O Valor das Algas Marinhas na Saúde Humana

Desde a antiguidade comunidades costeiras como as da Ásia Oriental particularmente o Japão, China e Coreia fazem uso das algas marinhas para compor a sua dieta. Até há algum tempo as algas não eram bem aceitas fora dessas comunidades, porém, alguns estudos demonstraram que se trata de um tipo de alimento bastante nutritivo e que oferece inúmeros benefícios para a saúde, o que logicamente despertou o interesse do mundo.

A seguir vamos falar um pouco mais sobre as algas e o seu valor no que diz respeito a saúde humana. Quem sabe você se anima e começa a incluir as algas marinhas na sua dieta.

Tipos de Algas

As algas são plantas que crescem na água salgada assim como as plantas terrestres crescem fora da água. Como qualquer planta precisa da luz solar para fazer fotossíntese e assim produzir seu alimento. Para se ter uma ideia existem mais de dez mil variedades de algas que são indicadas para o consumo humano.

A alga vermelha conhecida como Nori é uma das mais consumidas no Japão. Ela é utilizada para confeccionar sushi, porém, também é consumida na Escócia como “sloke”. No País de Gales essa alga é consumida como “laver” em que é acompanhada por pão.

As algas castanhas do tipo Kombu e Wakame são bastante usadas no Extremo Oriente como agentes para acrescentar sabor e também em sopas. As algas verdes são tidas como a alface do mar e florescem nas costas da Irlanda, Grã Bretanha e Escandinávia. São consumidas cruas em saladas ou então cozidas na sopa.

Há ainda outras algas que podem ser usadas na comida como, por exemplo, a hijiki. Em geral as algas marinhas são comercializadas na sua forma seca.

Os Minerais Presentes nas Algas Marinhas

As algas enquanto estão no mar acabam absorvendo os seus minerais e assim se tornam alimentos ricos em minerais e oligoelementos. Sendo assim o cálcio e o ferro tendem a ficar acumulados numa quantidade maior nas algas do que nas plantas terrestres. Dessa forma 8 gramas de uma porção seca da alga Kombu tem mais cálcio do que um copo de leite. Já uma porção de 8 gramas da alga Dulse tem mais ferro do que 100 gramas de um bife de carne de vaca.

Essas plantas marinhas ainda fornecem uma grande quantidade de Iodo que é bem importante para a função tiroideia. Porém, há que se ressaltar que alguns estudos concluíram que as algas podem conter uma quantidade excessiva de iodo. A dica é estabelecer um limite máximo de consumo das plantas marinhas no dia a dia.

As algas castanhas ainda podem ter acúmulo de metais pesados como o arsênico, por exemplo. Isso foi descoberto no ano de 2004 num estudo realizado com a alga hijiki que contém uma quantidade significativa de arsênico.

Fibra

As algas também são alimentos ricos em fibras solúveis como Carragenina, Alginatos e Agar que não são solúveis no intestino e que por isso ajudam a criar uma sensação de saciedade. Além disso, algumas algas que são ricas em alginatos e a carragenina podem ser utilizadas no processamento de alimentos como salsichas e croissants para favorecer a sua textura e estabilidade.

Outros Nutrientes

As algas do mar tem uma quantidade pequena de gordura e algumas variedades se destacam por serem ricas em proteínas. É possível encontrar nesses alimentos níveis elevados de aminoácidos essenciais assim como acontece com ovos e leguminosas secas. Dentre os nutrientes ainda são encontradas vitaminas A, C e E, ressaltamos ainda que como poucas fontes vegetais as algas tem uma grande concentração de vitamina B12.

Os Benefícios das Algas Marinhas Para a Saúde

Na medicina chinesa as algas são utilizadas, mas não são exploradas para cuidados com a saúde nos países do ocidente. Alguns estudos sugerem que alguns polissacáridos chamados fucoidanos que são encontrados nas algas castanhas podem ter ação anticancerígena.

Porém, estes possíveis efeitos ainda não foram testados em humanos. As fibras que são encontradas nas algas são ótimas para o sistema digestivo e também para o metabolismo lipídico. Há a possibilidade de que essas fibras tenham uma ação anti-inflamatória e antioxidante, porém, há que se comprovar isso na prática.

Benefícios das Algas Marinhas na Saúde Humana na Prática

As Algas e a Saúde dos Olhos

A alga Nori possui um alto teor de vitamina que a torna um alimento excelente para a saúde da visão. Esse alimento ajuda a proteger os olhos contra a cegueira noturna e também contra problemas que são associados com o envelhecimento. Dessa forma é interessante acrescentar essas algas a sua alimentação.

As Algas e a Saúde da Tiróide

Como já dissemos as algas marinhas são ricas em iodo e esse componente ajuda os hormônios tireoidianos tiroxina e triiodotironina que são fundamentais para a vida humana. A glândula tiróide adiciona iodo ao aminoácido tirosina para ser possível criar essas harmonas.

Quando existe deficiência de iodo o corpo pode não fazer a sintetização das hormonas. As hormonas são responsáveis por regular o metabolismo de cada célula e assim quando existe falta de iodo no organismo há um impacto bastante intenso na saúde e bem estar.

O bócio é um indicativo de que há deficiência de iodo no organismo. Esse problema afeta cerca de 200 milhões de pessoas no mundo todo.

As Algas e a Prevenção de Defeitos Congênitos

O ácido fólico é encontrado de forma abundante nas algas e tem uma série de funções importantes de proteção ao organismo. Estudos demonstraram que é importante contar com níveis adequados de ácido fólico na dieta para evitar possíveis problemas congênitos inclusive como espinha bífida.

As Algas Como Fonte de Energia

Outra característica das algas é que elas podem ser ótimas fontes de energia isso porque possuem uma boa quantidade de vitamina B12 que ajuda a combater a fadiga, danos nor nervos ou perda de memória.

As Algas e a Ação Anti-Inflamatória

As algas marinhas são uma boa fonte de magnésio, um mineral que age como um relaxante natural e que ajuda a prevenir enxaqueca e alguns sintomas da asma.

As Algas e o Alívio dos Sintomas da Menopausa

O magnésio encontrado nas algas ainda pode ajudar a restaurar o sono no caso de mulheres que estão passando pelo processo de menopausa.

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Categoria(s) do artigo:
Natureza

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