Principal Fauna da Amazônia

A Amazônia é considerada como região na qual existe maior variedade na fauna. Diversas populações aproveitam as condições favoráveis para formarem habitat naturais. Na atualidade, o desmatamento no local diminuiu quase sessenta por cento, mas ainda falta muito para ser feito. Conheça algumas espécies e destaques da fauna amazonense.

Insetos e Anfíbios do Amazonas

Já se sabe que também abrange maior quantidade de insetos do tipo artrópodes em todo planeta Terra.  São mais de três mil espécies diferentes de formigas que trabalham na composição da biomassa e desenvolvimento das copas de árvores.

No mundo, existem cerca de sete mil e quinhentas espécies de borboletas, sendo que mil e oitocentos residem dentro do território amazônico. De trinta mil tipos de abelha existentes no globo terrestre, dez por cento está presente na Amazônia.

Interessante notar ainda que existem quinhentas espécies de répteis catalogadas, sendo que a maioria é de lagartos e cobras, representando assim, sete por cento dos existentes no mundo e mais de trinta por cento dentro do Brasil. A contagem leva em conta apenas os locais nos quais existe proximidade com afluentes dos rios. Neste sentido, a contagem pode tanto aumentar como diminuir nos próximos anos.

Mamíferos do Amazonas

O bicho preguiça representa um dos mamíferos mais emblemáticos do Amazonas, encontrado também em locais com Mata Atlântica. O nome tem relação com a movimentação do corpo que acontece com lentidão. Isso na verdade representa um método no qual as espécies ficam com movimentos silenciosos e por consequência, menos vulneráveis aos ataques dos predadores.

Especialistas dizem que a cor dos pelos também ajuda na proteção, visto que elas se misturam com a tonalidade da floresta. Estes animais preferem passar o dia e a noite em cima de galhos das árvores longas. Embora possua média de vida equivalente a cinquenta anos, a espécie está desaparecendo, considerada em extinção.

A onça pintada também representa outro animal que está presente na Amazônia. Na fase adulta, pode pesar cento e cinquenta quilos. Considerada como maior felino da América. Onças residentes de florestas extensas são maiores do que às presentes nos campos. Isto acontece por causa das características dos animais caçados e consumidos. Este animal pode se alimentar com até noventa espécies distintas de animais. A força da mandíbula consegue destruir o crânio das presas.

Aves do Amazonas

Há mil espécies de aves contabilizadas das nove mil existentes em terras mundiais, sendo que vinte por cento são consideradas raras, com grandes chances de extinção e alto valor cobrado no mercado ilegal. A comercialização ilegal pode resultar em até quinze anos entre todos os envolvidos.

A arara, grande animal simbólico do Brasil, está em extinção. Tem calda longa e bico grosso adaptado para perfurar e se alimentar de frutas e outros tipos de alimentos vegetais. A pena pode ter diversas cores diferentes, embora a cor azul esteja mais presente nas espécies brasileiras. Importante destacar inclusive o tucano, cujo bico longo e comprido funciona como se fosse uma alavanca. Além das frutas, também consome insetos e pequenos répteis.

Peixes Amazônicos

A Amazônia está repleta de rios com variados peixes que abrigam as águas há milhares de anos. Somente a Bacia Amazônica traz mais de duas mil espécies distintas, fora a grande quantidade que ainda não foi catalogada pelos cientistas brasileiros por falta de incentivo à pesquisa na região gerada pelos governantes ao longo da história. Conheça cinco destaques naturais do Rio Amazonas:

Pirarucu: Na fase adulta, o peixe pode chegar a pesar cerca de duzentos quilos, medindo três metros de comprimento. O peixe precisa subir à superfície no intuito de captar oxigênio. Considerada como uma das espécies mais saborosas do território amazônico, por este motivo, chama a atenção dos pescadores que realizam capturas consideradas ilegais. Os cientistas do estudo feito pela instituição estrangeira alertam que grande parte desta carne comercializada em solos amazônicos é classificada como ilegal.

Jatuarana: Espécie onívora que se alimenta de produtos com origem vegetal ou animal. Com frequência migram para reproduzir, se reunindo novamente nos cardumes para fazer a desova em maior segurança no princípio da época das enchentes. Além de serem importantes no mundo comercial, representam uma espécie difícil de ser pescada em se tratando de esporte.

Fêmeas são maiores do que os machos. A reprodução do jaturana acontece no mesmo período em que as águas dos rios começam a aquecer. Possui alto índice de escama no corpo com tonalidade prateada. Realiza a total desova e para isso, prefere migrar por longas distâncias na reprodução. Peixe de porte médio.

Apapá: Espécie conhecida também como dourada. Está presente não somente dentro da Bacia Amazônica como também nas profundezas da Bacia do Prata. Pode ser encontrada nas tonalidades amarelas e brancas, sendo a primeira opção a mais corriqueira nos grupos encontrados na Amazônia.

Grande parte da família específica é encontrada em águas marítimas, embora existam tipos que preferem água doce. Nos cardumes, as espécies das duas cores nadam cordialmente no conjunto.

Este peixe, que prefere atividades no ambiente noturno, tem alimentação baseada em pequenos peixes habitados na superfície da água. Em nível comercial, é considerado como uma espécie da segunda classe, não tendo procura alta nas pescas.

Peixes Amazônicos

Barbado: Pode ser chamado também de piranambu, encontrado, não só no Amazonas, mas também na Bacia do Prata, região que inclui o território pantaneiro. Tem importância à pesca de subsistência por nadar nas beiras dos rios que cerca as vilas de pescadores ou pequenas cidades no aspecto populacional. A dieta da espécie é composta por diversos itens alimentares. Costuma atacar peixes que são pescados com redes, disputando o alimento com os pescadores.

Curimatã: Considerado como um dos peixes mais apreciados em solos amazonenses. Tem coloração em prata e porte médio. Traz dentes pequenos e afiados, além de variedade nas escamas. Prefere se alimentar de microrganismos e materiais orgânicos encontrados na lama presente no fundo dos rios.

Fazem longas migrações no momento da reprodução. Os pescadores utilizam instrumentos simples para realizar a pesca nos barrancos situados à beira do rio. Necessário estar com varas compostas de bambu que medem entre dois e quatros metros. Linha de 0,40 milímetros e cinquenta centímetros, pelo menos maior do que o tamanho da vara.

Artigo escrito por Renato Duarte Plantier