Aqui no Brasil a farra das embalagens plásticas é uma prática usual, um hábito que precisa ser modificado em nome da saúde e preservação do meio ambiente. Nos supermercados, farmácias e comércio de modo geral todos os produtos são entregues ao cliente em uma sacolinha plástica, mesmo que você compre apenas um vidro de esmalte ou uma cartela de analgésico, que poderia ser entregue sem embalagem ou em um outro tipo que fosse menos poluente que o plástico.
Polietileno
Protestos
E o pior de tudo isso é que este hábito já é tão comum, que na ausência da sacolinha alguns clientes reclamam de forma indignada. Existem algumas pessoas, já mais esclarecidas e conscientes, que dispensam a sacolinha, mas muitas vezes são olhadas com certa desconfiança, mesmo que o tamanho da embalagem justifique a atitude. Para as compras de supermercado existem as ecobags, embalagens duráveis feitas de algodão e outros materiais, são como bolsas grandes, inclusive algumas grifes famosas estão investindo nesta idéia, mas na rotina dos estabelecimentos elas ainda são pouco vistas.
A Farra das Embalagens Plásticas
No Brasil
O plástico do tipo filme é à base da produção de sacolas plásticas comuns, destas que são largamente utilizadas em supermercados e demais estabelecimentos comerciais. Elas são feitas a base de resina que se denomina PEBD – polietileno com baixa densidade. Em nosso país a produção de plástico filme é muito grande chegando a 210 mil toneladas por ano, número que representa quase 10% de toda a produção de lixo no país. Todos estão cientes dos graves problemas gerados pelo uso e descarte indiscriminado da sacola plástica, um exemplo disso são as constantes enchentes e alagamentos que atingem o nosso país, agravados pelo entupimento de vazadouros onde estas embalagens impedem o escoamento das águas da chuva. As sacolas também retardam a decomposição de materiais biodegradáveis dificultando a compactação de detritos.
A Farra das Embalagens Plásticas
Pelo Mundo
Esta triste realidade que preocupa ambientalistas brasileiros já originou importantes modificações na legislação de alguns países europeus, e por consequência modificou também sua cultura. Por lá o uso de uma sacola custa em média sessenta centavos, o que estimula muito o uso de ecobags. Outro bom exemplo é a obrigatoriedade, prevista em lei, para que distribuidores e produtores de embalagens plásticas as aceitem de volta e se responsabilizem pela reciclagem de materiais depois de usados. Os custos foram imediatamente repassados ao consumidor encarecendo as embalagens e desmotivando o seu uso. De maneira geral a tática usada é a cobrança extra das embalagens fortalecendo uma crença popular na qual se diz que “a consciência mora no bolso”. Pois que assim seja, onde quer que ela esteja precisa ser despertada, pois os efeitos danosos podem ser vistos em toda a parte, especialmente na poluição da água e nos lixões.
