Peixes do Amazonas e Risco de Extinção

A Amazônia está repleta de rios com variados peixes que abrigam as águas há milhares de anos.

Vários dos Peixes da Amazônia Estão em Extinção

Vários dos Peixes da Amazônia Estão em Extinção

Somente a Bacia Amazônia traz mais de duas mil espécies distintas, fora a grande quantidade que ainda não foi catalogada pelos cientistas brasileiros por falta de incentivo à pesquisa na região por partes dos governantes ao longo da história. No entanto, existem algumas espécies consideradas em extinção.

Extinção do Pirarucu

De acordo com pesquisa do Journal of Applied Ichthyology, a pesca excessiva do Pirarucu pode culminar com a extinção da espécie em poucos anos. Na fase adulta, o peixe pode chegar a pesar cerda de duzentos quilos, medindo três metros de comprimento. Considerada como uma das espécies mais saborosas do território amazônico, por este motivo, chama a atenção dos pescadores que realizam capturas consideradas ilegais.

Os cientistas do estudo feito pela instituição estrangeira alertam que grande parte desta carne comercializada em solos amazônicos é classificada como ilegal. Intitulado bacalhau do amazonas, além da carne saborosa, o Pirarucu tem poucos espinhos, sendo peixe mais apreciado na região Norte do Brasil.

Pescadores não precisam de muito trabalho na captura. Acontece que este peixe precisa subir na superfície pelo menos em cada quinze minutos para captar oxigênio, momento nos qual os pescadores ficam com redes e arpões preparados para realizar o ataque.

De certa forma, existem regras relacionadas com o controle da pesca do pirarucu, caso do tamanho mínimo à captura e das regiões com proibições de pesca para qualquer limite de idade das espécies marítimas, como acontece no Tocantins. No entanto, por causa dos altos níveis comerciais e a maioria dos peixes é capturada de forma ilegal, aumentando os riscos de extinção.

Os cientistas conseguiram catalogar apenas uma espécie do pirarucu, embora acreditem que existem pelo menos mais quatro tipos dentro da mesma família. Com altos riscos de pesca ilegal há chances de morrerem sem ao menos serem conhecidos pela humanidade.

Extinção do Peixe-Boi

Desde antes da chegada das caravelas de Cabral, os nativos da região realizavam pescas excessivas da espécie, principal causa para hoje em dia estar na lista entre os animais com maiores riscos de extinção nas águas amazônicas. São peixes mamíferos que amamentam os filhotes até os dois anos de idades.

A espécie nada de forma lenta, prefere rios que tenham águas tranquilas e escuras, assim com a tonalidade da cor dos seus olhos. Apesar de conseguir ficar camuflado é alvo constante dos pescadores. O peixe-boi pode ser considerado como saco de adubo que nada, se alimentando de plantas profundas e transformando a alimentação em fertilizantes para manter a vida dos rios. Um peixe que ajuda a natureza corre o risco de desaparecer.

Na atualidade, os cientistas não sabem ao certo o número estimado da população dos peixes-boi. Ao certo se sabem que estão presentas nas regiões que trazem maior número de alimentos. Considerado maior mamífero aquático que pode ser encontrada na Amazônia. Aproximadas setentas espécies vegetativas marítimas fazem parte da alimentação da espécie.

A pele grossa parecida com couro fez com que o peixe-boi fosse caçado de forma indiscriminada no início do século XX. Existem filmes antigos que demonstram como aconteciam as matanças, resultando em centenas de espécies mortas nas praias nos dias de caça. O arpão representava arma utilizada pelos caçadores. A banha também atraia por servir como óleo de combustível das lamparinas.

No final da década de sessenta do século passado, aconteceu a lei de proibição da caça do animal. Porém, depois de tanta matança, já era tarde, o peixe-boi entrou à lista de animas considerada com sérios riscos de extinção.

Interessante notar que, na atualidade, os problemas com a caça do animal não estão relacionados com o couro, mesmo porque o mercado do tipo deixou de existir. Hoje em dia são caçados por causo do rico sabor da carne, acredita a chefe do laboratório de mamíferos aquáticos do INPA, Vera Silva. Quem reside ou viaja com constância ao Manaus sabe que ainda existem muitos comércios que oferecem peixe-boi no cardápio.

As fêmeas, quando capturadas, deixam de criar os filhotes incapazes de sobreviverem sozinhos. Por este motivo que o trabalho do IBAMA em regatar recém-nascidos abandonados tem importância fundamental na manutenção desta forma de vida. Grande parte dos peixes-boi presente na Amazônia atual foi criada em tanques. Somente o INPA tem 38 anos de pesquisas e mais de cem estudos sobre a espécie.

http://www.youtube.com/watch?v=2HhP0YzKXxc

Peixe-Boi no Cativeiro

Depois das denúncias, o IBAMA, com auxílio da Polícia Ambiental do Amazonas, resgata os animais em trabalhados interligados ao Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia – INPA. Os filhotes são poupados pelos caçadores na maioria dos casos, fato que não diminui a prática do ato ilegal. Após recolhidos, bebês precisam de fórmulas especiais para manter alimentação qualitativa e desenvolver os organismos, composta de: Complexo vitamínico idealizado por especialista, óleo de canola e leite em pó, bastante enriquecido com gordura.

De acordo com estimativas do INPA, a cada dez filhotes abandonados sobrevivem oito. Somente um filhote pode mamar até quatro litros. O problema está em se tornar adulto, momento no qual são liberados e correm alto risco de serem caçados na ilegalidade.

Necessidade da Pesca Sustentável         

O que falta aos pescadores ilegais é informação. Estudos comprovam que a pesca sustentável, além de mais rentável, também permite com que o peixe continue servindo ao homem de forma vitalícia. Por exemplo, no município de Mamirauá, região amazonense, o lucro do povo ribeirinho dependente da pesca duplicou em menos de dez anos, gerando aumento inclusive na população de peixe.

Especialistas dizem que no ano de 1999 existiam quatro comunidades pescando pirarucu com controle. Já na atualidade existem amis de cem compromissados com os preceitos da pesca sustentável.

Vídeos sobre o Risco de Extinção de Peixes no Amazonas

Matéria explicativa de um minuto que explica os motivos do risco de extinção do peixe-boi. Traz animações e linguagem simplificada para que todos entendam o conteúdo sem maiores problemas. Feita pelo Projeto Fábrica Verde do Amazonas que conta com apoio do SESI.

O Globo Repórter realizou reportagem especial sobre o risco de extinção dos últimos peixes-boi do Amazonas. O vídeo está ao lado do artigo informativo no site da Rede Globo.

Reportagens A Respeito da Extinção do Peixes da Amazônia

Reportagens A Respeito da Extinção do Peixes da Amazônia

Artigo escrito por Renato Duarte Plantier


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