É inegável que os nossos ancestrais foram cruciais para que pudéssemos chegar ao que somos, atualmente. E isso se deve ao fato, principalmente, dos diversos processos que o ser humano passou, evoluindo de uma maneira que foi possível que toda a sua racionalidade e sua inteligência começaram a ficar em evidência e a mostrar quem seria o animal “dominante”, digamos assim.
No início, o ser humano tinha como meta sobreviver. E isso se traduzia em encontrar comida, se defender dos animais que existiam na superfície e, também, procurar abrigos contra os fenômenos da natureza. E, assim, durante milhares de anos, os seres humanos viveram nessa singela luta contra a extinção.
Uma vez, quase perderem essa batalha: durante uma das eras glaciais que o planeta viveu, o número de seres humanos foi tão drasticamente reduzido, que o número ficou próximo de dois mil humanos vivendo no planeta, o que abalou negativamente a vida humana e colocou em xeque o futuro. Mas, por questões de inteligência humana, foi possível que eles sobrevivessem e desse continuidade à evolução, que fez com que estivéssemos aqui reunidos, hoje.
Os Antepassados
Só para poder relembrar: naqueles tempos, como a única preocupação era a sobrevivência, era natural que os seres humanos não se preocupassem com outros detalhes, tais como as suas vestimentas: os seres humanos viviam sem usar roupas, como verdadeiros animais. Ou seja: totalmente nus.
Depois de milhares de anos, é que as pessoas começaram a usar roupas, muito por conta de fatores ambientais ( em alguns lugares, o frio era intenso, o que necessitava de proteção contra as baixas temperaturas), ou também, religiosos, onde diziam que o ser humano, nu, era totalmente “vergonhoso”, sendo necessário uma vestimenta para tapar as “vergonhas”. Esse movimento se tornou mais intenso a partir da narrativa da Bíblia, livro religioso mais vendido do planeta, onde dizia que, desde a criação do ser humano, por Deus, a roupa está presente, muito por conta do pecado original, onde Adão e Eva, ao consumirem o fruto proibido, passaram a ter vergonha dos seus corpos despidos, procurando vestes para poder tampá-los.
E, ao que parece, tais costumes se mantém até hoje, movimentando não somente a indústria da moda, bem como, também, mantendo viva as tradições religiosas e de fisiologia do ser humano. Só que, nesse sentido, existem pessoas que gostam de exercer o seu direito de permanecer nu em alguns momentos. E, para a sorte dessas pessoas, existem diversos locais espalhados pelo Brasil, que são especializados na prática de nudismo, principalmente praias, que são conhecidas por Praias de Naturismo. E, aqui no nosso artigo, você vai conhecer um pouco mais sobre essas praias, bem como, também, algumas curiosidades acerca desse atividade que gera muito dinheiro e emprego.
A Prática Do Nudismo
Muita gente nega, mas muitas outras amam a situação de se manterem sem nenhuma roupa em algum determinado momento do dia, além da hora de tomar banho. Muitas acreditam que esse tipo de atividade é uma resposta a uma libertação interna, bem como, também, um reencontro às origens, pois, como todos sabem, viemos ao mundo sem nenhum tipo de vestimenta.
No Brasil, o naturismo já é uma velha tradição conhecida das pessoas, já que, antes mesmo dos Europeus aportarem por aqui, em 1500, os nativos que aqui habitavam só andavam nus, sem absolutamente nada tapando seus órgãos genitais. Tanto é que, quando os colonizadores chegaram, ficaram assustados com essa posição dos nativos, mas, ao mesmo tempo, maravilhados, pois acreditavam na “inocência” da população.
Tecnicamente, se não fosse pelos colonizadores, existiria uma grande chance de nós estarmos seguindo os preceitos dos nativos que aqui viviam, ou seja, estaríamos nus lendo esse artigo. Porém, várias coisas foram incorporadas ao nosso modo de vida: o ato de tomar banho, por exemplo, é uma exclusividade do índios, que os Europeus ficaram, inclusive, indignados: os nativos tomavam banho religiosamente todos os dias, fato este que não era comum na Europa. E hoje não vivemos sem banho, não é mesmo?
A Cultura Indígena
Só que, no Brasil, a cultura indígena foi brutalmente negada, num período que compreende os anos de 1500 a, até aproximadamente, 1945, momento esse que sinalizou uma “evangelização” forçada dos índios pela Igreja com ajuda do governo, para que os índios passassem a ser “civilizados”. Isso foi o engate de várias história interessantes, como o do alemão Hans Staden que, depois de visitar índios tupinambás, no Sul do Brasil, decidiu ser um deles.
Só que a Igreja não contava com o fato de que, em isolamento, os seres humanos costumavam nadar completamente nus em rios, praias desertas ou lagos, ou, também, como já dito, dentro de suas casas. Mas esse movimento nunca foi considerado naturista, mas simplesmente uma ação natural do homem.
E assim foi durante muito tempo: os europeus impuseram o seu modo de vida às pessoas, e utilizamos vários desses costumes hoje. Só que, ainda, havia a necessidade de algumas pessoas de poder andar livremente, sem estarem presos às roupas. Pensando nessas pessoas, muitos empreendimentos voltados para a prática do naturismo estão em funcionamento no Brasil, atualmente.
Praias De Naturismo No Brasil
O Brasil é um dos países onde o naturismo é regulamentado, e, atualmente, existem 8 praias especializadas em proporcionar aos visitantes uma experiência naturista completa. A Primeira praia naturista do Brasil é a que está localizada na cidade-estância de Balneário Camboriú, em Santa Catarina, sendo fundada em 1986. Por conta de seu pioneirismo, é uma das que possui uma estrutura “profissional” para melhor atender as pessoas, mas, assim como pouquíssimas praias desse estilo no Brasil, ainda segrega homens solteiros: ou seja, se você não foi casado, passe bem longe dessa praia se quiser um contato maior com as pessoas.
Em 1991, foi fundada a primeira praia de naturismo no Nordeste Brasileiro, que é a Praia de Tambaba, na Paraíba. Além de servir como uma praia para a prática do naturismo, o local ainda sedia diversos eventos, tais como um campeonato de surfe (em setembro) e concertos de música (em outubro). Dentre as oito existentes no país, ela é a única que não permite, de jeito nenhum, a entrada de homens solteiros.