O Que São Placas Tectônicas?
Também chamadas de placas litosféricas, as placas tectônicas são blocos gigantes que formam uma camada sólida que fica externa ao planeta. As placas estão sempre se movimentando de maneira que podem criar as chamadas zonas de convergência de placas em que há colisões entre elas e zonas de divergência de placas quando elas se afastam umas das outras.
Essa movimentação desses blocos é o que causa alguns fenômenos como expansão dos oceanos, vulcanismo e terremotos. Saiba quais são as principais placas tectônicas do planeta e aproveite para conferir mais algumas informações a respeito delas.
Principais Placas Tectônicas
Placa Tectônica do Pacífico
A placa tectônica do Pacífico é a maior de todas as placas oceânicas com cerca de 70 milhões de quilômetros quadrados. Trata-se de uma placa que é renovada nas suas bordas, o local em que existe a separação das suas placas vizinhas o que gera a ampliação do assoalho marítimo.
Placa Tectônica de Nazca
Essa placa está localizada na parte leste do oceano Pacífico e tem um tamanho de 10 milhões quadrados. A cada ano essa placa fica 10 cm menor pelo fato de que está constantemente se chocando com a placa Sul-Americana. Foi exatamente o choque entre essas duas placas que deu origem a Cordilheira dos Andes.
Placa Tectônica Sul-Americana
O Brasil está bem no meio da placa Sul-Americana, área que possui uma espessura de 200 quilômetros o que explica porque em nosso país não existem vulcões e nem terremotos. A placa tem 32 milhões de quilômetros quadrados.
Placa Tectônica Norte-Americana
A placa Norte-Americana em cerca de 70 milhões de quilômetros quadrados e sobre ela estão a América do Norte, América Central e a Groenlândia, também tem uma parte do oceano Atlântico. É o deslocamento que acontece horizontalmente dessa placa em relação a placa do Pacífico que causa boa parte dos terremotos em especial aqueles da Califórnia.
Placa Tectônica Africana
O continente africano está todo na placa Africana que possui em torno de 65 milhões de quilômetros quadrados. Uma curiosidade a respeito dessa placa é que foi a sua colisão com a Placa Euroasiática que deu origem ao mar Mediterrâneo e ao Vale Rit. A placa Africana e a placa Sul-Americana criam uma zona de divergência, o que significa que elas estão sempre se afastando uma da outra. Isso é comprovado por meio do monitoramento de satélites, o afastamento é de cerca de 3 cm por ano.
Placa Tectônica Antártica
A placa Antártica é uma placa continental que possui 25 milhões de quilômetros quadrados. Há a aproximadamente uns 200 milhões de anos a parte leste da placa se encontrava bem próxima do que hoje é a Austrália, a Índia e a África. Nesse período a placa se chocou com pelo menos outras placas menores que ficavam do lado oeste.
Placa Tectônica Indo-Australiana
A placa Indo-Australiana é formada pela Placa Indiana e pela Placa Australiana, possui em torno de 45 milhões de quilômetros quadrados. Sobre essa placa estão a Austrália, Índia, Nova Zelândia e uma parte do Oceano Índico. Essa placa forma uma zona de convergência com a Placa das Filipinas o que contribuiu com o aparecimento de ilhas.
Placa Tectônica Euroasiática Ocidental
O bloco formado pela placa tectônica Euroasiática Ocidental conta com 60 milhões de quilômetros quadrados e é nele que ficam o continente europeu assim como o extremo oeste asiático.
Placa Tectônica Euroásiatica Oriental
Nessa placa está o continente asiático, possui uma extensão de cerca de 40 milhões de quilômetros quadrados. A zona de convergência dessa placa está entre as placas das Filipinas e do Pacífico. Essa é uma região em que existe uma grande incidência de vulcões assim como terremotos da Terra.
Placa Tectônica das Filipinas
Localizada no oceano Pacífico, a placa tectônica das Filipinas possui uma área de cerca de 7 milhões de quilômetros quadrados. É nessa placa que ficam a maior parte dos vulcões ativos da Terra. Possui área de convergência com a Placa Euroásiatica Oriental.
A Movimentação das Placas Tectônicas
Sobre as placas tectônicas estão os continentes e os oceanos do planeta e essas placas estão em constante movimento o que acarreta numa movimentação de cerca de 10 cm por ano. Uma comparação para que fique mais clara a velocidade essa é a mesma velocidade de crescimento das nossas unhas.
Contudo, as diferentes placas tectônicas se deslocam com direções e velocidades próprias. Isso é o que causa a tensão permanente que acarreta nas erupções vulcânicas assim como nos terremotos. O que funciona como o motor desse deslocamento das placas é o magma (um tipo de mistura mineral incandescente que tem consistência de pasta e que está sempre correndo sob as placas).
O movimento do magma acontece pelo fato de que existe diferença de temperatura quando ele chega perto do centro do planeta. A parte que fica mais perto do centro fica aquecida e sua densidade cai de forma que sobe para a superfície. Em contrapartida a porção que fria acaba descendo o que forma um ciclo que está se repetindo já a bilhões de anos no planeta.
Pangea
Foi devido a esse ciclo que os continentes da Terra já estiveram todos juntos criando o continente único chamado de Pangea. Os continentes se separaram e de acordo com estudos de geólogos estão caminhando para se juntar de novo. A Pangea data de cerca de 230 milhões de anos passados, foi na década de 1950 que houve a comprovação da existência de um megacontinente.
Percebeu-se que havia uma grande semelhança entre as linhas litorâneas assim como fósseis de plantas iguais encontrados na costa do Brasil e da África provando que já estiveram juntos. Também foram descobertos evidências de uma glaciação no sul da Índia e da África bem como no oeste da Austrália.
Nova Pangea?
Estudos demonstram que as placas tectônicas estão em movimento nesse momento de forma que daqui algum tempo (estimado em 250 milhões de anos) pode ser formado um novo megacontinente. Em média o deslocamento anual é de 10,1 cm por ano, contudo, algumas placas se movimentam bem mais rápido do que isso como a de Nazca que chega a impressionantes 18,3 cm por ano. Mas, em contraponto a placa Dorsal do Sudeste Indiano se move com apenas 1,3 cm por ano.
