O nosso país produz cerca de 260 mil toneladas de lixo por dia e pior do que esse número, que dá para observar pela quantidade de resíduos que colocamos em sacos diariamente, somente 2% do total, cerca de 5.200 toneladas, é reciclado. E para onde vai o resto? 75% vai para os lixões, 13% vai para os aterros controlados e 10% vai para os aterros sanitários. A melhor maneira para mudar esse quadro é primeiro produzindo menos lixo e segundo, reciclando tudo o que dá para reciclar. Porém, para que a reciclagem seja possível é preciso descartar o lixo da forma correta. São atitudes que ajudarão a preservar o meio ambiente e reduzir a quantidade de lixões que só provocam doenças.
A “Regra dos Três Erres” seria a solução para melhorar o problema, segundo os especialistas. Se trata de “reduzir os padrões sociais de consumo”; “reutilizar tudo aquilo que for possível antes de pensar em colocar no lixo” e “reciclar”. É o único modo de diminuir a quantidade de lixo que precisa ser descartada em lixões e parte dela acaba poluindo os rios e o ar.
Se Você Descartar o Lixo da Maneira Correta Estará Colaborando
Sim, existe uma forma correta de descartar o lixo e é o que chamamos de coleta seletiva, separando o que vai para a lixeira. Porém, é claro que se você separa tudo, mas a prefeitura da sua cidade não oferece um serviço de coleta especializado, a sua missão não estará cumprida. Então, caso seja esse o empecilho, vá você com o seu lixo reciclável até cooperativas e faça a sua parte. Não deixe que a sua preguiça te impeça de colaborar e ainda estará ajudando essas pessoas, que a grande maioria, vive com a coleta de lixo reciclável.
Comece Separando o que Pode ser Reciclado
Nem tudo pode ser reciclado e existem cores que caracterizam o que pode e o que é, as lixeiras são dispostas da seguinte maneira (em qualquer parte do mundo): azul para papel, verde para vidro, amarelo para metal e vermelho para plástico. Depois dentro de cada uma dessas alternativas, você poderá reciclar:
- Na coleta seletiva de papel o que serve para ser reciclado é: papelão, caixas em geral, papéis usados de escritório, livros, cartolinas, revistas, jornais, embalagens longa vida (que devem estar limpas e secas). Saiba que nem todo papel pode ser reciclado, veja quais não são: etiquetas adesivas, papéis encerados, papel carbono, lenços de papel e papel higiênico.
- Na coleta seletiva de plástico o que serve para ser reciclado é: garrafas de refrigerante grande, sacolas (nem todas), CDs, tubos de plástico e canos. Porém, considere que não poderá ser reciclado, os plásticos que acompanham os eletrônicos (chamados de termofixos) e as embalagens metalizadas típicas de salgadinhos.
- Na coleta seletiva de vidro o que serve para ser reciclado é: copos ou outros utensílios do material quebrados e garrafas de bebida. Porém, ao descartá-los procure enrolar o pedaço quebrado em um jornal para não machucar a mão de quem irá manusear o lixo. No caso do vidro também existem aqueles que não podem ser reciclados e são: vidros de automóveis, cristais, vidros de janelas e espelhos.
- Na coleta seletiva de metais o que serve para ser reciclado é: tampas de embalagens, latinhas de bebidas, latas de produtos alimentares, folhas-de-flandres. O nosso país é o que mais recicla latinha de alumínio no mundo. Porém, observe o que não poderá ser reciclado: esponjas de aço, tachinhas, grampos e clipes.
A Seguir uma Lista com a Forma de Descarta Alguns Tipos de Lixo, Confira:
- Baterias e pilhas: não importa que tamanho elas tenham, mas possuem uma composição que pode fazer muito mal quando entram em contato com a terra, como chumbo, mercúrio, entre outros metais. O seu efeito nocivo se sentirá nos animais e nas plantas do lugar em que elas foram descartadas. Por isso, a maneira correta de descartar pilhas e baterias é colocando-as em um saco separado e levando diretamente em um posto de coleta. Existem vários atualmente.
- Óleo de cozinha: que muito normalmente é jogado dentro da pia ou ainda dentro do vaso sanitário deveria ser descartado de outra forma, até porque pode ser reciclado. Quando você o joga dentro de um ou outro poderá causar sérios problemas na sua rede de esgoto, sem falar, que ele acabará chegando em córregos e rios. O óleo na água impede a entrada de oxigênio e isso faz com que plantas e peixes morram. Para ser amigo da natureza descartando o óleo da maneira correta, separe uma garrafa de plástico e sempre que tiver que jogar fora o líquido usado, o coloque dentro. Depois é só levar em um posto de coleta, caso o seu condomínio já não faça a coleta. Alguns supermercados também estão recebendo o óleo usado para reciclagem.
- Eletrodomésticos e eletrônicos: eles podem contaminar seriamente o solo, porque possuem metais pesados, como níquel, chumbo e cádmio. Sem falar que possuem outras partes com materiais que demoram muito a se decompor, como a borracha e o vidro. Problema maior ainda para quem precisa descartar uma geladeira de modo antigo, que tem um gás tóxico armazenado, o CFC, um dos responsáveis pela destruição da camada de ozônio. Para descartá-los da maneira correta procure saber se na sua cidade existe esse serviço ou procure entrar em contato com a fabricante. Também pode ser um material reutilizado por alguma cooperativa na sua cidade.
- Remédios: é muito comum que as pessoas joguem os remédios com validade vencida direto no lixo, porém, é perigoso, porque muitos deles possuem substâncias tóxicas, que de um aterro sanitário pode acabar indo poluir um rio. O modo correto de descartar os remédios é os levando a centros de coletas juntamente com a embalagem.
- Lâmpadas: dentro das lâmpadas se esconde um metal muito tóxico, o mercúrio. Quando a lâmpada está queimada, esse material “explode” e é o vidro que não permite que ele contamine o ambiente. Porém, uma vez jogado em qualquer lugar, o vidro pode quebrar e a água e o solo acabarem poluídos. O modo correto de descartar as lâmpadas é deixando-as separadas do lixo comum, em caixas fechadas de forma que o vidro não se quebre. Em algumas cidades, já existem postos de coleta, como no Rio de Janeiro, em lojas que vendem lâmpadas fluorescentes.