Tempestade de Raios

Uma grande mistura de pavor e beleza, assim podemos definir por alto uma tempestade de raios, um verdadeiro show de luzes que cortam nossos céus quando grandes tempestades se aproximam.

Um pouco de cuidado é sempre bom, ainda mais quando começa a chover e grandes raios começam a cair, principalmente se estiverem muito próximos de sua residência, mas não há como negar que existe uma certa beleza em casa um deles.

Algumas pessoas fotografam estes momentos e para falar a verdade existem pessoas que tomam isso como missão de vida, uma profissão. Sempre tentam pegar a melhor tempestade, tirando fotos precisas do momento em que um raio sai. Confira abaixo uma galeria de fotos de diferentes tempestades de raios:

Descarga elétrica atmosférica, ou raio, como é chamado popularmente, se trata de uma descarga que acontece na atmosfera. Ela é de grande intensidade, e ocorre nas regiões carregadas eletricamente.

A descarga elétrica intranuvem é a descarga elétrica que acontece no interior da nuvem. E a descarga elétrica internuvens é a que acontece entre as nuvens.

Além disso, também pode acontecer a descarga elétrica entre a terra e uma nuvem, que é chamada de nuvem-solo. O raio sempre aparece acompanhado de um relâmpago, e também do trovão, e mais alguns fenômenos associados.

Mesmo que as descargas internuvem e intranuvem tenham uma frequência maior, os seres humanos têm um maior interesse pela descarga nuvem-solo.

A parte do planeta onde ocorre a maior incidência de raios é na zona tropical, nas terras emersas principalmente. Quando as atividades elétricas são muito intensas o resultado é as trovoadas.

Determinadas teorias científicas acreditam que as descargas elétricas tenham sido fundamentais para que a vida surgisse, e também para a sua manutenção. A primeira fonte de fogo na história humana, podem ter se originado dos raios.

Os raios eram incorporados em vários mitos e lendas. Pesquisas científicas feitas posteriormente revelaram a natureza elétrica dos raios. A partir daí, as descargas têm sido monitoradas constantemente, por terem associação com as tempestades.

Os raios sempre são de uma periculosidade muito grande, devido a enorme intensidade de tensões e das correntes elétricas. Por isso, no geral todas as edificações, e também os sistemas que fazem a transmissão de energia, necessitam de algum sistema de proteção, entre eles os para-raios.

Mesmo com o uso das proteções, por todas as partes do mundo, o raio ainda causa muitos ferimentos e muitas mortes. Trata-se de fenômenos compostos de alta energia. Em sua manifestação, faz um trajeto muito luminoso, percorrendo distâncias longas. Em alguns casos, possuem ramificações.

Tempestade de Raios

Tempestade de Raios

Os Raios e as Tempestades

Associados às tempestades na maioria das vezes, os raios constituem-se de uma faísca gigantesca de eletricidade estática, pela qual as transferências de cargas elétricas são feitas através da formação de um canal condutivo.

É no interior das nuvens que ocorre o tipo mais comum de raio, embora descargas ocorram em meio a duas nuvens, entre nuvem e solo, entre o ar e a nuvem. Dependerá de como a distribuição de cargas elétricas foi feita dentro das nuvens.

Em geral, um campo elétrico muito intenso é gerado quando a distribuição de cargas é feita no interior de nuvens convectivas.

Processo da Eletrização de Nuvens

Para que uma descarga elétrica aconteça, é preciso que a nuvem tenha um enorme campo elétrico dentro dela, proveniente de mudanças de distribuição de cargas, fazendo com que ocorra a eletrificação das nuvens.

A transcorrência deste processo não é conhecida com exatidão, embora sua ocorrência necessite de algumas premissas básicas e conceitos. A eletrização é dividida em dois modelos: por colisões e convectivos.

De acordo com o desenvolvimento da nuvem, acumulam-se íons positivos dentro da mesma. Isso faz com que cargas negativas sejam induzidas a aparecer em suas bordas.

Como dentro das nuvens os ventos sopram para cima, nas bordas, as correntes de ar surgem na direção oposta, e conduzem as cargas negativas até a base das nuvens. Assim, surge duas regiões que são eletricamente distintas.

A partir de certo ponto, a nuvem cria uma capacidade de atrair cargas por ela mesma, o que leva à ocorrência de várias descargas elétricas. Ademais, a distribuição de cargas acontece tanto no começo como no decorrer da tempestade.

O modelo por colisão da eletrização indica como o nome já diz, que a transferência feita de cargas se dá através de contato das partículas das nuvens no decorrer do processo de convecção.

Porém não há ainda uma concordância a respeito de como acontece a polarização, e também a separação das cargas que acontecem nas partículas minúsculas do gelo. Existem duas classes de teoria: a não indutiva e a indutiva.

A eletrização não indutiva tem como princípio a colisão das partículas entre si, que tenham propriedades denominadas intrínsecas, diferentes para gerar cargas. Pequenos cristais formados de gelo colidem com o graupel, adquirindo cargas opostas.

O segundo mais pesado, carrega com ele as cargas negativas. Enquanto os primeiros alcançam o topo das nuvens, que ficam carregadas positivamente. Para que haja possibilidade de acontecer, é preciso que condições propícias ocorram, como a temperatura, principalmente, e uma quantidade de água ideal na nuvem.

Observando as características acima, este processo parece ser o mais importante processo de eletrização de nuvem de tempestade, fato que não descarta que outros ocorram.

Na eletrização indutiva, o campo elétrico já preexistente que, sob as condições consideradas normais, direciona para o lado de baixo, faz surgir nas partículas de gelo, cargas positivas na parte inferior destas partículas, e cargas negativas na parte superior.

Eletrização de Nuvens

Eletrização de Nuvens

As partículas são de tamanhos diferenciados, de maneira que aquelas com um peso maior, têm uma disposição maior para cair, enquanto que as partículas com menos peso são carregadas por ventos convectivos, que as levam para cima.

Quando a partícula menor entra em contato com o hemisfério inferior da partícula maior, a transferência de cargas é ocasionada, a partícula mais leve fica carregada positivamente, e a partícula mais pesada fica carregada negativamente.

De acordo com o desenvolvimento da nuvem, as cargas negativas vão se acumulando na base das nuvens, e as cargas positivas acumulam-se no topo das mesmas, fazendo com que o campo elétrico das partículas, e o processo de polarização das mesmas, fiquem cada vez mais intensificados, chegando ao ponto de criarem grandes diferenças de potencial, e levarem à ocorrência de descargas.

As Descargas

Em condições consideradas normais, a atmosfera é tida como um ótimo isolante elétrico. O ar, a nível do mar, possui uma rigidez dielétrica por metro, que pode chegar a 3 milhões de volts.

Mas, por causa da altitude, principalmente pelo ar rarefeito, esta rigidez é reduzida. Contudo, com a separação de cargas que ocorre na nuvem, o campo elétrico fica mais intenso, até que o fluxo de cargas não possa mais ser contido pelo ar.

E, desta maneira, um caminho condutivo formado de plasma aparece. Por ele, as cargas elétricas circulam livremente, o que dá origem a descarga elétrica, que é denominada raio.

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Categoria(s) do artigo:
Natureza

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