O Brasil é um país de grande extensão territorial que aliado a riqueza de seus recursos hídricos lhe garantem uma imensa diversidade de ecossistemas, contudo, esses ecossistemas dependem das suas redes hidrográficas para se manterem e se os rios estão poluídos há a ameaça direta a subsistência dos ecossistemas em que estão inseridos. Muito se discutiu a poluição dos rios e reservas de água e seus impactos ambientais, hoje essa discussão já está ultrapassada, pois todos sabem as conseqüências advindas da poluição, e a discussão gira em torno das formas de recuperação dos rios e das fontes de água e sobre o gerenciamento desses recursos.
Ocupação Urbana
A água é vital para a vida e para o desenvolvimento das sociedades, assim, ao longo do tempo o homem foi se organizando e formando comunidades preferencialmente no entorno de recursos hídricos que pudessem sustentar as suas necessidades básicas.
Dessa forma a ocupação urbana foi a principal responsável pela poluição e degradação dos rios e demais fontes de água, com a proliferação de ocupações e loteamentos com uma infra-estrutura precária, permitindo a contaminação dos recursos hídricos com o esgoto, dejetos, etc. Fábricas, indústrias, lavouras e todas as formas de ocupação também ocasionarão a degradação dos rios de tal forma que muitos deles não conseguiram mais de auto-recuperar.
Principais Impactos
Os impactos da ocupação urbana e das demais atividades humanas sobre os sistemas aquáticos podem ser classificadas como diretas e indiretas, contudo ambas as formas tem conseqüências na qualidade da água e no desenvolvimento da vida em seu meio.
Algumas ações são consideradas críticas sob o ponto de vista dos recursos hídricos, são elas: o desmatamento, a mineração, a construção de ferrovias e rodovias, o despejo de material residual orgânico e não orgânico resultante de atividades agrícolas, industriais e domésticos, alteração da cadeia alimentar com a introdução ou extinção de espécies da fauna ou da flora, construção de reservatórios, etc. esses impactos tem como principais conseqüências o assoreamento, toxidade, aumento de material suspenso e a perda da biodiversidade.
Recuperação de Rios e Outros Ecossistemas Aquáticos
A recuperação de rios e outros sistemas aquáticos exigem a implantação de diversas ações integradas envolvendo a bacia hidrográfica e o ecossistema aquático. Essas ações iniciam com a avaliação e o diagnóstico a respeito do nível da degradação ou da contaminação e do custo das perdas em conseqüência da degradação. Num segundo momento são apresentadas as alternativas possíveis de ser implantadas para recuperação e o seu custo.
É sabido que o processo de recuperação dos rios e demais sistemas aquáticos é bastante lento, e demanda grandes investimentos, além de não ser possível em 100% dos casos, pois cada sistema requer uma intervenção diferente, e não há garantias de que elas possam ser 100% eficazes. Muitos elementos que compõem a biodiversidade de um determinado local, depois de perdidos não podem ser recuperados.
As ações antrópicas nos nossos rios, e em todas as bacias no geral, realmente se tem ocasionado em um grande distúrbio na biodiodiversidade num todo. O primeiro passo, deve ser da sociedade, que sabe que precisa e continua a agir de forma bruta e selvagem.