O Risco da Seca na Amazônia

O Brasil pode ser considerar o mais país mais sortudo do mundo por possuir uma das maiores florestas tropicais do Planeta. Com espécies nunca vistas, árvores enormes e plantas surpreendentes, a Amazônia se tornou motivo de muita disputa internacional, especialmente por causa de seu vasto território. Porém, a floresta corre um grande risco: ela pode se transformar em um grande deserto por causa das secas. Neste artigo, você vai saber as causas que levam a maior floresta tropical do mundo correr este terrível risco e quais são as precauções que deverão ser tomadas pelo governo.

Debate na Inglaterra

Foi na Universidade de Oxford que o tema sobre a seca na Amazônia começou  ser debatido. Muitos opinaram, faltaram da questão ambiental e da intervenção humana, mas o grande choque foi na hora em que pesquisadores mostraram fotos de peixes morrendo em pleno rio Amazonas, o maior do planeta. A forte seca ocorrida na região começou a ser estudadas por diversos cientistas, especializados nos acontecimentos que definirão o futuro do globo terrestre.

Seca Na Amazônia

Seca Na Amazônia

Mortandade de Peixes

Os peixes encontrados apodrecendo às margens do rio amazonas foram consequência da estiagem da região, ocorrida no ano de 2005. Quando se começou a medir as estatísticas de seca no local, a mesma já tinha atingido mais algumas regiões do que outras, desde o início da pesquisa.  Desde essa época, os níveis de seca na floresta aumentaram demais. Por isso, o governo brasileiro tem declaro estado de emergência para o local.

Aquecimento Global

Uma das causas para a seca na amazônica, já estudada pelos cientistas, é o aquecimento global. Durante muito tempo, especialistas vem estudando a possibilidade desse fator ser realmente o maior causador da mortandade de peixes e o processo de desertificação da Amazônica. Ainda não se sabe ao certo o que está provocando o processo, mas sabe-se que o aquecimento global pode, de fato, contribuir bastante.

Os cientistas acabaram entrando em um consenso de que a seca máxima provocada no ano de 2005 pode ter sido por causa do fenômeno El Niño, também uma condição climática natural das áreas tropicais. Outra causa que também é de conhecimento da comunidade de cientistas é o aquecimento da superfície na área tropical do Atlântico do Norte.

Estiagem

Estiagem

Repetição de Fatores

Muitos especialistas concordam que todos os fatores que ocasionaram as estiagens em 2005 na área deverão se repetir em um futuro próximo. Especialistas dizem que é muito difícil que o aquecimento global seja uma causa isolada para o fenômeno da seca na Amazônia,  mas a probabilidade de que questões climáticas induzidas pelo homem estejam prejudicando e sempre aumentando a desertificação é indiscutível. Ainda há a chance de que o fenômeno aumente em larga escala nos próximo anos devido à ação humana.

O modelo do Hadley Centre

Para tentar prever e ajudar no processo para evitar a seca na Amazônia  foram criados os modelos de clima global. Esses modelos ajudam os especialistas a descrevem as possibilidades de mudanças climáticas na região. Assim, eles podem estudar melhor a intervenção do homem no aquecimento global. O Hadley Centre é um desses modelos criados pelos pesquisadores.

O modelo é famoso por alertar sobre impactos catastróficos na grande Floresta Amazônica em um período de décadas, o que já é bastante tempo. O impacto que vêm assolando a Floresta é conhecido por “colapso da Amazônia”.

O modelo Hadley é o mais confiável para estudar o clima, ainda que outros modelos possam estudar a variação de chuvas na Floresta Amazônica. O trabalho do primeiro garante grande credibilidade. Segundo muitos pesquisadores, todos GCMs ( sigla para denominar os modelos de variação climática como Hadley) preveem um aumento maioria variabilidade do clima. O modelo Hadley é um dos que mostra isso muito bem de acordo com a sua eficiência geral.

Consequências Para o Homem

Os estudos mostram que as variações climáticas na Amazônia são bastante atípica,s bem como a ocorrência das secas, tanto atualmente quanto em 2005, quando a mesma atingiu o seu pico. A maior parte da seca no local ocorre na região norte e nordeste da floresta. Com o passar do tempo, ela acabou se manifestando em outras regiões como centro, sudoeste e leste. O impacto foi se espalhando tanto que na área próxima a Manaus, o rio amazonas ficou três metros abaixo da sua média normal.

Por causa da seca e de todos esses fatores aumentando em intensidade, muitos moradores acabam ficando ilhados, pois precisam do rio como meio de transporte a outras áreas da floresta. Outra consequência são os incêndios que, pela primeiras vez, foram registrados na região centroeste da Amazônia. De acordo com pesquisas, os incêndios vem se alastrando para outras áreas.

Estudos chegam a afirmar que áreas de 2,8 mil quilômetros quadrados já foram perdidas devido a uma “proliferação extensiva de incêndios em florestas”, segundo os próprios estudos feitos pelos cientistas e estatísticos.

Onde há atividade humana, os índices de incêndios ainda se mostram ainda maiores. Em locais onde a atividade humana é praticamente inexistente, como nas áreas perto do  sudeste do Peru, a evidência de fogos são muito menores ou quase nenhuma, o que indica que a seca está atingindo a área mais populosa da floresta.

Destruição

Somando todos os impactos da seca e incluindo os  incêndios, os desmatamentos, mudanças no uso da terra, como plantação de soja, e o aquecimento global causado por interferência humana, vão acabar empurrando a grande Amazônia para “o limite de um ciclo de destruição”, segundo afirmam os próprios pesquisadores. Os mesmos só falam apenas de probabilidade e ainda não existem certezas que este impacto irá acontecer.

Segundo o modelo do Hadley Centre, existem sim, grandes chances que o impacto das secas atinjam a região do amazonas em cheio! Nas próximas décadas, os principais sintomas da seca poderão ir aparecendo aos poucos.

Em consequência dos impactos que poderão atingir o grande pulmão do Brasil, é fato que, neste caso, uma grande mudança climática poderá ocorrer em escala global.

Escrito por Jéssica Monteiro da Silva

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Categoria(s) do artigo:
Natureza

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