnologia produzida pela própria Petrobras. Desde que o processo foi implantado, ainda em 2001, a Unidade, até o ano de 2009, já havia reciclado mais de 11 milhões de pneus usados, que poderiam fatalmente estar descartados na natureza.
A partir do coprocessamento do pneu e do xisto, são gerados gases, óleo combustível e também enxofre. O processamento traz diversos benefícios ao meio ambiente, como também para a saúde pública, ao reduzir o despejo inadequado dos pneus e, consequentemente, a proliferação de insetos causadores de doenças como a febre amarela, a dengue, e a malária.
3H.
No Brasil, os limites de liberação de radioisótopos ao meio ambiente estão previstos na legislação e constam do processo de licenciamento de cada reator nuclear, que fica a cargo da Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN) e também do IBAMA.
Então, segundo os procedimentos relatados há a necessidade de haver um depósito de rejeitos radioativos no Brasil, para que os mesmos possam executar o armazenamento de forma correta, o que não acontece, visto que a maioria dos dejetos fica agrupada em galpões, gerando o risco de possíveis contaminações, tanto de pessoas, quanto do solo.