A região do Amazonas, norte do Brasil, é cercada de muitas histórias em relação ao seu descobrimento. Sua história começa com as expedições espanholas e posteriormente portuguesas ocorridas no século XVI. As duas potências do período, Portugal e Espanha, dividam partes do continente através do famoso Tratado de Tordesilhas. A maioria do que conhecemos hoje como Amazonas, pertencia na época aos espanhóis.
Apenas por volta de 1541, os espanhóis de fato explorariam a região, foi através de uma expedição liderada por Francisco Orellana. Apesar da procura por riquezas, essa atividade não deixou mais do que uma lenda pela história. Segundo relatos da época, a expedição do espanhol foi atacada e facilmente derrotada por uma tribo de Icamiabas, índias guerreiras que resguardavam a região. O fato é que a região continuava a ser ocupada apenas por tribos indígenas.
Ocupação e Exploração
- História Do Amazonas
Os espanhóis não pareciam muito interessados em explorar a região, dessa forma abriram espaço para os portugueses. Na época, a região da Amazônia já estava sendo inspecionada por franceses, ingleses e holandeses. Em 1616, Francisco Caldeira Castelo Branco fundou um forte na foz do rio Amazonas, com o objetivo de ocupar a região e protegê-la dos estrangeiros. Dessa forma, seria construída a atual cidade de Belém.
Com o intuito de aumentar o domínio português na região, foi lançada uma expedição em 1637, liderada por Pedro Teixeira. Além de mais proteção contra outros europeus, a sequência dos fortes também servia para povoar a região e estabelecer a colonização. Explorando a mão de obra indígena, os europeus começavam a extrair madeira e especiarias diversas, como cravo, urucum, resinas e guaraná; por exemplo, essas últimas mercadorias possuíam alto valor no mercado da Europa.
Através do Tratado de Madrid, em 1750, os espanhóis foram oficialmente afastados da região amazônica. Os portugueses não perderam tempo e construíram mais fortes na região. Em 1755, formaram a Capitania de São José do Rio Negro, unindo o território ao estado do Pará e tendo como capital a cidade de Barra do Rio Negro, atual cidade de Manaus. Além do Tratado de Madrid, outro fator preponderante foi a administração elaborada por Marquês de Pombal, que pretendia alavancar as riquezas de Portugal em vista da concorrência com as outras potências da época, França e Espanha. Dessa forma, foi criada Companhia Geral do Comércio do Grão-Pará e Maranhão. Seu objetivo era oferecer preços atraentes para as mercadorias ali produzidas a serem consumidas na Europa, tais como cacau, canela, cravo, algodão e arroz. Agora também começariam a introduzir na Amazônia a mão de obra escrava de origem africana.
Povoamento e Economia
Depois da proclamação da Independência do Brasil, a região foi separada do Pará e estabeleceu-se a Província do Amazonas. A partir da navegação, acontecia um intenso escoamento da borracha para fora do país.
A busca pela borracha levou a uma intensa mistura de povos e ocupação na região amazonense. Seriam construídos sistemas de transporte, telefonia, energia e saneamento. Porém, após a queda da borracha, o Amazonas sofreu um grande abalo na economia, apenas começando sua recuperação em 1950, com a criação da Zona Franca de Manaus. Com a ajuda do governo, diversas indústrias instalaram-se na região e formaram um polo de tecnologia. Em 1987, foi anunciada a descoberta de petróleo na região de Coari.